Lisboa |
Conferência ‘O Futuro da Europa’
“Europa precisa de líderes com discernimento”
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O Cardeal-Patriarca de Lisboa considera que a Europa não vai acabar por causa da crise financeira, mas realça que é preciso líderes à altura. “Penso que esta crise será purificadora e não destruidora. Se tivermos líderes com discernimento, intelectuais com paixão, para perceberem as grandes mudanças...”, disse D. José Policarpo, na conferência ‘O Futuro na Europa’, organizada pela Comissão Nacional Justiça e Paz e Centro Nacional de Cultura.

 

Na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, o Cardeal-Patriarca sublinhou que "hoje ninguém manda nos mercados" e que podem ser constituídos grupos como os "G20 ou G40", que o domínio da área financeira ficará inalterado. “Hoje ninguém manda nos mercados. Não tenham ilusões! Podem fazer os G20 e os G40 que quiserem que os mercados não têm outra ordem de reacção e de avaliação", argumentou. Segundo D. José Policarpo, estão a decorrer no espaço europeu “mudanças significativas”, algumas delas preocupantes. “Hoje sinto uma perda discreta e progressiva do poder de quem nos governa e as causas são várias”, disse, citando a “liberdade do poder financeiro frente à Economia”. O Cardeal-Patriarca defendeu, por isso, que a Europa deve reencontrar a sua “alma cultural”, se quiser sair da crise. “Sem alma cultural, depressa desaparecerá o ideal europeu”, apontou.

O antigo Presidente da República Mário Soares, que também participou conferência ‘O Futuro da Europa’, sublinhou que "os mercados não podem mandar nos Estados". Já Guilherme d’Oliveira Martins, na qualidade de presidente do Centro Nacional de Cultura, afirmou que a “lógica europeia não pode ser fragmentária e divisória”.

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