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25.12.2011

Lisboa |

Regi�o de Lisboa do CNE assinala 85 anos

�O escuta orgulha-se da sua f�

A for�a do escutismo cat�lico est� no ser “membro da Igreja”, afirmou o Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Jos� Policarpo, aos escuteiros da Regi�o de Lisboa, na passada quinta-feira, 15 de Dezembro.

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No dia em que a Junta Regional de Lisboa do Corpo Nacional de Escutas (CNE) comemorou 85 anos de funda��o, D. Jos� Policarpo presidiu � Eucaristia na igreja da Encarna��o ao Chiado, o mesmo lugar onde h� 85 anos atr�s “os primeiros chefes da regi�o faziam a sua promessa escutista”, recordou o assistente regional, padre Paulo Franco.

Dirigindo-se a mais de uma centena de escuteiros, o Patriarca de Lisboa sublinhava a ess�ncia comunit�ria do que � ser escuteiro: “No dia em que considerardes a vossa actividade, a vossa voca��o, o vosso itiner�rio como uma coisa pessoal, como uma realiza��o particular, estais a desperdi�ar a fonte mesma da vossa dignidade. A vossa for�a � serdes membros da Igreja, deste povo maravilhoso, continuamente constru�do pelo Esp�rito que Jesus ama, por quem continua a dar a vida”, salientou o Cardeal-Patriarca.

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Orientar a vida segundo a f�

Esta mesma dimens�o espiritual do escutismo cat�lico � acentuada ao Jornal VOZ DA VERDADE pelo chefe regional, Jos� Carlos Oliveira, afirmando que o escuteiro “nunca se pode esquecer do seu primeiro princ�pio orientador: ‘o escuta orgulha-se da sua f� e por ela orienta toda a sua vida’. E se os jovens forem devidamente apoiados e educados nesses valores, mais tarde a sua vida ter� essa dimens�o de Igreja e ser�o eles pr�prios intervenientes na constru��o da Igreja e do Reino de Deus”, refere.

Segundo este respons�vel regional, “a educa��o de jovens � a miss�o do movimento escutista, enquanto movimento de educa��o n�o formal”. Mas no caso do CNE, o movimento “associa a pedagogia escutista, de inspira��o do fundador, � f� e � dimens�o espiritual cat�lica”. “O nosso contributo enquanto movimento � fazer com que a educa��o que se vive e pratica tente dar aos jovens, nos agrupamentos, esses valores. Nem sempre � f�cil, porque os jovens reflectem tamb�m as suas influ�ncias de casa, da escola e do meio em que vivem. Mas no movimento temos de tentar fazer com que a mensagem passe, e a Junta Regional procura estar atenta e colaborante a esse n�vel da anima��o da f�”, garante.

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Apostar na forma��o

Ao comemorar os 85 anos de funda��o na Regi�o de Lisboa, o sentimento da Junta Regional � “de alegria” porque, “significa que estamos bem vivos, que temos uma hist�ria que nos conseguiu trazer at� aqui, realizando um trabalho em prol do movimento”, comenta o chefe Jos� Carlos Oliveira.

Ao olhar para o futuro, h� desafios pela frente que v�o procurar ser enfrentados. “Em termos de organiza��o vamos tentar ser mais flex�veis, de modo a dar uma resposta mais r�pida a todas as solicita��es”, assegura o respons�vel regional. No entanto, a aposta na forma��o dos recursos adultos � prioridade. “Os grandes desafios da junta regional passam por apoiar o crescimento do movimento, n�o s� nos novos agrupamentos que v�o surgindo mas tamb�m ajudar o movimento, nomeadamente os adultos, a desenvolverem-se e a formarem-se, realizando projectos e programas de forma��o para os dirigentes e futuros dirigentes”.

Jos� Carlos Oliveira aponta, ainda, como prioridade, “dar suporte aos agrupamentos para que eles consigam implementar, da melhor forma poss�vel, a metodologia escutista”. “O grande desafio � conseguir que os cerca de 140 agrupamentos da Diocese de Lisboa implementem no terreno a pr�tica e a metodologia escutista. A fun��o da junta regional � conseguir dar suporte e apoio �s estruturas para que cumpram a sua miss�o”, refere.

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Hist�ria contada em livro

�A 15 de Dezembro de 1926, na Igreja da Encarna��o ao Chiado, diante do N�ncio Apost�lico e o bispo de Leiria, tr�s dirigentes fizeram a sua promessa solene. Tom�s Gabriel Ribeiro como Comiss�rio Regional, padre Ernesto Sena de Oliveira como Director e Jos� Augusto Paes Ferreira como Inspector. Este novo executivo regional lan�ou-se num sonho de construir em Lisboa, a obra de Baden Powell, este movimento de jovens e para os jovens ou como diria Manuel Gon�alves Cerejeira, futuro cardeal-patriarca a ‘Nova Cavalaria Crist�’�. Este � o in�cio da hist�ria desta aventura escutista que � contada numa publica��o que foi apresentada em dia de anivers�rio, e que procura reunir num �nico documento “testemunhos, factos, vidas, pessoas e projectos”. Segundo Jos� Carlos Oliveira “esta � a primeira vez, na regi�o de Lisboa, que se publica uma obra destas”, e a ideia, que surgiu “h� alguns anos e que n�o foi f�cil de p�r no papel”, tenta “reunir cronograficamente o que foram os momentos mais marcantes da vida da regi�o”. O novo livro ser� editado em Fevereiro.

texto por Nuno Ros�rio Fernandes