Cultura |
D. José Manuel da Câmara
‘Pedra de armas’ do segundo Cardeal-Patriarca de Lisboa regressou à igreja de Atalaia
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A ‘pedra de armas’ de Atalaia, que representa o brasão dos condes da Atalaia – família do segundo Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Manuel da Câmara – em Vila Nova da Barquinha, regressou, quase um século depois, ao seu local de origem, a igreja matriz. Este acontecimento, no passado dia 14 de maio, teve lugar na sequência de um protocolo, celebrado em 2020, entre o município de Vila Nova da Barquinha, no Distrito de Santarém, e familiares do segundo Cardeal-Patriarca de Lisboa, para a doação da pedra, que tinha sido levada, em tempos, pelos descendentes dos condes da Atalaia, para o Ribatejo Sul

No protocolo, os familiares de D. José Manoel comprometeram-se “a doar a ‘pedra de armas’” e estipularam os dizeres que a mesma deveria conter: “Pedra de Armas de D. José Manoel da Câmara (Lisboa, 25 de Dezembro de 1686 – Atalaia, 9 de Julho de 1758), segundo Patriarca de Lisboa (1754), filho dos quartos condes de Atalaia, cujos restos mortais se encontram sepultados no altar-mor desta Igreja. Originalmente, esta Pedra de Armas foi concebida para a ‘Casa do Patriarca’ (Atalaia). Na primeira metade do século XX, foi removida e instalada no portão principal da Quinta (localizada no distrito de Santarém). Em 2020, descendentes do segundo Cardeal Patriarca de Lisboa ofereceram à Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha este testemunho histórico, para que pudesse regressar à povoação da Atalaia.”

O documento referia ainda que “no caso de a Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha vir a adquirir, no futuro e a título definitivo, a referida ‘Casa do Patriarca’, sita na Vila da Atalaia, as partes acordam em que a ‘pedra de armas’ deverá então voltar a ser colocada nessa casa, uma vez que foi concebida para aí figurar”.

A entrega oficial da ‘pedra de armas’ de D. José Manoel teve celebração da Missa e concerto, pelo Serviço de Música Sacra da Igreja de São Roque.


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D. José Manuel da Câmara

Nasceu em Lisboa, a 25 de dezembro de 1686. Bento XIV criou-o cardeal em 10 de abril de 1747. A 10 de março de 1754, foi eleito Patriarca de Lisboa, tendo sido o Cardeal-Patriarca que viveu o terramoto de 1755. “Agastado com a perseguição que entretanto o Marquês de Pombal movera contra os Jesuítas, retirou-se”, refere o site do Patriarcado de Lisboa, numa curta nota biográfica. O segundo Cardeal-Patriarca morreu aos 71 anos, em Lisboa, a 9 de julho de 1758, e está sepultado no altar-mor da Igreja Matriz de Atalaia.

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