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2012: um ano marcado (uma vez mais) pela perseguição religiosa
O infindável martírio dos cristãos
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Uma igreja atacada na noite de Natal e pelo menos 15 cristãos degolados no último fim-de-semana do ano. Basta olhar para a Nigéria para se compreender como a cristianofobia continua bem acesa em algumas regiões do mundo. No ano passado, 105 mil cristãos perderam a vida por causa da fé. São números arrepiantes

 

O medo é tanto que, quando contaram aos jornalitas o hediondo crime que vitimou 15 cristãos em Musari, na Nigéria, no último fim-de-semana do ano, um dos responsáveis pelos serviços médicos locais pediu para não ser identificado. Disse apenas: “as vítimas foram escolhidas porque eram todos cristãos, alguns dos quais haviam-se mudado para outras partes da cidade devido aos ataques do Boko Haram”.
O medo está em todo o lado. Até nas sombras de quem passa nas ruas. Nunca se sabe quando uma granada pode rebentar, quando alguém que passa de motocicleta não abre fogo de metralhadora. Nunca se sabe se se chega vivo ao fim do dia.

 

Proporções espantosas

A Nigéria é um dos países onde é mais arriscado ser-se cristão.  Desde 2009 estima-se que os ataques perpetrados pelo grupo extremista islâmico Boko Haram já causaram mais de 3.000 mortos. O drama é que esta intolerância religiosa acontece em muitos mais países. Recentemente, Massimo Introvigne, coordenador do Observatório da Liberdade Religiosa, em Itália, ao avaliar a situação no mundo em 2012, fala mesmo num drama de “proporções espantosas”. 105 mil cristãos assassinados é um número poderoso de mais.

 

Mapa da infâmia

Introvigne destaca três zonas no mundo onde esta perseguição é mais visível: “os países onde o fundamentalismo islâmico é mais forte, como a Nigéria, Somália, Mali, Paquistão e algumas zonas do Egipto; os regimes totalitários comunistas, encabeçados pela Coreia do Norte, e aqueles onde existem nacionalismos étnicos, como o Estado de Orissa, na Índia”. A estatística, sempre fria, diz que em cada cinco minutos um cristão é morto por causa da sua fé. O que a estatística não mostra é o rosto de cada uma dessas pessoas, a sua história, a forma como morreu, o sofrimento por que passou, a família que ficou enlutada. O que a estatística não diz é que há uma guerra não declarada aos cristãos e que o mundo parece ignorá-la.  Massimo Introvigne afirma até, interpretando a violência que é exercida, que em muitos países, como na Nigéria, “ir à missa ou à catequese transformou-se em algo perigoso”.

 

A ajuda solidária

Cá em Portugal, a Fundação AIS tem procurado dar voz a esta multidão de mártires que alguns querem erradicar do planeta, congregando o notável esforço de solidariedade dos nossos benfeitores que depois é canalizado para os países onde a ajuda de emergência é mais necessária. Uma ajuda que, acima de tudo, é espiritual. Como recordou o bispo do Porto, D. Manuel Clemente, durante a missa de Natal, citando o relatório sobre a Liberdade Religiosa da Fundação AIS, “o cristianismo foi a religião mais perseguida e nem por isso (estes cristãos) deixam de celebrar o Natal, como quem se reconforta na certeza que não está só, antes divinamente acompanhado.” Essa é, também, a nossa missão.

 

Saiba mais em www.fundacao-ais.pt

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