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â??Festa de Natal com os Sem Abrigoâ?
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Desde 1989 que a Comunidade Vida e Paz proporciona um Natal diferente aos sem-abrigo de Lisboa. Também este ano, e ao longo de três dias, a cantina velha da Cidade Universitária acolheu cerca de dois mil sem-abrigo, que desta forma puderam conviver e receber um pouco de conforto para as suas vidas.
Uma Festa de Natal a pensar nos que vivem na rua. Foi este o objectivo da Comunidade Vida e Paz ao organizar, uma vez mais, esta iniciativa dirigida, sobretudo, aos sem-abrigo de Lisboa, mas também àqueles que passam por dificuldades maiores.
Nas vésperas do início da “Festa de Natal com os Sem Abrigo”, tudo é preparado para receber os sem-abrigo na sexta-feira, dia 15, para o primeiro de três dias. Os voluntários da Comunidade Vida e Paz preparam com entusiasmo o Natal dos sem-abrigo. Nada é deixado ao acaso: nas paredes da cantina vários cartazes desejam um “Feliz Natal”; na zona da cozinha tudo é preparado com amor; existe ainda um espaço onde os voluntários procuravam saber quais as maiores necessidades de cada um em termos de roupa; foi também construído um presépio, repleto de luz, e, no andar superior da cantina, foi preparada a capela para os sem-abrigo que quisessem ter um momento de oração.
Estes três dias de festa foram marcados pela animação musical, interpretada gratuitamente por vários artistas, mas também pelo convívio entre os sem-abrigo.
No domingo, dia 17 de Dezembro, teve lugar um momento de recolhimento e de silêncio com a celebração da Eucaristia presidida pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa. No início desta Missa de Natal dos sem-abrigo, D. José Policarpo começou por lembrar que o “Natal cristão tem de significar o encontro de cada um de nós com Jesus”. Sobre este “encontro com Jesus”, sublinhou que “é um encontro pessoal, que todas as pessoas são capazes de fazer”.
Depois da proclamação do Evangelho, o Cardeal-Patriarca referiu, na sua homilia, que “neste Natal, se quisermos encontrar Jesus, cada um de nós tem de perguntar: ‘O que é que tenho de fazer para agradar a Jesus?”. No final, D. José Policarpo pediu a todos uma maior atenção ao outro: “Partilhai o vosso amor com os irmãos!”.
Após a Eucaristia, teve lugar a ceia de Natal, com o tradicional bacalhau, que este ano contou com a presença do ministro do Trabalho e da Segurança Social. Na ocasião, Vieira da Silva referiu, sem especificar, que “há um conjunto alargado de políticas para auxílio a situações de emergência social, em grande parte realizado por organizações da sociedade civil com apoio governamental” e enalteceu que “funciona há cinco anos, 24 horas por dia, uma linha nacional de emergência social, o 144, para apoiar as situações de fragilidade”, onde “os casos são depois encaminhados para instituições públicas e privadas, que procuram dar a resposta mais adequada”.
Tal como em anos anteriores, a “Festa de Natal com os Sem Abrigo” vive muito do espírito dos voluntários. Uma vez mais, os jovens mostraram que se pode contar com eles, para ajudar os sem-abrigo a enfrentar a miséria.



“Festa de Natal dos Sem Abrigo” em números

 
- Sexta-feira, dia 15: servidas 500 refeições (sopa de legumes e feijoada)
- Sábado, dia 16: servidas 700 refeições (canja e frango com massa)
- Domingo, dia 17: servidas cerca de 1000 refeições (caldo verde e bacalhau com batatas e legumes – mais de duas toneladas de batatas e 500 quilos de bacalhau, segundo números da organização)
- Voluntários: nos três dias, cerca de 600 voluntários, sobretudo jovens, sendo alguns deles militares do Exército e também Bombeiros


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