Lisboa |
2ª Catequese Quaresmal
Patriarca de Lisboa lembra fidelidade à fé da Igreja
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O Cardeal-Patriarca de Lisboa lembrou no passado Domingo, dia 24 de fevereiro, durante a 2ª Catequese Quaresmal, que “a fidelidade à fé da Igreja é uma característica fundamental da fé católica”.

 

Na Sé Patriarcal, na catequese que proferiu com o título ‘A fé é dom de Deus’, D. José Policarpo sublinhou que “esta fidelidade à fé de todo o povo crente faz-nos sentir a alegria de pertencermos à Igreja”, e acentuou ainda que “conduzindo-nos na fé, o Espírito Santo faz-nos mergulhar mais profundamente no nosso sentido de pertença à Igreja. Este sentido de pertença que está ligado à fé comum que todos acreditamos”, frisou.

 

Acolher o mistério do amor de Deus

Sobre a fé, que aponta como “dom do amor misericordioso” de Deus, D. José Policarpo refere que “é uma atitude decisiva” para a salvação do homem, e “é obra de Deus em nós”. E nesse sentido, o homem crente “também é protagonista da sua fé”, garantiu. “Esta é uma atitude humana, uma opção da sua inteligência, uma escolha da sua liberdade”, acrescentou.

Questionando se “poderá o homem, com as suas atitudes naturais, chegar ao conhecimento de Deus”, o Patriarca de Lisboa, nesta 2ª Catequese Quaresmal, deixa a resposta à questão: “‘Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido, com certeza, pela luz natural da razão humana a partir das coisas criadas’”, refere recorrendo ao Concílio Vaticano II. Deste modo, sublinha, “as capacidades humanas de chegar a Deus são, assim, potenciadas pela revelação do amor de Deus. A inteligência e a vontade humana são tornadas capazes, pela revelação, de acolher o mistério do amor de Deus”.

 

Escutar a Palavra

Debruçando-se sobre a Palavra de Deus, enquanto “portadora da graça da fé”, o Cardeal-Patriarca de Lisboa destacou que “a ajuda da Palavra de Deus ao homem para que escute a Palavra de Deus e a ela adira na fé, é dada através da própria Palavra”. Neste sentido, salienta que “a Palavra de Deus que manifesta ao homem o amor com que é amado, dá ao homem a força para responder com amor”. E essa resposta, sublinha, “é a fé”.

Segundo recordou D. José Policarpo, “o escutar a Palavra predispõe o homem para a resposta”. “Esta é uma graça que prepara o homem para a resposta, ajudando-o a vencer hesitações e obstáculos”, frisou lembrando os textos do Concílio Vaticano II. Por isso, acentua, o homem “quando se dispõe a acolher a Palavra, respondendo-lhe com fé, é ajudado nessa experiência, nova e renovadora, pela própria graça da Palavra”. E neste dinamismo “a Palavra revelada convida à fé”.  

 

A fé é o início de uma caminhada

Nesta 2ª Catequese Quaresmal, a última proferida pelo Patriarca de Lisboa antes de partir para Roma onde vai participar no Conclave, D. José Policarpo explicou que “a escuta da Palavra é o início da fé”, e escutá-la sempre de novo “aprofunda a fé como adesão ao desígnio de Deus”. Por outro lado afirma: “A fé é o início de uma caminhada, de uma peregrinação, que só acabará na vida eterna”.

Abordando “a ação do Espírito Santo no crescimento da fé”, D. José Policarpo recordou que nos textos conciliares “está expressa a consciência clara” de que o processo da fé, “é movido pela ação contínua do Espírito Santo porque desde a primeira adesão de fé a Deus que nos fala, o crente entrou na relação das Pessoas divinas por Jesus Cristo, Filho de Deus e nosso irmão”. Referindo-se, por outro lado, àqueles que se convertem à Palavra de Deus, o Patriarca de Lisboa afirmou citando o Concílio: “‘Esta conversão deve ser entendida como uma conversão inicial. É, no entanto, suficiente para que o homem tome consciência que, desviado do pecado, é introduzido no mistério do amor de Deus, que o chama a estreitar relações pessoais com Ele, em Cristo. Com efeito, sob a ação da graça de Deus o novo convertido começa um itinerário espiritual pelo qual, comungando já pela fé no mistério da morte e ressurreição, passa do homem velho ao homem novo que encontra em Cristo a sua perfeição’”.

 

Consciência do dom da fé

Segundo D. José Policarpo, “o novo convertido, sobretudo depois do batismo, entra na Igreja, fica a fazer parte do novo Povo de Deus que se identifica com Cristo e participa da sua missão profética”, e a fé que “gera uma nova compreensão da vida” deve levar “’a que os batizados, introduzidos passo a passo no conhecimento do mistério da salvação, se tornem cada dia mais conscientes deste dom da fé que receberam e aprendam a adorar a Deus Pai em espírito e verdade, sobretudo na ação litúrgica’”, observou citando a Declaração Conciliar, Gravissimum Educationis sobre a Educação Cristã.

texto por Nuno Rosário Fernandes
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