06.01.2013
Lisboa |
Ano 2012 em revista
Cristãos ajudam o próximo alicerçados na fé e na missão
Ano da Fé, Missão Metrópoles, o retomar das visitas pastorais, a morte de dois antigos Bispos Auxiliares de Lisboa ou as visitas internacionais do Papa. Foram muitos os temas da Igreja em destaque ao longo do ano que agora terminou e que ficou também marcado pela crise e pelas várias respostas da Igreja e das comunidades cristãs às carências das pessoas.
JANEIRO No primeiro mês do ano 2012, Portugal passava a ter três cardeais: a 7 de janeiro, o Papa nomeava cardeal D. Manuel Monteiro de Castro. Ainda em Roma, a Santa Sé publicava uma nota com indicações pastorais para preparar o Ano da Fé. Em Lisboa, a Vigararia de Alenquer, que reúne 22 paróquias, organizava uma jornada vicarial dedicada à cultura da dádiva, onde apelava à criação de laços de comunhão para enfrentar a crise. Janeiro assinalou ainda os 80 anos de fundação do Jornal VOZ DA VERDADE, um semanário diocesano que, nas palavras do Cardeal Cerejeira, quer ser um “missionário discreto e constante de Jesus Cristo”. FEVEREIRO Em fevereiro era apresentada pelo Patriarcado de Lisboa a Missão Metrópoles, para dar a conhecer Cristo. Esta ‘Nova Evangelização na Cidade’ iria decorrer em 12 cidades europeias. A 21 de fevereiro, com 89 anos de idade, falecia o Bispo Emérito de Beja e antigo Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Manuel Falcão. No Vaticano, o Papa falava sobre o maior desafio para a Igreja de hoje: a renovação da fé. Ainda neste mês foi dado a conhecer o logotipo – com a silhueta do Cristo Redentor, envolvido por um coração com as cores do Brasil – para a Jornada Mundial da Juventude em 2013, que se vai realizar no Rio de Janeiro. MARÇO Março, tempo de Quaresma, ficou marcado pelas Catequeses Quaresmais do Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, integradas na Missão Metrópoles, uma iniciativa de nova evangelização na cidade. Ainda na Diocese de Lisboa, a paróquia de Camarate assinalava os 500 anos com uma semana missionária. A nível internacional, o destaque vai para a visita do Papa ao México e a Cuba, de 26 a 28 de março, onde se encontrou com Fidel Castro, o histórico líder cubano. Ao longo de três dias, Bento XVI procurou confirmar na fé os cristãos destes países. ABRIL Cerca de 1600 jovens católicos ‘invadiram’ a cidade de Lisboa, no dia 1 de abril, para a Jornada Diocesana da Juventude. Em Domingo de Ramos, a juventude encontrou-se ainda com o seu Bispo, D. José Policarpo, na Sé. A 15 de abril, também na Sé, terminava a Missão Metrópoles, com o ator Miguel Guilherme a ler ‘A Paixão e a Ressurreição de Jesus’, na iniciativa ‘Com São Marcos encontrar Deus’. Na Assembleia Plenária, os bispos portugueses pediam justiça e equidade no combate à crise. Em Roma, o Papa cumpriu neste mês 85 anos de vida e 7 de Pontificado. MAIO Maio ficou marcado pelo retomar, na Diocese de Lisboa, das visitas pastorais. As paróquias da Vigararia de Loures-Odivelas foram as primeiras a receber a visita de D. José Policarpo, D. Joaquim Mendes e D. Nuno Brás. Por ocasião do Dia Mundial das Comunicações Socais, o Cardeal-Patriarca de Lisboa considerou que é “uma obrigação” o jornal diocesano VOZ DA VERDADE ser “sincero e verdadeiro”. Na celebração dos 80 anos desta publicação, que decorreu na paróquia da Benedita, D. José Policarpo pediu ao semanário dominical para ser testemunho. Este foi também o mês em que Bento XVI lembrou que o perdão é o único caminho para resolver conflitos de difícil resolução. JUNHO O mês de junho ficou marcado pela morte de D. Albino Mamede Cleto, Bispo Emérito de Coimbra e antigo Bispo Auxiliar de Lisboa. Falecido no dia 15, muitos recordaram por esses dias a proximidade do pastor, que esteve como Bispo Auxiliar do Patriarcado entre 1982 e 1997. A 10 de junho, o Presidente da República condecorou a irmã Ana Maria Vieira, que há 40 anos se entrega à Associação de Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos, em Lisboa. A Casa do Gaiato acolheu, dia 3, a celebração do Dia da Igreja Diocesana, que assinalou também o encerramento da Visita Pastoral à Vigararia de Loures-Odivelas. Neste mesmo dia terminava em Milão, Itália, o Encontro Mundial das Famílias, com o Papa a pedir às famílias para não perderem o sentido do Domingo, Dia do Senhor. JULHO Dia 1 de julho, após a ordenação, o jovem Fernando Santos, de 