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Cristãos vivem dias de terror
Iraque: uma tragédia anunciada?
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A vida dos cristãos está em saldo no Iraque. São perseguidos, assassinados, as igrejas destruídas. As famílias escondem-se, fogem, têm medo. Os cristãos iraquianos pedem ajuda para sobreviver.

 

Nos dias que correm, falta quase tudo no Iraque. Até a liberdade religiosa. Os cristãos são dos grupos mais perseguidos e a violência de que são vítimas não pára de crescer. Em 2003, havia cerca de um milhão e duzentos mil cristãos no país. Hoje são menos de 300 mil e, na sua maioria, foram forçados a fugir em busca de alguma segurança.
Nos países da região, haverá mais 300 a 400 mil que procuram asilo. Sobre os cristãos no Iraque recai uma violência extraordinária.

 

Alvo dos fundamentalistas

À Fundação AIS chegam, quase todos os dias, relatos de atrocidades indizíveis, só possíveis pelo facto de o Iraque ser um país onde não há lei nem ordem. Nos últimos meses, 59 igrejas foram destruídas, atacadas à bomba, e muitos membros do clero foram sequestrados e assassinados. Os cristãos converteram-se num alvo fácil dos fundamentalistas. O Iraque é um país islâmico cada vez mais intolerante, onde não pode ser emitida nenhuma sentença contrária ao Islão.

 

Histórias de terror

São muitas as histórias de violência sobre os cristãos. Ashour Issa Yaqub, de 29 anos, é casado e tem três filhos. Raptaram-no em Maio. Foi torturado, arrancaram-lhe os olhos, cortaram-lhe as orelhas e até o rosto estava sem pele quando o corpo foi encontrado. Mataram-no por ser cristão.

 

Assassinatos

Em Outubro, a polícia foi chamada ao bairro de Muthana. Houve mais uma troca de tiros na cidade de Kirkuk. Quando chegam, há um corpo ensanguentado no chão. É Bassam Isho, mais um católico que morreu às mãos de um grupo armado. No mesmo dia, na estrada para Bagdade, outro corpo cravejado de balas. Trata-se do cristão Emmanuele Hanna Polos. A vida dos cristãos está em saldo.

 

Bombas em Igrejas

Agosto. Um carro armadilhado explode à porta da Igreja sírio-católica da Sagrada Família. Quinze pessoas ficam feridas. Treze dias mais tarde, vários outros engenhos explodem junto à Igreja sírio-ortodoxa de Santo Efrém. Não há lugar seguro para os cristãos no Iraque. É quase um genocídio a que assistimos.
Do Iraque pedem-nos ajuda. É preciso fazer alguma coisa. Todos os dias há notícias de violência, morte e medo entre os cristãos. É necessário agir imediatamente.

 

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Medicamentos e alimentos para refugiados iraquianos

Actualmente existem cerca de 1,6 milhões de refugiados iraquianos a viver na Síria. Na diocese de Aleppo há actualmente 450 famílias cristãs iraquianas que já recebem apoio da Fundação AIS em forma de alimentos e assistência médica. Todos os dias chegam mais cristãos iraquianos que pedem ajuda ao Bispo Sírio, D. Audo, que faz tudo quanto é humanamente possível para ajudar estes refugiados. Para os mais necessitados entre eles, que são cerca de 150 famílias, D. Audo pede-nos ajuda para financiarmos ajuda de subsistência e médica.

Os nossos benfeitores já ajudaram no ano passado, assumindo as despesas com o aquecimento no Inverno rigoroso; também neste ano os refugiados precisam do seu apoio.


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Saiba como pode ajudar em www.fundacao-ais.pt

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