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A uma janela de Roma
“Jesus com a Ressurreição venceu o nosso pecado”
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O Papa Francisco falou da Ressurreição. Na semana em que se encontrou com o secretário-geral da ONU, Francisco tomou posse da Basílica de São João de Latrão, em Roma. Dias antes tinha rezado junto ao túmulo de João Paulo II e celebrado a primeira Páscoa como Sucessor de Pedro.

  

1. Na audiência-geral de quarta-feira, dia 10, o Papa Francisco procurou, na sua catequese, responder à questão: ‘O que significa para a nossa vida a Ressurreição?’. “Devemos ter a coragem da fé, não nos deixando levar pela mentalidade que afirma: «Deus não é solução, não tem nada de importante para ti». Na verdade é precisamente o contrário! Por exemplo, a ressurreição de Jesus é tão importante, que, «se Cristo não ressuscitou – escreve São Paulo –, é vã a nossa fé». Na verdade, a nossa fé apoia-se sobre a morte e ressurreição de Cristo, como uma casa está apoiada sobre os alicerces: se estes cedem, cai a casa. Na cruz, Jesus ofereceu-Se a Si mesmo, tomando sobre Si os nossos pecados, mas, na ressurreição, venceu-os, libertou-nos deles e abriu-nos a estrada para a nova condição de filhos de Deus. Este é o maior dom que recebemos do mistério pascal de Jesus. E a nossa vida será nova, se nos comportarmos como verdadeiros filhos, deixando que Cristo tome posse da nossa vida, nos transforme e faça como Ele. Cristo ressuscitado é a nossa esperança. Deus é a nossa força”, garantiu Francisco, no resumo da catequese, em língua portuguesa.

 

2. O Papa encontrou-se, no passado dia 9, com o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-Moon. “Nos colóquios, cordiais, foram abordados temas de interesse recíproco, em especial sobre situações de conflito e de grave emergência humanitária, sobretudo na Síria, e outras – como a da península coreana e no continente africano – onde se encontram ameaçadas a paz e a estabilidade”, informa um comunicado. Francisco recordou “o contributo da Igreja Católica, a partir da sua identidade e com os meios que lhe são próprios, a favor da dignidade humana integral”.

 

3. No Domingo, dia 7, o Papa Francisco tomou posse da Basílica de São João de Latrão, em Roma. “Para Deus, não somos números; somos importantes, aliás, somos o que Ele tem de mais importante; apesar de pecadores, somos aquilo que Lhe está mais a peito”, referiu, na homilia. Com a tomada de posse da Basílica de São João de Latrão, que se chamava antigamente a entronização, fica concluída a iniciação do Papa ao seu ministério de Bispo de Roma.

 

4. O Papa Francisco rezou junto ao túmulo de João Paulo II. Foi no passado dia 2 de abril, 8º aniversário da sua morte, num gesto que pretendeu homenagear o Papa polaco. Francisco permaneceu ajoelhado e rezou perante o túmulo de João Paulo II, na Capela de San Sebastián, além de ter também visitado, mais brevemente, os túmulos dos Papas João XXIII e Pio X. “Assim como as visita de ontem ao túmulo de São Pedro e às criptas da Basílica, as de hoje expressam a profunda continuidade espiritual do ministério petrino dos Papas, que Francisco vive e sente intensamente”, afirmou uma nota da Santa Sé.

 

5. Apelos à paz e gestos de mudança na primeira Páscoa do Papa Francisco. Na bênção ‘Urbi et Orbi’, Francisco percorreu o mundo, “ainda tão dividido pela ganância de quem procura lucros fáceis”, para pedir que Jesus Ressuscitado leve conforto a quem é vítima. No final da bênção, o Papa não fez a habitual saudação em várias línguas, optando por renovar os votos de boa Páscoa em italiano. “Amados irmãos e irmãs, boa Páscoa! Levai para as vossas famílias e casas a mensagem de paz que todos os anos, neste dia, se renova. Que o Senhor Ressuscitado, que venceu o pecado e a morte, possa ajudar todos”, desejou.

Em Sábado Santo, na Basílica de São Pedro, Francisco renovou o apelo a que se mantenha a confiança em Deus. “Ele surpreende-nos sempre”, mesmo quando “estamos cansados, desiludidos, tristes”, justificou. Na Via Sacra de Sexta-Feira Santa, realizada no Coliseu de Roma e dedicada ao martírio dos cristãos do Médio Oriente, o Papa Francisco sublinhou que “os cristãos devem responder ao mal com o bem, tomando sobre si a Cruz, como Jesus”.

No início do Tríduo Pascal, em Quinta-feira Santa, Francisco lavou os pés a duas raparigas. Nunca um Papa tinha lavado os pés a uma mulher, mas Francisco, à imagem do que já fazia enquanto Arcebispo de Buenos Aires, escolheu duas raparigas a quem lavou os pés na Missa da Ceia do Senhor, celebrada numa casa

correcional nos arredores de Roma. Na homilia aos jovens reclusos, lembrou o exemplo de Jesus. “Entre nós, o mais alto é o que deve estar ao serviço dos outros. Isto é um símbolo, um sinal. Lavar os pés é: eu estou ao teu serviço. Mas o que significa isto? Significa que nos devemos ajudar, uns aos outros”, afirmou.

De manhã, na Missa Crismal, na Quinta-feira Santa, o Papa Francisco deixou uma mensagem aos sacerdotes. “Quem não sai de si mesmo, em vez de ser mediador, torna-se pouco a pouco um intermediário, um gestor. Daqui deriva precisamente a insatisfação de alguns, que acabam por viver tristes – padres tristes, transformados numa espécie de colecionadores de antiguidades ou então de novidades, em vez de serem pastores com o 'cheiro das ovelhas'. Peço-vos isto: sejam pastores com o cheiro de ovelhas, pastores no meio do seu rebanho, e pescadores de homens”.

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