Lisboa |
Visita Pastoral à Vigararia de Sintra reúne famílias
Casamento cristão é caminho de santidade
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O Cardeal-Patriarca de Lisboa sublinhou o caminho de santidade a que as famílias cristãs são chamadas pelo matrimónio. Num encontro com as famílias da Vigararia de Sintra, realizado no passado Domingo, 30 de dezembro, em Rio de Mouro, D. José Policarpo lembrou que “Evangelizar a família é ajudar a descobrir que a própria família é um caminho de santidade”.


No auditório da paróquia de Rio de Mouro, o Patriarca de Lisboa apontou a dimensão sacramental do Matrimónio que surge desde o Batismo. “O princípio da beleza do matrimónio cristão é a ação de Deus que começa no dia do nosso baptismo, na união entre nós e Cristo”. Após ouvir alguns testemunhos de experiências de vida familiar e de matrimónio cristão, o Cardeal-Patriarca caracterizou o matrimónio cristão como “um caminho de fidelidade, de generosidade, de luta e de coragem”, não deixando de manifestar a sua preocupação pastoral com os casamentos cristãos que terminam em separação. “As pessoas enamoram-se como os passarinhos, na Primavera, e depois casam-se na igreja porque é mais bonito, é tradição, é uma festa. E depois vivem como todos os outros. Nunca perceberam que o serem cristãos, o ter-lhes sido dado o dom da fé vai proporcionar-lhes viver o amor humano identificado com o amor que Cristo tem à Igreja. A nova família é chamada a exprimir-se antes de mais na família humana”, garante D. José Policarpo. Por isso, acentua, “a novidade dos cristãos que constituem família é Jesus Cristo. É o estarem unidos a Jesus Cristo”.

 

A nova família dos filhos de Deus

Segundo D. José Policarpo, o sacramento do matrimónio significa “ a união do homem e da mulher em ordem à maternidade/paternidade”, que “tem em comum com todos os outros casamentos, a natureza”, mas tem algo que o distingue: “a capacidade da realidade matrimonial de ser sacramento de outra coisa que é a nova família dos filhos de Deus”.

Neste sentido, refere D. José Policarpo, “a realização do matrimónio cristão só é viável num dinamismo de santidade, de fidelidade radical; esse dinamismo de fidelidade é ao Senhor; aceitar o que Ele nos promete e dá todos os dias; acreditar na sua Palavra”, observa.

Lembrando, ainda, que “a verdadeira vocação é a santidade”, o Patriarca de Lisboa garantiu às famílias presentes que “o amor é uma vocação que só o Espírito Santo torna possível”.

 

Família é santuário da vida

Inserida ainda no âmbito da visita pastoral à Vigararia de Sintra, da parte da manhã o Bispo Auxiliar de Lisboa D. Joaquim Mendes deixou um alerta para a valorização da família “como comunidade de vida e de amor”, lembrando o papel da Igreja nessa missão. “A Igreja não pode renunciar ao grave dever de proclamar o Evangelho da família, santuário da vida e sede firme de esperança”, apelou D. Joaquim Mendes na Eucaristia a que presidiu, no Domingo 30 de dezembro, Festa da Sagrada Família, na paróquia de Rio de Mouro. No âmbito da Visita Pastoral que tem estado a decorrer na Vigararia de Sintra, D. Joaquim Mendes lembrou que “a valorização da vida e a consciência do que representa existir, leva ao repúdio por todas as formas de atentado à vida e por todas as expressões da chamada ‘cultura da morte’, uma nuvem negra que ameaça a nossa civilização”. Na homilia daquela celebração, transmitida em direto pela TVI, sublinhou ainda a importância da presença dos idosos na sociedade. “A presença dos idosos numa família e numa sociedade não devia ser considerada uma questão incómoda e pesante, mas um valor de humanização, que deveria levar ao apreço e valorização da vida, em todas as suas fases, desde o nascimento até à morte”. Observando que a família “não pode deixar de ser a primeira e grande prioridade social no mundo onde se joga o futuro do homem na sociedade”, D Joaquim Mendes recordou também que “a família é espaço de comunhão, de amor e de diálogo, indispensáveis para enfrentar as dificuldades no seu quotidiano”.

 

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D. Nuno Brás visitou associação de reformados

O Bispo Auxiliar de Lisboa D. Nuno Brás visitou a Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Agualva-Cacém (ARPIAC). Neste encontro, realizado no passado dia 19 de dezembro de 2012, e integrado na Visita Pastoral que decorreu até este Domingo 6 de Janeiro na Vigararia de Sintra, o Bispo Auxiliar encontrou aqueles que, refere um comunicado, “dão sentido e vida às instalações” daquela associação. “Foram momentos de amor em doação recíproca entre Bispo e pessoas que, encontrando-se muitas delas já com o olhar na distância da juventude e na proximidade das portas do sem fim, souberam subir e descer a escada da proximidade humana e cristã”, salienta o comunicado enviado ao Jornal VOZ DA VERDADE.

Fundada em 17 de janeiro de 1982, para além de outras estruturas, a ARPIAC dispõe de três valências (Lar, Centro de Dia e Apoio Domiciliário). No lar, com capacidade para 60 camas, são acolhidos “principalmente os que vivem em situação de vulnerabilidade económica, isolamento e dependência”.

texto e fotos por Nuno Rosário Fernandes
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