Lisboa |
Domingo de Ramos
“A Páscoa celebra-se na confiança e na humildade”
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O Cardeal-Patriarca lembrou aos cristãos que “é preciso mergulhar na Páscoa de Cristo com confiança, sabendo que ela pode ser a nossa Páscoa”. Em Domingo de Ramos, na Sé Patriarcal, D. José Policarpo falou ainda das contradições da Páscoa humana.

 

“É preciso mergulhar na Páscoa de Cristo com confiança, sabendo que ela pode ser a nossa Páscoa. E em cada ano podemos ir mais ao fundo desta dignidade de podermos celebrar a Páscoa com Cristo, abrindo todo o nosso ser à força transformadora que dela brota, na certeza que só no termo da nossa peregrinação, depois de passarmos pela purificação da morte, vida oferecida para conquistar a vida, penetraremos completamente na Páscoa de Jesus”, salientou o Patriarca de Lisboa.

 

Purificar as imperfeições

Com o Domingo de Ramos, celebrado no passado dia 24 de Março, a Igreja dá início à Semana Santa. “Com esta celebração iniciamos a Semana Maior, a que vulgarmente chamamos “Semana Santa”. Mas esta é uma celebração preparatória do Tríduo Pascal onde, mergulhando no mistério da morte e ressurreição de Cristo, somos chamados a purificar as imperfeições da nossa celebração humana da Páscoa, aproximando-nos o mais possível da maneira como Cristo a viveu e continua a vivê-la na Sua Igreja”, apontou D. José Policarpo, lembrando a entrada de Cristo em Jerusalém: “Jesus vai a caminho de Jerusalém e junta-se à multidão de peregrinos que caminham para a Cidade Santa, para celebrarem a páscoa judaica. Jesus faz questão em declarar claramente a sua qualidade messiânica. A Páscoa que se aproxima é o momento da sua verdade definitiva. Já não podia esconder quem era, tivesse as consequências que tivesse”.

 

Entusiamo ambíguo

Na sua homilia, o Patriarca de Lisboa apontou a ambiguidade do entusiamo com que a multidão recebeu Cristo. “Jesus entra em Jerusalém como Messias, indo inspirar-se nos profetas e nos sinais messiânicos que anunciavam. E aquela multidão de peregrinos aceita com simplicidade e aclamam-n’O como Rei Messiânico. Aquele entusiasmo é ambíguo. Para uns seria carregado da esperança que a sua fé fundamentava; para outros estaria carregado de utopia política e pensavam que chegara a hora da libertação dos opressores; mas ninguém aceitava que a missão messiânica fosse a do Servo sofredor, embora tão claramente anunciada pelo Profeta Isaías. Não admira que talvez muitos destes que subiram com Jesus a Jerusalém, aclamando-O como Messias, depois gritassem: “Crucifica-o””.

 

Penetrar no sentido profundo da Páscoa de Jesus

Apontando que “o grande desafio que nos coloca, a Páscoa de cada um, é penetrar no sentido profundo da Páscoa de Jesus”, D. José Policarpo sublinhou as contradições da Páscoa humana. “Antes de mais os nossos pecados que nos impedem de uma mais completa união a Cristo para celebrar a Páscoa, como Ele a celebra. A conversão é exigência fundamental da celebração da Páscoa da Igreja. Tomemos isso a sério. Se não nos convertermos, a nossa Páscoa é uma contradição”, garantiu o Cardeal-Patriarca, no início da Semana Santa, convidando ainda a “dar sentido redentor ao sofrimento”.

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