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China: missionários italianos lançam campanha de apoio aos cristãos
O poder da oração
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Continua difícil a situação dos cristãos na China. Por causa disso, dois padres italianos lançaram uma campanha original: uma corrente de oração que envolve frades e religiosas de clausura e 530 conventos disseram logo que sim...

 

Não há liberdade. Para muitos cristãos, a simples ideia de que possam ser denunciados por quererem rezar, ler a Bíblia ou encontrar-se com outros cristãos, é um verdadeiro pesadelo. Para muitos deles, o simples facto de usarem um crucifixo ao pescoço pode ser um elemento de acusação.

 

Mobilização geral

Os Padres Angelo Lazzarotto e Piero Gheddo, que são missionários do Instituto Pontifício das Missões Estrangeiras, conhecem bem esta realidade. Por isso, contactaram cerca de 530 conventos de clausura em Itália para uma campanha de oração. A resposta não podia ter sido mais positiva.

 

Recordar o Padre Mencattini

De um momento para o outro, o livro A Life in China, que reúne as cartas do padre mártir Cesare Mencattini (1910-1941), comentadas pelo P. Lazzarotto - livro que foi enviado para cada convento - passou a ser quase um best-seller nestas comunidades religiosas. E ainda bem. Como o P. Gheddo costuma dizer, a Igreja na China "é hoje uma bela esperança para a Igreja universal e, especialmente, para a missão na Ásia, o continente em que vivem de 80 a 82% dos não-cristãos de todo o mundo", mas "atravessa o momento mais difícil e decisivo da sua história recente, correndo até o perigo de cair num cisma, palavra que lembra outros momentos dramáticos e tristes na história milenar da Igreja de Cristo".

 

Afrontas de Pequim

Por sua vez, o P. Angelo Lazzarotto, que já foi missionário em Hong Kong e é também um profundo conhecedor da Igreja na China, tem presente outros episódios em que Pequim procurou afrontar o Vaticano. "No Verão de 2011, o Governo impôs duas ordenações episcopais, apesar de ter sido informado das razões pelas quais o Papa não poderia dar a sua aprovação. Assim, a Santa Sé teve que declarar que os dois padres que concordaram em ser ordenados bispos contra as leis da Igreja tinham incorrido em excomunhão automática. A China protestou".

 

Uso da força contra bispos

Como o P. Lazzarotto diz, “infelizmente, o Governo comunista não hesita em usar nem a bajulação nem a violência física para atingir os seus objectivos. No ano passado, chegaram a mandar a polícia para forçar vários bispos a participarem nas ordenações episcopais. O Governo criou para isto a Associação Patriótica Católica, que acaba por marginalizar os bispos. Esse uso absurdo da força para impor determinadas opções religiosas desonra o prestígio da China no mundo".

 

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China, prioridade para a Fundação AIS

Portugal está intimamente ligado à China através de Macau. As histórias que hoje preocupam os Padres Angelo Lazzarotto e Piero Gheddo são sobejamente conhecidas de muitos cristãos que viveram e vivem nesse território. Para a Fundação AIS, a China é um dos países prioritários quando se fala no apoio aos cristãos discriminados pela sua fé. Por isso, não podemos ficar indiferentes a esta campanha de oração. Neste momento, alguém na China está seguramente a sofrer represálias por ser cristão. Pode até estar preso ou a ser torturado. Seguramente que alguém está a sofrer por causa da sua fé. E não se trata apenas de uma pessoa. Podem ser centenas ou até milhares. Eles contam connosco.

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