Papa |
A uma janela de Roma
Papa convida Igreja a descobrir a beleza do sacerdócio e da vida consagrada
<<
1/
>>
Imagem

Foi publicada a mensagem para o 49º Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Na semana em que falou às famílias numerosas, Bento XVI defendeu o diálogo na Síria e defendeu que a Igreja precisa sempre de purificação.

 

1. A Mensagem do Papa para o 49º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado a 29 de Abril, IV Domingo da Páscoa, convida a descobrir a beleza do sacerdócio e da vida consagrada. Publicado esta semana, o documento de Bento XVI recomenda à Igreja inteira, em particular aos bispos e aos padres, mas também aos catequistas e a quem quer que se ocupe de educação dos jovens, que preste uma atenção particular aos sinais do nascimento de vocações ao sacerdócio e à vida religiosa. “É importante que se criem, na Igreja, as condições favoráveis para poderem desabrochar muitos «sins», respostas generosas ao amoroso chamamento de Deus”. Na sua mensagem, intitulada ‘As vocações, dom do amor de Deus’, o Papa manifesta o desejo de que “as Igrejas locais, nas suas várias componentes, se tornem «lugar» de vigilante discernimento e de verificação vocacional profunda, oferecendo aos jovens e às jovens um acompanhamento espiritual sábio e vigoroso”. Deste modo, “a própria comunidade cristã torna-se manifestação do amor de Deus, que guarda em si mesma cada vocação”. Segundo Bento XVI, é tarefa da pastoral vocacional “oferecer os pontos de orientação para um percurso frutuoso” de cada crente, ajudando a redescobrir “a beleza e a importância do sacerdócio e da vida consagrada”. Por isso, refere, “é preciso anunciar de novo, especialmente às novas gerações, a beleza persuasiva deste amor divino, que precede e acompanha: este amor é a mola secreta, a causa que não falha, mesmo nas circunstâncias mais difíceis”, assinala.

A mensagem papal destaca também a importância do “amor ao próximo, sobretudo às pessoas mais necessitadas e atribuladas” como “o impulso decisivo que faz do sacerdote e da pessoa consagrada um gerador de comunhão entre as pessoas e um semeador de esperança”.

 

2. O Papa considerou as famílias numerosas um “testemunho de fé, de coragem e de optimismo”. No momento das saudações, durante a habitual audiência-geral das quartas-feiras, Bento XVI dirigiu uma saudação particular à associação italiana de famílias numerosas. “No actual contexto social, os núcleos familiares com tantos filhos constituem um testemunho de fé, de coragem e de optimismo, porque sem filhos não há futuro. Faço votos de que sejam promovidos ulteriormente adequadas intervenções sociais e legislativas em defesa e apoio das famílias mais numerosas, que constituem uma riqueza e uma esperança para o país inteiro”, referiu o Papa às mais de 6 mil pessoas reunidas na sala Paulo VI, no Vaticano.

Durante a audiência-geral, Bento XVI prosseguiu a meditação sobre a oração de Jesus na Cruz. “O Evangelho de São Lucas transmite-nos três palavras de Jesus na Cruz. A primeira é um pedido de perdão para os seus algozes: «Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem». Deste modo, Jesus cumpre aquilo que ensinara no Sermão da Montanha: «Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam». A segunda palavra de Jesus na Cruz é a resposta ao pedido do “bom ladrão”, um dos homens que estavam crucificados com Ele: «Ainda hoje estarás comigo no Paraíso». Jesus está ciente de entrar directamente na comunhão com o Pai e de abrir de novo ao homem a estrada para o Paraíso de Deus. A última palavra de Jesus é um grito de derradeira entrega a Deus, num acto de total abandono: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito». Ao colocar-se inteiramente nas mãos do Pai, Jesus nos comunica a certeza de que por mais duras que sejam as provas, jamais nos encontraremos fora das mãos de Deus, as mesmas que nos criaram, sustentaram e acompanham no caminho da vida, com um amor infinito e fiel”.

 

3. O Papa fez um apelo urgente ao fim da violência na Síria e pediu às autoridades deste país para privilegiarem o caminho do diálogo e da paz. Na oração dominical do Angelus, Bento XVI afirmou que acompanha com “muita apreensão os episódios de violência dramática e crescente” na Síria. “Nos últimos dias, a violência provocou muitas vítimas e eu rezo por elas, entre elas há crianças, pelos feridos e por todos aqueles que sofrem com um conflito cada dia mais preocupante", frisou. “Renovo um pedido urgente para que acabe a violência e o sangue derramado. Convido a todos, e em primeiro lugar as autoridades políticas da Síria, que privilegiem o caminho do diálogo, da reconciliação e o compromisso a favor da paz”, apelou o Papa.

 

4. “A Igreja Católica precisa sempre de purificação”, escreveu o Papa numa mensagem dirigida ao encontro internacional ‘Jesus nosso contemporâneo’, que decorreu em Roma e foi promovida pela Conferência Episcopal Italiana. “Jesus entrou na história humana e continua a viver nela, com a sua beleza e força, naquele corpo frágil e sempre necessitado de purificação, mas também infinitamente preenchido de amor divino, que é a Igreja”, sublinhou Bento XVI. A existência de Cristo, “em cujo nome ainda hoje muitos crentes, em vários países do mundo, suportam sofrimentos e perseguições, não pode estar confinada num passado longínquo”, sendo “decisiva” para a fé de hoje.

Aura Miguel, à conversa com Diogo Paiva Brandão
A OPINIÃO DE
Guilherme d'Oliveira Martins
Quando Jean Lacroix fala da força e das fraquezas da família alerta-nos para a necessidade de não considerar...
ver [+]

Tony Neves
É um título para encher os olhos e provocar apetite de leitura! Mas é verdade. Depois de ver do ar parte do Congo verde, aterrei em Brazzaville.
ver [+]

Tony Neves
O Gabão acolheu-me de braços e coração abertos, numa visita que foi estreia absoluta neste país da África central.
ver [+]

Pedro Vaz Patto
Impressiona como foi festejada a aprovação, por larga e transversal maioria de deputados e senadores,...
ver [+]

Visite a página online
do Patriarcado de Lisboa
EDIÇÕES ANTERIORES