Família |
X Encontro Mundial das Famílias, em Roma, em junho de 2022
“O Amor vale a pena!”
<<
1/
>>
Imagem

No caminho para o X Encontro Mundial das Famílias, em Roma, em junho de 2022, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida propôs que relêssemos a Exortação Apostólica oferecida pelo Papa ao mundo e que nos acompanhássemos neste aprofundamento nas diversas Pastorais Familiares.

Neste sentido, a Pastoral da Família do Patriarcado de Lisboa vai aprofundar cada um dos pontos da Exortação Apostólica ‘Amoris Laetitia’, na Rubrica Mensal ‘Familiarmente’, do Jornal VOZ DA VERDADE, com o testemunho das nossas famílias. No site do Dicastério para os Leigos, a Família e Vida (www.laityfamilylife.va/content/laityfamilylife/pt.html), pode-se encontrar uma compilação de matérias disponíveis para as diversas pastorais familiares discernirem sobre a fecundidade desta Exortação. O Amor de Deus traduzido na vocação Familiar vem-nos salvar, Salvar-nos da solidão. Acompanhemo-nos neste caminho!

 

A família é a célula fundamental de qualquer sociedade. É na família que nascemos, que nos começamos a relacionar, que aprendemos a rir e a chorar, que somos amados e aprendemos a amar, que crescemos, que somos educados, que aprendemos a ser verdadeiros, leais, empenhados, que somos lançados para o serviço da própria sociedade. É na família que se transmite o amor e o serviço gratuito, fundamentais para o equilíbrio da sociedade, onde rapidamente aprendemos que o mais importante não se pode comprar nem vender… É pela família que a sociedade tem futuro e se renova: os filhos partem à descoberta do amor, assumem o papel de pais, têm eles próprios nova descendência e cuidam dos mais velhos. A família é o primeiro e último reduto de cada pessoa: onde nos sentimos acolhidos, compreendidos, apoiados, ajudados. A família é transmissora de amor, de alegria, de paz, de entre ajuda.

Sabemos que tudo isto nem sempre é conseguido, mas sabemos também que o ideal era que isto fosse sempre assim em todas as famílias! Para isto ser assim, exige-se um empenho muito forte de cada um, diário, persistente, resiliente, profundamente convicto. Mas o egoísmo e a fragilidade do coração levam o homem muitas vezes a desistir deste empenho. A convicção é geralmente a primeira a ser “atacada”: em momentos de fragilidade surgem as dúvidas, que nos confundem e esbatem as fronteiras entre o que está bem e o que está mal. E sabemos que, como não somos perfeitos, há sempre coisas que não estão bem em cada um de nós. E os sentimentos atropelam-se uns aos outros dentro do nosso coração, e uma multiplicidade de justificações ajudam-nos a desviar, com uma consciência aliviada, do caminho que sempre achámos bom.

Este é um caminho exigente, às vezes, difícil: é o caminho do Amor. É o caminho proposto por Deus para sermos felizes. Deus não nos pode obrigar a amar, tal como nós não podemos obrigar os nossos filhos ou os outros a amar, porque o Amor só existe na liberdade! O Amor é precisamente a realização totalmente livre do bem: se for forçado, não é Amor. Este é um desafio enorme: sempre foi e continua a ser o grande desafio das famílias!

Como fazer então para transmitir este Amor a todos, já que não podemos obrigar ninguém a amar? O ponto de partida é este: como é que Deus fez connosco? Sabemos bem: enviou-nos o Seu próprio filho, Jesus Cristo, que entregou a Sua vida, morrendo na cruz, para nos ensinar o que é o Amor!

E como é que as famílias fazem? É isso que queremos aprofundar nos próximos meses, alinhados com o resto da Igreja, nesta caminhada para o X Encontro Mundial das Famílias. E esta caminhada tem o ritmo da exortação apostólica ‘Amoris Laetitia’: iluminados pela Palavra de Deus, onde descobrimos os fundamentos que nos orientam, tomamos consciência da realidade e dos desafios colocados às famílias. Depois olhamos para Jesus: n’Ele iremos encontrar a vocação da família. Depois olhamos para o sacramento do matrimónio, focando-nos no amor que nele nasce e se torna fecundo. Vamos delineando os passos que podemos dar para alimentarmos e fortificarmos esse amor conjugal. Por fim, passamos também pela Educação dos filhos, pelo acompanhamento dos casos de maior fragilidade e pela espiritualidade conjugal e familiar.

Este será o caminho que iremos fazer nos próximos meses deste ano pastoral com o objetivo de ajudar as famílias a responder ao grande desafio do Papa Francisco para nós: que as famílias, chamadas ao amor familiar, façam dele o seu caminho de santidade e transbordem esse seu amor, com alegria, a todas as outras famílias com quem se cruzem!

Que este caminho seja uma ajuda efetiva para darmos resposta a este desafio do Papa. Que as famílias sejam o motor da transmissão do Amor, tomando um papel mais ativo nas diversas dimensões da Pastoral da Família ao nível das Paróquias, dos Movimentos e da Diocese! E principalmente que cada família, sustentada na entrega recíproca do casal no sacramento do Matrimónio, no diálogo e na oração conjugal e familiar, no serviço gratuito aos outros e na descoberta da alegria de servir, possa dizer com toda a convicção: O Amor vale a pena!

texto por Regiani e Tiago Líbano Monteiro, Pastoral da Família de Lisboa
A OPINIÃO DE
Guilherme d'Oliveira Martins
Quando Jean Lacroix fala da força e das fraquezas da família alerta-nos para a necessidade de não considerar...
ver [+]

Tony Neves
É um título para encher os olhos e provocar apetite de leitura! Mas é verdade. Depois de ver do ar parte do Congo verde, aterrei em Brazzaville.
ver [+]

Tony Neves
O Gabão acolheu-me de braços e coração abertos, numa visita que foi estreia absoluta neste país da África central.
ver [+]

Pedro Vaz Patto
Impressiona como foi festejada a aprovação, por larga e transversal maioria de deputados e senadores,...
ver [+]

Visite a página online
do Patriarcado de Lisboa
EDIÇÕES ANTERIORES