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Sector da Pastoral Familiar
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Um ano que terminou e deixou marcas pelas intervenções a favor da família. Seguimos esta caminhada de testemunho d’Aquele em quem confiamos, na certeza de que assumir a vida como mistério de fé é a resposta do homem crente à manifestação do amor de Deus.

 

O ano de 2012 com a Família

O ano de 2012 foi muito marcado em todo o mundo pelas questões que afetam a Família. Segundo Bento XVI, é incontestável, especialmente no mundo ocidental, a “crise” que ameaça a família “até nas suas próprias bases”.

“Os desafios, neste contexto, são complexos. Há, antes de mais nada, a questão da capacidade que o homem tem de se vincular ou então da sua falta de vínculos”, assinalou o Papa, adiantando que a recusa desses laços definitivos promove o desaparecimento de “figuras fundamentais da existência humana: o pai, a mãe, o filho”.

O Encontro Mundial das Famílias em Milão (1-3 de junho) foi talvez o acontecimento mais marcante do ano de 2012: Um milhão de pessoas convocadas pelo Papa Bento XVI e juntas para dar graças a Deus e pedir pela própria família, pela dos seus amigos e por todas as famílias do mundo.

Foi um acontecimento impressionante que deve fazer o mundo pensar. À frente deste acontecimento estava o Papa que, com mais de 400 bispos e cerca de 50 cardeais, mostrou o quanto a família está no coração da Igreja que a reconhece como um dom e um bem que deve ser agradecido, protegido e promovido.

A abertura do Ano da Fé (11 de outubro), nos 50 anos do Concílio Vaticano II, é uma ampla ocasião para que em todas as famílias se compreenda mais profundamente que o fundamento da fé cristã é o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa – Jesus Cristo – que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo.

A realização do Sínodo dos Bispos dedicado à nova evangelização (7-28 de outubro) que teve como tema ‘A nova evangelização para a transmissão da fé cristã’ foi um acontecimento marcante na consciencialização de todos os povos sobre a importância de sermos verdadeiras testemunhas de Cristo. 

Num balanço dos trabalhos, que contaram com a presença de especialistas e observadores convidados, o Papa sublinhou que a globalização provocou “um notável deslocamento de populações”, pelo que se impõe “a necessidade do primeiro anúncio também nos países de antiga evangelização”.

Envolvemos aqui as famílias da diocese de Lisboa pela necessidade de acompanharem, com uma catequese adequada, a preparação para o Batismo, Confirmação e Eucaristia, sempre no sentido do dever de evangelizar, de anunciar a mensagem da salvação aos homens que ainda não conhecem Jesus Cristo.

Temos agora um grande desafio para as famílias como oportunidade de evangelização da família: o Ano da Fé. Aproveitemos esta oportunidade para testemunhar aos mais afastados da Igreja que nos empenhamos pela conversão dos pecadores e pela paz no mundo. Aprofundemos a nossa fé, com uma catequese contínua e renovada. Partamos em missão e mostremos ao mundo a alegria de sermos cristãos.

 

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Encontro Diocesano de CPB

Teve lugar no passado domingo 6 de Janeiro o encontro anual dos Agentes de Pastoral envolvidos no acolhimento a pais e padrinhos na preparação para o baptismo de crianças, contando com cerca de 100 pessoas, representantes de vários pontos da diocese de Lisboa.

Com alusão à Carta Pastoral do Senhor Cardeal Patriarca por ocasião da abertura diocesana do Ano da Fé, os trabalhos desenvolveram-se sobre o pilar da Vida – mistério de Fé e do desejo da vida definitiva para Deus, num constante peregrinar de fé.

Este encontro contou com a presença do Dr. António Pinheiro Torres que abordou o tema na perspectiva da defesa da vida, partilhando a sua experiência como vice-presidente da Federação Portuguesa pela Vida e membro fundador da Ajuda de Berço (centro de acolhimento para crianças abandonadas ou em risco).

Sobre a recente iniciativa denominada “40 dias pela vida” deu-se a conhecer uma nova forma de defesa da vida especialmente visando as jovens, e no geral todas as mulheres, que negam o dom da vida ao quererem recorrer ao aborto. Viveu-se uma linda ocasião de partilha, reconhecendo-se a vida como maravilha e milagre de Deus que muito nos ama. Destas experiências saíram os participantes mais estimulados para uma maior sensibilidade sobre este tema nos encontros de pais e padrinhos na preparação para o baptismo de crianças.

“Estamos, é certo, muito marcados pela vida neste mundo, e com algum egoísmo pelas coisas materiais, não acolhemos de coração aberto o dom da vida”, foi uma das conclusões do tema abordado.

