A Virgem Maria tem um lugar muito próprio na vida e na espiritualidade cristã. Não só por ser Mãe de Jesus (seria apenas uma “recordação histórica”), ou porque o “faça-se” que Ela pronunciou por palavras e com a vida diante de Deus permitiu que o Verbo assumisse a carne humana (“em tudo igual a nós, excepto no pecado”) mas, sobretudo, porque – mais que qualquer outro – ela é o discípulo acabado, perfeito.
Ela mostra-nos que ser cristão não é uma utopia, ou sonho ou desejo, mas uma existência bem concreta – existência feliz, ainda que no meio dos sofrimentos ou dificuldades que a vida quotidiana traz sempre consigo.
A Virgem Maria é a Mãe que cuida continuamente da Igreja e dos seus filhos, conforme a entrega que Jesus fez de cada um de nós na cruz. E é igualmente Aquela a quem os filhos recorrem nas horas de aflição, ou mesmo de tranquilidade. Apontando sempre para Jesus e para o Evangelho, a Virgem Maria, ao mesmo tempo que constitui o regaço seguro em que cada um pode encontrar repouso e segurança no seu caminhar, é simultaneamente força e coragem que nos impede de desistir perante as dificuldades do caminho, quaisquer que elas sejam.
É por isso que Nossa Senhora encontra sempre o seu lugar em qualquer dos tempos litúrgicos, e é por isso que Ela se encontra sempre presente na vida do cristão.
E, no entanto, o mês de Maio é-lhe particularmente dedicado. No “mês de Maria”, sempre a piedade popular – e com ela, e ensinados por ela, também pastores e teólogos – dedicou uma atenção simples, espontânea, sincera à “Mãe do Céu”. É o “mês da Mãe”, que, por entre procissões de velas, cânticos e tradições, nada retirando à alegria pascal que proclama a Ressurreição de Jesus, nos ajuda antes a louvar o Senhor e a colocarmos o nosso coração mais próximo dele.
Particularmente em Portugal, “terra de Santa Maria”, a presença deste afecto pela Mãe é marcante. Que ele não seja apenas emoção de um dia ou mesmo lágrimas passageiras, mas que nos conduza à conversão de vida que, desde sempre, o amor da Mãe nos pede, nos exige.
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