Lisboa |
Jornada ‘Liturgia, Arte e Arquitectura nos 50 anos do Concílio Vaticano II’
“A Igreja quer ser o lugar da beleza”
<<
1/
>>
Imagem

O Cardeal-Patriarca de Lisboa assegura que “a Igreja quer ser o lugar da beleza e, por isso, considera os artistas seus aliados naturais”. Nas Jornada ‘Liturgia, Arte e Arquitetura nos 50 anos do Concílio Vaticano II’, D. José Policarpo considerou ainda que “a arte é, entre as realidades humanas, aquela que mais espontaneamente abre ao mistério, vivido e celebrado pela Igreja”.

 

Referindo que “o homem busca espontaneamente o belo, como busca o amor”, o Cardeal-Patriarca sublinhou: “Compreende-se, pois, que a religião seja um lugar privilegiado da busca da beleza, expressa na criatividade humana, sobretudo nos templos, mas no interior do homem como experiência de harmonia, de paz, de amor: a beleza torna-se experiência de contemplação”. Na Universidade Católica Portuguesa (UCP), em Lisboa, reflectindo sobre o tema ‘A atualidade do Concílio Vaticano II’, D. José Policarpo citou uma passagem da ‘Mensagem do Concílio a todos os Homens’, na parte dirigida aos artistas, para garantir: “A Igreja quer ser o lugar da beleza e, por isso, considera os artistas seus aliados naturais”.

Nesta conferência na Jornada ‘Liturgia, Arte e Arquitetura nos 50 anos do Concílio Vaticano II’, organizada pela Faculdade de Teologia da UCP e pelo Patriarcado de Lisboa, com o apoio do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, D. José Policarpo considerou que “a arte é, entre as realidades humanas, aquela que mais espontaneamente abre ao mistério, vivido e celebrado pela Igreja”. “É sobretudo na liturgia, em que a Igreja celebra o mistério, que a arte e a beleza são chamadas a essa função de mediação sacramental. Tudo o que contribui para a celebração da fé, da comunidade reunida como povo sacerdotal, espaços, imagens, objetos litúrgicos, devem ser belos e garantir a harmonia com a comunidade orante”, refere. “Portanto, nesta busca da beleza para a celebração do mistério, a Igreja não tem um estilo próprio. É da sua natureza procurar a harmonia da sua realidade espiritual com a cultura, a sensibilidade própria de cada tempo. São as escolas culturais e artísticas que são chamadas a colaborar com a Igreja, garantindo à expressão do mistério a beleza que ele requer. Isso não significa que a Igreja possa aprovar e aceitar todas as criações da arte”, acrescenta o Patriarca de Lisboa.

 

A arte e o tempo

Apontando que “na celebração dos seus mistérios, a Igreja, ao longo de 2000 anos, realiza uma síntese maravilhosa entre a perenidade da sua fé e a sua expressão temporal”, D. José Policarpo garante que “a arte religiosa é um elemento importante na formação da Tradição”. Desta forma, “nesta harmonia entre o perene e o temporal, nesta polifonia de estilos, de escolas artísticas, de dimensões próprias do tempo presente, a arte sacra garante o diálogo da Igreja com a cultura e a relação do que é próprio de cada tempo com o carácter imutável da fé da Igreja”. “Para valorizar elementos da actualidade cultural não pode agredir a perenidade do mistério. É por isso que a Igreja viva ainda se sente hoje bem a celebrar e a rezar em templos românicos, góticos ou barrocos. Compete à liturgia viva realizar a síntese entre esses estilos do passado e a actualidade da fé da Igreja”, salienta.

A OPINIÃO DE
Guilherme d'Oliveira Martins
Quando Jean Lacroix fala da força e das fraquezas da família alerta-nos para a necessidade de não considerar...
ver [+]

Tony Neves
É um título para encher os olhos e provocar apetite de leitura! Mas é verdade. Depois de ver do ar parte do Congo verde, aterrei em Brazzaville.
ver [+]

Tony Neves
O Gabão acolheu-me de braços e coração abertos, numa visita que foi estreia absoluta neste país da África central.
ver [+]

Pedro Vaz Patto
Impressiona como foi festejada a aprovação, por larga e transversal maioria de deputados e senadores,...
ver [+]

Visite a página online
do Patriarcado de Lisboa
EDIÇÕES ANTERIORES