Papa |
A uma janela de Roma
“Cada um de nós é fruto do pensamento de Deus”
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Na semana em que Bento XVI dirigiu uma mensagem ao ‘Atrio dos Gentios’ realizado em Portugal, o Papa lembrou as monjas contemplativas, deixou um apelo à Paz em no Médio Oriente, e recordou aos jovens a evangelização no continente digital.

 

1. “A consciência da sacralidade da vida que nos foi confiada, não como algo de que se possa dispor livremente, mas como dom a guardar fielmente, pertence à herança moral da humanidade” refere Bento XVI na mensagem que dirigiu ao ‘Átrio dos Gentios’, realizado em Braga e Guimarães nos passados dias 16 e 17 de Novembro. Organizado para reunir crentes e não crentes à volta do tema do ‘Valor da Vida’, Bento XVI lembrou na mensagem que foi lida na sessão portuguesa do ‘Átrio dos Gentios’ que há “uma aspiração comum de afirmar  o valor da vida humana sobre a maré  crescente da cultura da morte”. “«Mesmo entre dificuldades e incertezas, cada homem sinceramente aberto à verdade e ao bem, com a luz da razão e não sem o secreto influxo da graça, pode chegar a reconhecer na lei natural inscrita no coração (cf. Rm 2, 14-15) o valor sagrado da vida humana desde o primeiro momento do seu início até ao seu termo»”, referiu citando o número 2 da Encíclica Evangelium Vitae. Por isso relevou: “Não somos produto casual da evolução, mas cada um de nós é fruto de um pensamento de Deus: somos amados por Ele”. Recorrendo a uma experiência de vida humana concreta, o Papa sublinhou que “a morte da pessoa amada é, para quem a ama, o acontecimento mais absurdo que se possa imaginar”. No entanto afirma que, “a mesma morte da mesma pessoa aparece, aos olhos de quem não ama, como um acontecimento natural, lógico (não absurdo). Quem tem razão? Aquele que ama («a morte desta pessoa é absurda») ou o que não ama («a morte desta pessoa é lógica»)?”, questiona Bento XVI. Segundo o Papa, na modernidade o ser humano quis “fundar-se sobre si mesmo”, como um edifício sem janelas, mas “mesmo em tal mundo autoconstruído vai-se beber aos recursos de Deus”. Por isso apela: “É preciso abrir de novo as janelas”. Defendendo que “o valor da vida só se torna evidente se Deus existe”, o Papa refere que “seria bom se os não crentes vivessem como se Deus existisse”, caso contrário “o mundo não funciona”, observa.

 

2. Na quarta-feira, 21 de Novembro, Bento XVI assinalou o Dia das Monjas de Clausura com apelos aos fiéis para que apoiem essas comunidades com o “necessário sustento espiritual e material”. O apelo surgiu na audiência geral realizada no Vaticano, onde o Papa manifestou a sua “proximidade” e a de toda a Igreja às religiosas e sublinhou o quanto se deve às monjas que se “consagram inteiramente à oração pela Igreja e pelo mundo”. O Dia Mundial das Monjas de Clausura, é celebrado na data em que se evoca a apresentação da Virgem Maria no templo de Jerusalém.

 

3. Ainda na audiência geral de Quarta-feira, o Papa lembrou que o ódio e a violência não resolvem os problemas e apelou ao cessar fogo em Gaza. Bento XVI referiu seguir “com grave preocupação o agravar-se da violência entre Israelitas e os Palestinianos da Faixa de Gaza” e recordou, uma vez mais, que o ódio e a violência não resolvem os problemas encoranjando a todas as iniciativas que possam conduzir à paz em toda a região. “Juntamente com a recordação orante pelas vítimas e pelos que sofrem, sinto o dever de reafirmar uma vez mais que o ódio e a violência não são a solução dos problemas. Além disso, encorajo as iniciativas e os esforços de todos os que estão a tentar obter uma trégua e promover negociações. Exorto também as Partes a adoptar decisões corajosas a favor da paz e a pôr termo a um conflito com repercussões negativas em todas a Região do Médio Oriente, atribulada por demasiados confrontos e carecida de paz e de reconciliação”.

 

4. Bento XVI desafia os jovens a participar no esforço evangelizador da Igreja Católica e a serem portadores da esperança de Deus junto dos colegas e no meio das “dificuldades do mundo contemporâneo”. Na mensagem que publicou no passado fim de semana para a 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o Papa sublinha que actualmente “não poucos jovens duvidam profundamente que a vida seja um bem, e não veem com clareza o próprio caminho”. Chamando a atenção para as possibilidades de testemunho abertas pelos “novos meios de comunicação”, como o facebook e o twitter, Bento XVI recorda “aos jovens, que se encontram quase espontaneamente em sintonia” com aquelas ferramentas, “a evangelização deste continente digital”.

O Papa exorta ainda os mais novos a “não terem medo de testemunhar a fé” também nas ocasiões em que se encontram com jovens de outras regiões ou países, lembrando que “hoje são sempre mais numerosos os jovens que viajam, seja por motivos de estudo ou de trabalho, seja por diversão, razões económicas ou sociais”.

Em Julho de 2013 Bento XVI vai estar na 28ª Jornada Mundial da Juventude, que se realiza no Rio de Janeiro (Brasil), uma iniciativa que espera permita aos jovens crescerem em conjunto na adesão à “grande exortação missionária que Cristo deixou para toda a Igreja e que permanece actual dois mil anos depois”.

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