Vocações |
Férias vocacionais
Quando há lugar para Jesus nascer…
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As férias são sempre um tempo esperado para uma renovação de ânimo e uma avaliação e, no caso de se ter abraçado um dedicado e intenso tempo de trabalho, um merecido descanso retemperador.   Mas as férias nos tempos litúrgicos fortes como o Natal e a Páscoa têm, para os cristãos, uma razão primeira mais forte que deve presidir à programação e uso deste tempo: a interrupção do ritmo normal de vida e trabalho para uma dedicação mais cuidada para com a celebração dos mistérios da fé que em cada um desses períodos densamente se vive. Neste horizonte, tanto o Sector de Animação Vocacional como o Pré-Seminário oferecem, nestes períodos, férias vocacionais: estas, dando continuidade ao itinerário de discernimento percorrido por alguns ao longo do ano ou oferecendo interpelações novas acerca da vocação a quem neles participe sem estar a fazer esse percurso, servem também para um aprofundamento na preparação para as grandes festas da fé e na resposta de vida cristã que as mesmas sempre trazem. Assim foi nestas férias de Natal. Aqui deixamos dois testemunhos de jovens que participaram em alguma destas actividades vocacionais do Natal. Um é do Guilherme Quintino, de 15 anos, da paróquia de A dos Cunhados, a frequentar o 10º ano de escolaridade e no quarto ano de discernimento vocacional com o Pré-Seminário. O segundo é da Jessica Vicente, de 17 anos, da paróquia de Salir de Matos, a frequentar o 12º ano de escolaridade e com alguma participação nas actividades vocacionais do Grupo Mais Além.   ____________________   Testemunho do Guilherme Quintino «Hoje venho escrever-vos para vos falar da experiência que vivi intensamente neste campanário de Natal. O campanário é um encontro de 4 dias para jovens do 7º ao 12º anos e universitários. Os campanários são organizados em 3 encontros: do 7º e 8º; 9º, 10º e 11º; 12º e universitários. Neste campanário tínhamos o tema de crescer na Alegria até à estatura de Cristo. Aprofundámos vários instrumentos para podermos acolher neste Natal, com alegria, Jesus nos nossos corações. Falámos da escuta, da procura, e do modo de enfrentar as nossas dificuldades. Falo-vos agora da minha experiência em concreto. Este campanário tocou-me e eu não digo isto porque fica bonito no papel; digo isto porque senti realmente a alegria no meu coração, senti um novo Sol nascer por dentro do meu ser agora renovado pela Luz plena que incidiu sobre a minha vida. Tenho pena quando vejo jovens da minha idade não prestarem atenção aos sinais que lhes são proporcionados, que só se ficam pelas prendas e boa gastronomia natalícia. Não que isto seja necessariamente mau, mas fica tão aquém do que o real Natal é, que eu não consigo deixar de me entristecer quando oiço um jovem dizer que já montou a árvore de Natal, e que agora só faltam as prendas. Mas para minha alegria tenho Jesus. Este Verbo Encarnado que se fez pequeno para nos salvar, e dar-nos o exemplo do que devemos ser. Algumas pessoas não se apercebem que Ele é tão grande que o tratam como coisa banal, como coisa da nossa rotina. Ele veio para quebrar a nossa rotina e as correntes que nos amarram a esta vida terrena; Ele é a chave dessas correias; Ele veio para nos salvar: se nos abrirmos a Ele e fizermos o bem cá na Terra, Ele encontrará espaço para nos transformar, salvando-nos assim para a vida eterna. Isto é o mistério do Natal. Um abraço na Alegria para todos!!  Guilherme Quintino, 10ºano.»   ____________________   Testemunho da Jessica Vicente «Durante os dias 19 a 22, decorreu mais um campo vocacional para raparigas, desta vez, na Casa do Oeste, em Ribamar. Estes campos vocacionais traduzem-se em encontros de jovens raparigas, dinamizados pelo padre José Miguel, por irmãs de diversas congregações e outras animadoras, a fim de ajudar as jovens a descobrir as suas vocações, ou seja, perceber ao que Deus as chama, o que Ele sonhou para elas. Este encontro teve por base o tema do Natal, a preparação para a vinda do Menino Jesus no coração destas jovens, que ousaram responder ao chamamento que Deus lhes fizera para estarem ali, a conhecê-lO melhor e aprofundar a sua relação com Ele. Contudo, “Deus é Amor” e Natal é isso mesmo, amor, pelo que as pessoas estão mais disponíveis umas para as outras, para amar, sendo este, outro dos temas centrais durante o campo. Em função de uma sequência lógica temática, cada dia tinha um tema mais específico que era aprofundado e permitia a cada uma fortalecer a sua relação com Deus, modificando alguns aspetos que estavam a falhar nessa comunicação. “Ousar Escutar” foi o tema que abriu o campo. Nesse dia esclareceu-se os conceitos de “amor” e “amar”, o que permitiu uma reflexão mais consciente e madura sobre a forma de como Deus ama cada um(a) de nós, assim como uma análise do nosso quotidiano: quais os amores que nos aprisionam e impedem de ouvir os verdadeiros apelos de amor. À noite, vimos um filme (“The Ultimate Gift”) que ilustrou um exemplo concreto de amor, tal como os doze dons que Deus tem para oferecer a cada um de nós. “Ousar Conversar e Acreditar” foi o tema que orientou o segundo dia de campo. Após analisar diversos textos bíblicos, com especial destaque para S. José, reconheceu-se o exemplo de um verdadeiro discípulo, aquele que ousa escutar e acreditar, cumprindo o que o Senhor lhe pede, sem medos. A noite foi vivida em clima oração, durante uma vigília que proporcionou o encontro íntimo com Deus, numa relação de contemplação de amor e ternura após perceber a Sua urgência em encontrar-se com cada um(a) de nós: o caminho para a verdadeira caridade passa pelo amor verdadeiro e autêntico onde não há espaço para egoísmos, mas sim para a prontidão em dizer “sim” como Maria ao amor pleno com Deus. “Ousar Viver” guiou o terceiro dia, que se traduziu num autoconhecimento mais profundo, visto que se analisou detalhadamente cada uma das fases do crescimento humano por que cada um passa (mesmo não sendo cristão), permitindo a cada uma de nós compreender melhor certos estados emocionais pelos quais passámos. Tratou-se do namoro (evolução), assim como da consagração, aspetos indispensáveis, pois, sendo nós jovens que procuram a sua vocação, como é que Deus quer que amemos os outros, ter conhecimento aprofundado e claro destas duas opções que nos são propostas é muito importante, não só para percebermos ao que somos chamadas, mas também para saber como é cada um dos processos, até se chegar a um amor genuíno. Para terminar o dia, houve uma noite de convívio muito dinâmica que permitiu a todas experimentar um pouco da alegria do amor de Cristo. No domingo, último dia deste encontro, após a missa, fomos desafiadas a anunciar a Boa Nova pelas ruas de Ribamar, distribuindo cartões de boas festas e espalhando a alegria da vinda do Senhor. Esta foi uma experiência muito enriquecedora para cada uma de nós por poder contactar com as pessoas, ver as suas reações, receber os seus sorrisos e afetos sem pedir nada em troca. Isto é muito gratificante, é experimentar do amor de Deus no quotidiano, pelo que percebemos que não há tempo ou hora marcada para O viver: todo o tempo e horas são adequados. Jessica Vicente»   ____________________  

