Missão |
Irmã Célia Cabecinhas
Comunicar Cristo, o sentido da vida
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Ir. Célia Cabecinhas nasceu em Leiria, no seio de uma família cristã, a 12 de Julho de 1972. Cedo sentiu a interpelação do testemunho das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres, na entrega carinhosa aos idosos que viviam num lar, em Fátima, perto de sua casa. A interpelação fez-se entrega incondicional e, aos 17 anos, entra na Congregação.

 

Viver ao serviço do Evangelho

Em 1992, com apenas 20 anos, Célia faz os seus votos temporários e, seis anos mais tarde, faz os votos perpétuos, comprometendo-se definitivamente com Deus. Em 1995 parte para Manjacaze, Moçambique. Aí integra uma comunidade da Congregação que é responsável pela formação das jovens candidatas à vida consagrada. Trabalha como catequista e dá apoio à comunidade paroquial, sobretudo na pastoral juvenil. Faz ainda visita a doentes e reclusos. É esta sua experiência missionária intensa, junto dos pobres e da comunidade cristã, que a desafia a procurar formação bíblica e na área da espiritualidade, que a ajude a ser cristã, consagrada e missionária. “Ao ver os cristãos de Bíblia na mão e a partilharem a Palavra nas celebrações dominicais, senti-me impreparada para transmitir a Palavra. A ser profissional de alguma coisa, teria, antes de mais, de ser profissional da Mensagem de Jesus Cristo que o Senhor me chamou a comunicar.”, afirma. A Ir. Célia sente, assim, que a sua primeira missão é ser evangelho vivo. “É ser eu própria Sua Palavra legível, credível, iluminadora da realidade dos homens.” No regresso a Portugal, a Ir. Célia sente o desejo de estudar Teologia, respondendo, deste modo, à sua vocação missionária de comunicar o sentido da vida – Cristo. Nessa altura, reside em Évora e aí dá início aos estudos. Mas, a mudança para a comunidade de Lisboa, e o trabalho que aí passa a desenvolver, fá-la ingressar no curso de Ciências Religiosas, na Universidade Católica Portuguesa, em regime pós laboral, para poder dar resposta ao trabalho social que é chamada a realizar. Os dias são vividos intensamente no cuidado e acompanhamento às idosas no lar onde passa a residir. É este trabalho de dedicação plena e a profunda proximidade às gerações mais velhas que levam a Ir. Célia a terminar a sua licenciatura com a tese: Ancianidade. Do desafio à Proposta Pastoral.

Em 2003 faz o curso para formadores, na Universidade Salesiana, em Roma, que a apoia na sua nova missão de acompanhamento das Irmãs mais jovens da Congregação, responsabilidade que tem até hoje.

 

Servir onde o Deus chama

A Ir. Célia sempre esteve disponível para servir onde Deus a chama, mas, confessa, “cheguei a ‘gemer’ para corresponder à Sua vontade e nem sempre esta foi clara para mim.” O permanente caminho de discernimento leva-a em 2007 até Timor-Leste, onde permanece três anos. Ir. Célia afirma que teve a graça de ser pobre e foi na condição de pobre que entrou na montanha, em Moro, onde se junta às Irmãs que aí vivem numa pequena casa emprestada, a “cultivar o pão” de cada dia, como todos os habitantes da terra. O acolhimento da comunidade e os pedidos de bênção que esta lhe faz, fazem a Ir. Célia estremecer e desafiam-na a ser sinal da presença de Deus. E é aí, nessa pequena terra, no meio das montanhas, do outro lado do mundo, que procura ser a presença maternal de Maria junto dos mais pobres. Em Moro aprende a língua local, tétum, abrindo-se à comunicação com o povo, possibilitando-a de rezar em uníssono, permitindo-lhe ser presença na escuta e na compreensão das dores e alegrias da comunidade.

Durante o tempo em que viveu em Timor-Leste, a Ir. Célia viu nascer o centro social de apoio a crianças, jovens e idosos e sentiu de forma profunda o testemunho de fé do povo sofrido. Foi junto deste povo que “tive a graça do entusiasmo para me dar, na partilha dos dons que Deus me deu. Tive a graça da saúde para trabalhar e da doença para parar, meditar e compreender. Tive a graça de acolher jovens a quem o Senhor chama a viver o mesmo ideal Concepcionista. Tive a graça das Irmãs Timorenses que Deus me deu. Tive a graça da oração e comunhão da minha família, Congregação e comunidade paroquial.”

Em 2010 é chamada a regressar a Portugal. Esse foi um momento doloroso. Sentia que estava apenas a começar. Foi uma das vezes em que mais “gemeu” ao acolher um novo desafio.

Hoje, vive em Lisboa, integra o Conselho Geral da Congregação, acompanha as Irmãs Juniores que vêm a Portugal para a formação e para o contacto com as fontes carismáticas e dá assistência ao Grupo Missão Mundo, grupo de leigos missionários ad gentes. “Tive e tenho a graça de ser chamada a viver assim… à procura do ‘como’ de Deus, querendo responder como Maria: Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra.”

texto por Ana Patrícia Fonseca, FEC – Fundação Fé e Cooperação
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