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“Deixar o mundo melhor do que o encontrámos”
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O Corpo Nacional de Escutas - Escutismo Católico Português - está em plena atividade na nossa diocese de Lisboa desde 15 de dezembro de 1926. É jovem, pois de juventude se compõe, porém tem uma longa história: conta já com muitas aventuras vividas por milhares e milhares de jovens que por cá passaram ou que o vivem atualmente. Na realidade, é o maior movimento de juventude da diocese de Lisboa e de Portugal!

Como é sabido, o General inglês Lord Robert Stephenson Smyth Baden Powell, nascido em Londres em 1857, foi o fundador do Escutismo. Na sua vida militar, teve a oportunidade de experimentar como trabalhar com os jovens contribuindo para que os mesmos pudessem crescer em graça e idade, de forma útil para a sociedade.

Depois de muitos e variados episódios na Índia e em África, com uma vida cheia de aventuras, realizou um acampamento na Ilha de Brownsea com 20 jovens, no ano de 1907, acampamento esse que foi de tal modo bem-sucedido que se tornou o marco histórico do início deste lindo movimento!

Baden Powell foi também o autor de um dos livros mais vendidos em todo o mundo, o Escutismo para Rapazes, que começou a ser publicado em fascículos, em janeiro de 1908, e que se tornou numa ferramenta que contribuiu para a prática escutista através dos seus bivaques.

Em Portugal, o Corpo Nacional de Escutas, inicialmente designado por Corpo de Scouts Católicos Portugueses, foi fundado a 27 de maio de 1923, em Braga, por iniciativa do Arcebispo de Braga D. Manuel Vieira de Matos e do seu secretário Monsenhor Avelino Gonçalves. Atualmente, o Corpo Nacional de Escutas está organizado em 20 regiões, correspondendo às dioceses de Portugal, porque de um movimento da Igreja católica se trata.

Por sua vez, a Região de Lisboa está organizada em sete Núcleos, que coincidem praticamente com conjuntos de algumas vigararias, e em 136 Agrupamentos que estão sediados nas paróquias ou em colégios católicos. Contamos com 4 Agrupamentos que têm atividades maioritariamente em ambiente marítimo. Somos, portanto, cerca de 13.000 escuteiros, sendo aproximadamente 3.000 adultos.

Estamos organizados em quatro secções: os lobitos (dos 6 aos 10 anos), os exploradores e moços (dos 11 aos 14), os pioneiros e marinheiros (dos 15 aos 18) e os caminheiros e companheiros (dos 19 aos 22). Nas secções mais velhas, a denominação dos grupos é diferente, correspondendo aos grupos terrestres e marítimos, respetivamente. Os dirigentes que acompanham todos estes jovens são para eles os “irmãos mais velhos” que assumem como missão serem facilitadores de um crescimento seguro e continuado, para que o jovem possa crescer aprendendo com os seus erros, correndo riscos, mas de forma controlada. Os recursos adultos, tal como indica a oração do escuta, não esperam qualquer recompensa, pois a maior e melhor delas é e será sempre a alegria e felicidade dos jovens que lhes são confiados.

E essa felicidade, pensamos que poderá ser alcançada através do trabalho que desenvolvemos e que consiste em promover atividades em ambiente de educação não formal que contribuam para a sua formação integral.

O CNE, sendo o maior movimento de e para jovens, aposta no envolvimento participado e ativo dos mesmos que, assim, se tornam agentes da sua própria felicidade, mas também contribuem para a felicidade dos outros. Temos como lema “deixar o mundo melhor do que o encontrámos” e é dessa forma que contribuímos, desde há muito, para a sustentabilidade que nos preocupa bastante.

Importa referir outra grande dimensão do movimento: a espiritual. O escutismo católico teve como grande impulsionador o Padre Jacques Sevin que foi um dos maiores educadores do século XX, tendo definido os seus principais fundamentos. Foi quem melhor compreendeu o fundador do escutismo, Baden Powell, mas reforçou-o com a perspetiva fundamental para nós, católicos, que é o Evangelho. Qualquer escuteiro na busca da felicidade não tem mais do que procurar senão ser um verdadeiro Homem Novo, tendo como modelo a perfeição em Jesus Cristo.

O quadro de valores por que deve pautar a vida de um escuteiro assenta de forma clara e inequívoca na lealdade, honestidade e justiça. O escuteiro deve ser um ser humano solidário e fraterno. Deve assumir o compromisso de ser um cristão ativo na sua paróquia como opção de vida.

E as atividades que desenvolvemos? Essas são, ou deverão ser sempre, um espetáculo! Não necessariamente e só na sua dimensão, mas por atingirem o coração de cada jovem que se envolve na preparação da atividade (sendo maior o envolvimento quanto maior for a sua idade), que anseia pela sua realização e faz a festa na avaliação, analisando o que correu bem e o que há a melhorar na próxima atividade. As crianças e jovens chegarem a casa vindos de uma atividade de sede ou de campo, muitas vezes cansados, mas com um sorriso enorme de felicidade, é o objetivo de qualquer animador que dá o seu tempo para contribuir para a felicidade dos jovens!

texto por João Esteves, Chefe Regional do CNE – Região de Lisboa
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