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A uma janela de Roma
Papa propõe reflexão sobre as redes sociais
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O Vaticano anunciou o tema proposto por Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2013, que convida a uma reflexão em torno das redes sociais. Na semana em que enviou uma mensagem à Plenária do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, o Papa pediu ajuda para os refugiados no leste do Congo. Por estes dias, começou também o julgamento do ex-mordomo de Bento XVI.

 

1. ‘Redes Sociais: portais de Verdade e de fé, novos espaços de evangelização’ é o tema proposto pelo Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2013. O tema foi divulgado esta semana, através de uma nota do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais. “Um entre os desafios mais significativos da evangelização nos dias de hoje é aquele que emerge do ambiente digital. É sobre este desafio que o tema deste ano, proposto pelo Papa Bento XVI, para o 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais: ‘Redes Sociais: portais de Verdade e de fé, novos espaços de evangelização’ quer chamar a atenção, no contexto do Ano da Fé”. O comunicado sublinha que, na verdade, não se trata mais de como utilizar a internet como um “meio” de evangelização, “mas de evangelizar considerando que a vida do homem de hoje se exprime também no ambiente digital”.

O Dia Mundial das Comunicações Sociais, uma data estabelecida pelo Concílio Vaticano II (‘Inter Mirifica’, 1963), é celebrada no Domingo que antecede a Festa de Pentecostes (em 2013, será no 12 de Maio). “A Mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial das Comunicações Sociais é tradicionalmente publicada em ocasião da Festa de São Francisco de Sales, padroeiro dos Jornalistas (24 de Janeiro)”, recorda a nota do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais.

 

2. O Papa enviou uma mensagem aos participantes da Assembleia Plenária do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, que decorreu em Sankt Gallen, na Suíça, com a presença do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Policarpo (veja mais informações na pág. 06 desta edição). “A memória de São Galo e da sua obra, na véspera da assembleia sinodal sobre a Nova Evangelização, será um estímulo para olhar com fé e esperança para a grande messe que são os povos da Europa, na esteira do Concílio ecuménico Vaticano II e dos ensinamentos dos papas que o implementaram”.

Na mensagem, lida na abertura dos trabalhos, Bento XVI convida a "retomar a lição magistral do Servo de Deus Paulo VI na ‘Evangelii nuntiandi’ e a directriz do beato João Paulo II na carta apostólica ‘Novo millenio ineunte’, à luz do magistério e tendo em vista o próximo Ano da Fé".

O Papa convida ainda a Igreja na Europa “a reflectir sobre a tarefa perene de evangelização e a sua urgência actual, renovada”. Bento XVI também exorta a seguir a experiência de São Galo, que ensina que “a mensagem cristã é semeada e toma raiz onde é vivida autêntica e eloquentemente pela comunidade”.

 

3. O Papa apelou ao apoio da comunidade internacional para os refugiados no leste da República Democrática do Congo, situação que mereceu uma reunião de alto nível nas Nações Unidas. “Estou particularmente próximo dos refugiados, das mulheres e crianças, que por causa dos persistentes confrontos armados passam por sofrimentos, violências e profundo mal-estar”, frisou Bento XVI, na residência pontifícia de Castel Gandolfo, nos arredores de Roma, após a recitação da oração do Angelus, no passado Domingo, dia 30 de Setembro.

O Papa deixou votos de que as partes envolvidas encontrem “vias pacíficas de diálogo e de protecção de tantos inocentes” e se regresse “o mais rapidamente possível à paz”. Bento XVI aludiu, em particular, à necessidade de repor a “convivência fraterna desta população tão provada, bem como em toda a região”.

O actual conflito já causou cerca de meio milhão de deslocados e coloca em confronto as autoridades congolesas e o M23, movimento saído de uma anterior rebelião cujos membros tinham sido integrados no exército após um acordo assinado com Kinshasa a 23 de Março de 2009.

Após cerca de três meses de estadia em Castel Gandolfo, o Papa regressou ao Vaticano esta segunda-feira, dia 1 de Outubro.

 

4. Teve início o julgamento do ex-mordomo do Papa. No Tribunal do Vaticano, Paolo Gabriele tem sido interrogado acerca da acusação de ter roubado documentos reservados da Santa Sé.

Entre as testemunhas do processo está o secretário particular de Bento XVI, monsenhor Georg Gaenswein, superior directo do mordomo, sendo que o Vaticano anunciou que o processo contra Paolo Gabriele, iniciado no sábado, foi separado da análise das acusações que recaem sobre Claudio Sciarpelletti, técnico informático da Secretaria de Estado.

Paolo Gabriele está a ser julgado por furto agravado, o que lhe pode valer uma pena de 3 a 4 anos de prisão. O ex-mordomo, detido a 23 de Maio, declarou que desviou e fotocopiou a documentação e a enviou ao jornalista italiano Gianluigi Nuzzi, na convicção de estar a prestar um serviço ao Papa.

O início do processo penal no Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano, no dia 29 de Setembro, durou cerca de 2 horas e 15 minutos, na presença de um grupo de dez jornalistas, sendo a responsabilidade de captação de imagem da exclusiva responsabilidade da Santa Sé. Segundo o jornal ‘L'Osservatore Romano’, esta é a primeira vez que se verifica um processo público no Vaticano.

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