Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
Um último Natal
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Este Natal vou deixar aqui, pela última vez, os meus votos de Santo e Feliz Natal. Apesar de o Natal ser uma ‘boa festa’, faço questão de não omitir o nome Natal da sua origem. Não é preciosismo, mas eu próprio, tantas vezes, fazia o voto de ‘boas festas’. Não tenhamos medo ou vergonha de dizer Natal, de desejar um Santo e Feliz Natal. Pelo nome, também levamos o Natal aos outros e evitamos que ele se apague.

Celebrar o Natal é celebrar o nascimento de Jesus Cristo, a verdadeira Vida. Jesus nasceu pobre, em lugar pobre, no meio da pobreza que encontrou. Depois de baterem a muitas portas, os pais de Jesus, Maria e José, pai adotivo, não encontraram alojamento onde permanecer para que Maria pudesse dar à Luz. Tantas portas se fecharam, tantas rejeições aconteceram e cada uma com a sua justificação. Mas Jesus nasceu, e atraiu até Si aqueles que eram os mais pobres e os mais frágeis. Vieram ao seu encontro aqueles que estavam distantes da sociedade, e de certa forma marginalizados, os pastores, homens simples com as marcas que a vida lhes trazia. Aproximaram-se os magos, pagãos, que não se fecharam na sua sabedoria e nos seus conhecimentos, mas que pela sua abertura à novidade que lhes era apresentada deixaram-se guiar por uma estrela que os conduziu à Verdade e à verdadeira Luz e, depois do encontro, seguiram por outro caminho. Em todos, o Natal aconteceu nas suas vidas ao encontrarem o Menino, que é manifestação de Amor. Por isso, cada um de nós pode celebrar e viver bem o Natal se viver o amor, generoso, gratuito e incondicional, na partilha, na esperança e no serviço que pode mudar a vida.

A partir de janeiro de 2022, este jornal e o Departamento da Comunicação do Patriarcado vão assumir um novo rumo, com uma nova direção. O livro do Eclesiastes diz que “há tempo para tudo” e que “Deus vai à procura daquilo que não se encontrou”. Da minha parte, permanece o sentimento de, como São Paulo, ter combatido “o bom combate” numa missão que me é muito cara e que faz parte da minha essência, enfrentando muitos desafios ao longo de 11 anos (nove enquanto diretor), desbravando terrenos que, com humildade, percebo terem servido de motivação e de incentivo para outros que vivem a mesma missão em Igreja.

Mas esta missão aconteceu com uma grande equipa, não em tamanho, mas em qualidade. Ao Diogo Paiva Brandão, ao Filipe Teixeira, aos diversos voluntários que nestes anos foram colaborando com a Comunicação do Patriarcado de Lisboa, deixo o meu agradecimento por toda a dedicação e empenho. Recordo, com saudade, D. José Policarpo, bispo que me ordenou e me confiou esta missão desde o início do meu ministério, em 2010, e agradeço a confiança manifestada pelo nosso Patriarca D. Manuel Clemente ao longo destes anos.

Os leitores são os destinatários principais da missão que procurei cumprir neste tempo, e esses permanecerão no coração. Santo e Feliz Natal!

 

Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor

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