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Genfest
“Let’s bridge”
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“Construir pontes” foi o título do 10º Genfest, que reuniu cerca de 14 mil jovens provenientes dos cinco continentes, na cidade de Budapeste - Hungria, de 31 de Agosto a 2 de Setembro.

 

O Genfest é um evento mundial, promovido pelo Movimento dos Focolares, onde jovens de todo o mundo se encontram e procuram ser um testemunho de paz e de unidade entre povos, e dar mais um passo na construção de um “Mundo Unido”. Este evento começou na sexta-feira, 31 de Agosto, com uma “Expo do Leste Europeu” e várias atividades, durante a tarde. À noite, houve um concerto de boas-vindas animado por jovens artistas de diferentes nacionalidades – entre os quais também o grupo português “Contraste” atuou com a apresentação da canção “Above” –, precedido pelas saudações do Presidente da Câmara de Budapeste, Tarlós István, da presidente da Conferência Geral da Unesco, Katalin Bogyay, e do Papa Bento XVI que, através de uma mensagem, referindo-se ao lema do Genfest, “Let’s bridge” e às “pontes sobre o Danúbio destruídas na Segunda Guerra Mundial”, convidou “todos os jovens presentes a oferecer a mão da amizade aos que provêm de outros contextos e culturas, para que se dê forma à cidade terrena na unidade e na paz, tornando-a, de alguma forma, uma antecipação e uma prefiguração da cidade indivisa de Deus’ (Caritas in Veritate, 7)”.

 

Construção de uma ponte

No sábado, dentro da Sport Arena de Budapeste, alternaram-se músicas, reflexões, coreografias e testemunhos de jovens das várias partes do mundo e, numa variedade de sons, cores e movimentos todo o programa assentou na metáfora da construção de uma ponte, percorrendo as suas várias fases. A primeira: fazer os cálculos, resumia-se em identificar os vários conflitos que existem no mundo em que vivemos, como a exclusão social, evidenciada na experiência vivida por Plínio, do Brasil. Sujar as mãos cavando na lama, o passo sucessivo, traduzia-se em assumir o compromisso pessoal de ir ao encontro das situações de necessidade, tal como fizeram os jovens da Tailândia ao ajudar as vítimas das enchentes no seu país. A etapa seguinte era colocar os pilares, pilares estes que, ao reviver-se a experiência de Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, se revelaram ser a escolha de Deus que é Amor e que leva a amar. A realização da ponte era a etapa sucessiva, imagem de unidade que passa por ações concretas, em todos os âmbitos da vida quotidiana, cujo segredo para não desmoronar é amar também no sofrimento. Deste modo, estavam criadas as bases sólidas, que permitem atravessar a ponte - última etapa deste percurso figurativo.

 

Projeto Mundo Unido

Um dos momentos altos foi a abertura oficial do Projeto Mundo Unido e a adesão pessoal e coletiva dos jovens que o quiseram assumir seriamente. O projeto tem o objetivo de colocar em evidência e promover a fraternidade atuada por indivíduos, grupos e nações, fazendo nascer um Observatório internacional permanente, reconhecido pela ONU. Foi durante este momento que Maria Voce, atual presidente do Movimento dos Focolares, interveio, dizendo: “Olhem para o alto! Mirem longe, e encontrarão um apoio seguro. Olhem para o amor que é Deus. Ele é o único que não vos engana. Estejam do lado dEle, procurando ver as coisas e o mundo com os Seus olhos, e vocês  serão pilares firmes de pontes novas, sobre as quais caminharão seguros (…) não tenham medo! Sejam vocês mesmos, e insiram-se na sociedade, colocando à disposição de grandes e pequenos a vossa personalidade, as vossas competências e talentos. (…) é preciso passar imediatamente à ação… Comecem a amar concretamente. O primeiro passo não é o de grandes ações, mas dos pequenos atos de amor que tornam grande a vida e tem o poder de mudar o mundo e incidir na sociedade (…) A primeira ponte foi construída  entre todos vocês… Edificaram juntos uma porção de mundo unido (…) ”. Saindo da Sport Arena, inflamados por estas palavras, o passo seguinte foi na Ponte das Correntes, uma das mais importantes e simbólicas de Budapeste, onde se realizou um “flashmob”, símbolo do compromisso assumido por todos em construir pontes entre pessoas, países, religiões e culturas. Este grande evento terminou no domingo, dia 2 de setembro, na Praça Santo Estevão, no centro da cidade, com a celebração da S. Missa para jovens católicos, presidida pelo cardeal Peter Erdö, arcebispo de Budapeste, enquanto os jovens de outras Igrejas celebraram as próprias liturgias nos respetivos lugares de culto, e os 160 muçulmanos, budistas e hindus num lugar próprio. A conclusão fez-se juntos, com um momento de silêncio e recolhimento pela paz: o “time out”.

 

Presença portuguesa

De Portugal, estiveram presentes neste histórico evento, cerca de 200 jovens, de todo o país. Quando partimos para Budapeste levávamos o desejo de construir pontes entre nós e com todos aqueles que encontrássemos. A experiência foi tão forte que o clima que se respirou naqueles dias foi de profunda alegria e entusiamo. Voltámos com o desejo e o empenho de continuar a viver este mesmo desafio: “construir pontes”, agora nos locais onde habitamos.

texto por Alexandra Norberto; foto pelo Movimento dos Focolares
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