29 anos, tornou-se no primeiro diácono da Comunidade Emanuel da Diocese de Lisboa. Dia 8, na Sé do Porto, o jovem diácono Nuno Rocha, da paróquia de Alfornelos, foi ordenado presbítero através dos Padres Dehonianos. Ainda neste mês, no dia 4 de julho, o Bispo Auxiliar de Lisboa D. Nuno Brás celebrou 25 anos de ordenação sacerdotal. Em Roma, é nomeado o novo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, com o Bispo alemão de Ratisbona, D. Gerhard Ludwig Müller, de 64 anos, a suceder no cargo ao cardeal William Levada. AGOSTO Agosto, mês tradicional de férias, fica anualmente marcado pelas festas religiosas e/ou populares. Em Colares, a Festa de Nossa Senhora da Praia reúne, no último Domingo de Agosto, milhares de pessoas na Praia das Maçãs. Ainda no oitavo mês do ano, era concedido o título de Basílica à Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima. A 25 de agosto, com 92 anos, falecia D. Aurélio Granada Escudeiro, antigo Bispo de Angra. De 4 a 10 de agosto, o ACANAC 2012 (Acampamento Nacional de Escuteiros) reuniu em Idanha-a-Nova mais de 17 mil ‘escutas’ de todo o país, durante 7 dias. No último dia deste mês falecia o Cardeal Martini, Arcebispo Emérito de Milão, considerado o homem da Palavra. SETEMBRO Setembro marca o início do novo ano pastoral, com o Cardeal-Patriarca de Lisboa, na introdução ao Programa e Calendário Diocesano para o Ano Pastoral 2012-2013, a apelar ao “reavivar do zelo apostólico”. As relíquias de São João Bosco, fundador dos Salesianos, estiveram em Portugal. Lisboa recebeu a visita do pai e mestre dos jovens e o ponto alto foi a celebração eucarística nos Jerónimos, no dia 15. Este mês marcou também os 175 anos do nascimento de Madre Teresa de Saldanha, com o Cardeal-Patriarca a lembrar a “vida de amor” da religiosa nascida em Lisboa que fundou as Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena. Em setembro, o Papa visitou, de 14 a 16, o Líbano, onde fez constantes apelos à paz. OUTUBRO Outubro marcou o início do Ano da Fé, convocado pelo Papa, para celebrar os 50 anos do Concílio Vaticano II: dia 11, em Roma, com Bento XVI a desafiar os católicos a enfrentarem o avanço da desertificação espiritual que se espalhou pelo mundo; dia 13, em Fátima, com o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Policarpo, a convidar os cristãos a uma maior consciência do seu papel na Igreja; e dia 25, em Lisboa, com o Cardeal-Patriarca a convidar a reconhecer Cristo na cruz. Na semana em que começou o Ano da Fé, teve início em Roma o Sínodo dos Bispos, com Bento XVI a lembrar que os “documentos do Concílio Vaticano II são, para o nosso tempo, uma bússola”. NOVEMBRO Recolher roupa usada para reutilização é o objetivo do ‘Projeto Amigo’ que a Cáritas Diocesana de Lisboa levou a efeito em Novembro, mês em que o Projeto ‘Igreja Solidária’, do Patriarcado de Lisboa, fez um ponto de situação: em três anos, os cristãos de Lisboa doaram mais de 200 mil euros. A 17 de novembro falecia Antoine Sibertin-Blanc, organista titular da Sé Patriarcal durante mais de 40 anos. A Vigararia de Sintra é a segunda vigararia da Diocese de Lisboa a receber a visita pastoral, que se iniciou dia 3 e se prolonga até este Domingo, 6 de janeiro de 2013. DEZEMBRO O último mês do ano ficou marcado pela apresentação em Lisboa do último capítulo da trilogia de Bento XVI sobre Jesus de Nazaré, ’A Infância de Jesus’, uma obra que segundo D. Nuno Brás, Bispo Auxiliar de Lisboa, ajuda a perceber Cristo. Num mês em que prosseguiu a visita pastoral à Vigararia de Sintra, o Vaticano lançou também, neste final de 2012, a conta do Papa no Twitter (www.twitter.com/pontifex), com Bento XVI a bater todos os recordes desta rede social.texto por Diogo Paiva Brandão; fotos por Arquivo Jornal Voz da Verdade
A OPINIÃO DE
Pedro Vaz Patto
Impressiona como foi festejada a aprovação, por larga e transversal maioria de deputados e senadores,...
ver [+]
|
Guilherme d'Oliveira Martins
Há anos, Umberto Eco perguntava: o que faria Tomás de Aquino se vivesse nos dias de hoje? Aperceber-se-ia...
ver [+]
|
Pedro Vaz Patto
Já lá vai o tempo em que por muitos cantos das nossas cidades e vilas se viam bandeiras azuis e amarelas...
ver [+]
|
Guilherme d'Oliveira Martins
Vivemos um tempo de grande angústia e incerteza. As guerras multiplicam-se e os sinais de intolerância são cada vez mais evidentes.
ver [+]
|
EDIÇÕES ANTERIORES