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Vigília de Pentecostes
Jovens rezam pelos cristãos perseguidos
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No passado dia 18 de Maio realizou-se, na Sé de Lisboa, a Vigília de Pentecostes. Foram mais de 400 os jovens que rezaram pelos cristãos que, por todo o mundo, são perseguidos e impossibilitados de viver de acordo com a sua fé.

 

 

Esta noite de oração, dedicada ao Espírito Santo, foi este ano preparada em colaboração com a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre. Ao longo da Vigília, além da Liturgia da Palavra, dos cânticos e da leitura de orações da autoria de mártires da Igreja, foram dados a conhecer cenários concretos de conflito e, de forma especial, as dificuldades que se fazem sentir na República Democrática do Congo. Para além da oração, todos se comprometeram com esta realidade partilhando com o povo congolês o valor que cada um trouxe para oferecer.

Foi ainda neste espírito que os grupos de 1º e 3º anos do Itinerário Juvenil fizeram os seus compromissos com a Igreja de Lisboa.

A presidir à Vigília, D. José Policarpo, na sua homilia, exortou os presentes a deixar o Espírito Santo actuar e assim levar cada um a aceitar o sofrimento, que é inevitável, não como uma desgraça mas como um momento nobre, fecundo e transformador da sua vida.

 

Aqui ficam algumas passagens da sua homilia.

 

“Há uma relação quase inevitável entre a fé e o amor cristãos e o sofrimento. Jesus na sua pregação, preparando o tempo novo, não escondeu aos discípulos (…): o melhor é pensar duas vezes porque seguir-Me supõe ser perseguido, sofrer de muitas maneiras.”

 

“O dilema que se põe aos homens e mulheres do nosso tempo é: quando o sofrimento nos bate à porta (e bate inevitavelmente à porta de todos enquanto estivermos neste mundo) considerá-lo ou uma desgraça ou um dom do Espírito Santo. Essa é a grande opção. Se o consideramos uma desgraça somos derrotados por ele; se o aceitamos torna-se o momento mais belo, mais nobre, mais fecundo da nossa vida.”

 

“Para um cristão estes dois verbos – amar e sofrer – encontram-se; são quase sinónimos. Porque o amor sem limites, à imitação de Jesus que nos amou na Sua cruz, inclui necessariamente o sofrimento. E o sofrimento, considerado como um dom do Espírito, vivido com a força do Amor de Deus, é uma expressão enorme da caridade cristã.”

 

“Não corramos o risco de pensar que as perseguições foram uma coisa dos primeiros séculos – são profundamente actuais, neste tempo. E porquê? Penso que a principal razão (e foi já assim nas primeiras perseguições) é porque os cristãos que querem viver profundamente o seu ideal de vida nova, na luta pela verdade e pela justiça, na capacidade de enfrentar o mal, na capacidade de amar sofrendo, de amar até à morte se for preciso, tornam-se incómodos. A sua própria vida é uma denúncia do mundo que está à sua volta.”

 

“Ser fiel a Jesus, à Sua Palavra, às vezes trava uma luta dentro de nós próprios. Daquilo que nós somos, daquilo que nós queremos, daquilo que nós desejamos. Esta luta, que no fundo é entre o bem e o mal, é a luta da purificação da liberdade. E, meus queridos amigos, só quem não tomar isto a sério é que não sofre. Esta luta traz à nossa vida cristã, muitas vezes, momentos de densidade dolorosa, profunda, e só o Senhor pode vencer essa batalha connosco. E é uma batalha que faz parte da vida, faz parte do próprio crescimento da fé. A fidelidade “sai-nos da pele”, do coração, de uma purificação de tudo o que somos como criaturas, de todas as nossas capacidades de viver, de criar, de exprimir, de amar. Tudo isso precisa dessa batalha que nos leva a ser homens novos, criaturas do Senhor.