Tendo o Sector da Pastoral Familiar lançado a questão: “Como damos a conhecer a alegria da fé cristã a favor da vida e da família, nos encontros de CPB?”, várias foram as intervenções dos participantes que fizeram o reflexo dos seus trabalhos no acolhimento às famílias que pedem o baptismo para as criançasAssumir a Vida como mistério de fé é a resposta do homem crente à manifestação do amor de Deus; é uma adesão humilde e corajosa ao amor de Deus.

 

 

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Vida cristã: um caminho de humanização

Num período de “baixa tensão educacional” promovida pelo facilitismo, pela não intervenção, pelo consentimento constante de muitos educadores, há necessidade de uma renovação civilizacional que passa por uma renovação pessoal e pastoral. “Com que meios?”, poderá perguntar-se. Pois respondemos: pela Doutrina Social da Igreja, pelo Catecismo da Igreja Católica e pelos documentos do Concílio Vaticano II.

É necessário que os pais promovam situações e experiências de trabalho doméstico, com estudo e trabalhos ocasionais que ajudem a crescer. Da mesma forma, cabe aos pais ajudar os seus filhos a descobrir a própria vocação "de vida", em paralelo com a descoberta da vocação cristã.

Sabemos que se estão a perder as referências a Deus e ao próximo, por isso mesmo, hoje mais do que nunca, o educador é uma testemunha. Também hoje, mais do que nunca, devem os pais intervir na escola onde se ajude cada filho a descobrir o sentido profundo do trabalho que favorece a humanização do homem e das suas relações familiares e sociais.

No passado mês de Dezembro celebraram os Colégios Católicos com as famílias dos alunos a Festa Litúrgica da Sagrada Família de Jesus, Maria e José. Pudemos constatar que na generalidade proporcionou-se a algumas famílias o sentido de aproximação família / escola na formação integral dos nossos jovens, em especial como participantes dos apelos do Santo Padre Bento XVI para o Ano da Fé.  

Diversas foram as iniciativas que envolveram os alunos em trabalhos e temas alusivos ao tempo do Natal e que se assumiam como propostas que tocassem toda a família.

Em reforço da razão para esta iniciativa, reproduzimos algumas palavras do Senhor Cardeal-Patriarca na homilia do dia 1 de Janeiro, Dia Mundial da Paz:

“Todos os agentes culturais, as universidades e as escolas, os media, a Igreja, devem contribuir para uma transformação cultural que promova a verdadeira paz; que supõe um novo pensamento e uma conversão ideológica”, disse D. José Policarpo, na homilia da missa a que presidiu na Paróquia de Rio de Mouro.

Em família experimenta-se que não é possível realizar-se sozinho, mas que a relação com os outros é essencial para dar sentido e substância à própria vida: um modo de ver e de pensar que se transfere também na concepção do desenvolvimento profissional, plenamente parte da própria vocação e elemento crucial na construção de uma identidade completa adulta.

 

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Catequese Doméstica: um mundo sem Deus?

Ao lançar o Ano da Fé, Bento XVI desafiou os católicos a enfrentarem o avanço da "desertificação espiritual” que se espalhou pelo mundo, nas últimas décadas.

Qual seria o valor de uma vida, de um mundo sem Deus, já se podia perceber no tempo do Concílio a partir de algumas páginas trágicas da história, mas agora, infelizmente, vemo-lo todos os dias à nossa volta: é o vazio que se espalhou.

Jesus afirmou que toda a Lei do Antigo Testamento se poderia resumir num único mandamento: o amor. Se amarmos verdadeiramente a Deus e ao próximo estaremos a cumprir o essencial para criarmos um mundo melhor e seremos um exemplo de fé.

A fidelidade nasce do amor e só quem ama é capaz de ser fiel. É assim nas nossas relações humanas e é assim também na relação com Deus. Se as famílias não vivem a fé cristã, a sociedade e o mundo ficam sem esperança de um futuro melhor, em prol da justiça.

Com firme certeza, acreditamos que o Senhor Jesus derrotou o mal e a morte. Com esta confiança segura confiamo-nos a Ele que está no meio de nós e que vence o poder do maligno.

É necessário, portanto, promover situações e experiências de trabalho doméstico, com estudo e tarefas ocasionais que ajudem a crescer. Da mesma forma, cabe aos pais ajudar os seus filhos a descobrirem a própria vocação de vida, em paralelo com a descoberta da vocação cristã.

Em família experimenta-se que não é possível a cada um realizar-se sozinho, mas que a relação com os outros é essencial para dar sentido e substância à própria vida.

texto do Sector da Pastoral Familiar
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