O amor para que Jesus convida só terá a sua plenitude quando O virmos face a face, contemplando o Seu rosto, participando no seu amor no seio de Deus.”

 

“O sofrimento como dom do Espírito Santo começa na nossa experiência quando o primeiro movimento que nos leva a vivê-lo é sofrer por amor de Jesus, como Ele sofreu. Porque estamos unidos a Ele, queremos ser como Ele. Mas o sofrer por Cristo transforma-se rapidamente em sofrer com Cristo. São Paulo, que o experimentou, di-lo com muita clareza: completamos na nossa carne o que falta à paixão de Cristo. Então aí o sofrimento cristão, francamente um dom de Deus, é redentor.”

 

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Encontro de preparação

JMJ Rio 2013 – jovens de Lisboa a caminho!

 

Teve lugar, no passado dia 24 de Maio, o primeiro encontro de preparação para os jovens que participarão na XVIII Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, no próximo mês de Julho.

 

No Seminário dos Olivais, estiveram presentes cerca de 45 jovens que, num ambiente de oração e de convívio aproveitaram para se conhecer e partilhar algumas das razões que os levaram a embarcar nesta viagem que será, para todos, uma verdadeira peregrinação e encontro com o Jesus Cristo, com o Santo Padre e com os irmãos de todo o mundo.

São muitas as expectativas e questões e por isso houve também tempo para conhecer mais a fundo o programa previsto e algumas das indicações práticas propostas pela Organização.

O grupo de Lisboa terá a sua Semana Missionária (dias que antecedem a JMJ) na Diocese de Petrópolis, mais concretamente na Paróquia de Nossa Sra. da Conceição de Nhunguaçu, onde participará em inúmeras actividades culturais, turísticas e pastorais e, claro, terá a oportunidade de conviver com as famílias brasileiras que se disponibilizam para o acolhimento e de sentir o pulsar da Paróquia, que certamente está a preparar estes dias com muita amizade e empenho.

No dia 21 o grupo seguirá para o Rio de Janeiro onde viverá a JMJ juntamente com os milhões de jovens que são esperados na “cidade maravilhosa” e com o Santo Padre.

Até ao dia da partida, ainda decorrerão mais dois encontros de preparação- 23 de Junho e 11 de Julho.

 

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Corrente de oração JMJ Rio

Sabemos que a oração é o “motor” da Igreja e é o que nos aproxima de Deus em cada momento da nossa vida. Por isso nenhuma actividade, por mais planeada e grandiosa que seja, poderá progredir sem ser entregue nas mãos de Deus.

Por esse motivo, o grupo de peregrinos de Lisboa rumo à JMJ Rio pede a todos os irmãos que rezem por eles. E, na comunhão que nos une, disponibilizam-se também para rezar pelas intenções que lhes forem confiadas. Se está a ler este artigo e tem alguma intenção em particular que necessite da nossa oração, envie-nos para o email lisboajmjrio@gmail.com .

Rezaremos por si. Reze por nós também.

 

JMJ RIO_Oração oficial

Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo e escolheste homens e mulheres para que, por Ele, com Ele e n’Ele, proclamassem a Boa Nova a todas as nações. Concede as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito, os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milénio.

Ó Cristo, Redentor da humanidade, a Tua imagem de braços abertos no alto do Corcovado acolhe todos os povos. Na Tua oferta pascal, nos conduziste pelo Espírito Santo ao encontro filial com o Pai. Os jovens, que se alimentam da Eucaristia, escutam-Te na Palavra e encontram-Te no irmão, necessitam da Tua infinita misericórdia para percorrer os caminhos do mundo como discípulos-missionários da nova evangelização.

Ó Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, com o esplendor da Tua Verdade e com o fogo do Teu Amor, envia a Tua Luz sobre todos os jovens para que, impulsionados pela Jornada Mundial da Juventude, levem aos quatro cantos do mundo a fé, a esperança e a caridade, tornando-se grandes construtores da cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo.

Ámen!

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