O Seminário precisa da ajuda de todos

Como todos sabemos, a primeira e fundamental ajuda é a oração: o pedido ao Senhor da Messe que envie trabalhadores para a seara de Deus e a súplica pela docilidade, generosidade e fidelidade dos jovens a quem Deus dirige o seu apelo ao sacerdócio. Aqui todos podemos ajudar, e muito!

A segunda, não menos importante, é a intermediação vocacional: a atenção e cuidado pelas novas vocações ao sacerdócio que Deus queira despertar em volta, seja na família ou nos outros círculos onde se vive, serve e trabalha, sendo voz do chamamento de Deus que provoca e orienta para caminhos de procura vocacional. Também aqui muitos mais podemos ajudar! E é urgente que o façamos!

Há uma terceira, igualmente importante, porque concorre para o suporte do acompanhamento e formação que a Igreja oferece aos que desejam responder ao chamamento de Deus: a partilha de bens e dons. E neste aspeto, o Seminário precisa da ajuda de quantos a possam dar, para adquirir uma carrinha.

O número de alunos aumentou (mais dioceses e mais alunos da nossa diocese nos primeiros anos, o que obrigou a antecipar temporariamente a chegada do 2º ano aos Olivais) pelo que as duas carrinhas que temos, com a ajuda de uma terceira e de um carro emprestados pelas dioceses de Aveiro e Leiria não chegam: são 27 lugares para mais de 60 pessoas (56 alunos mais os formadores).

Nos nossos dias, a formação sacerdotal não se faz apenas dentro do Seminário: acontece também na Universidade Católica, nos acontecimentos da vida diocesana, nas comunidades cristãs que se visitam, nas realidades da vida humana e da sociedade onde se vai. Muitas destas realidades acontecem fora de horas e de lugares geográficos com acesso de transportes públicos.

Vamos ajudar o Seminário a conseguir uma (seria bom, duas) carrinha(s). No contexto social difícil em que vivemos, este pedido pode ser difícil de ter resposta. Mas qualquer pouco, se dado com alegria, alimenta o amor e ajuda o Seminário. Dentro do que for possível vamos ajudar o Seminário, ainda que seja apenas uma “migalha”. Se houver quem possa mais ou de outro modo…

Cada um possa encontrar o seu modo de participar no cuidado dos Seminários, de entre estas três formas ao dispor. Eles são um dom para que Cristo se forme em nós!

P.S.: Se quiser e puder fazer alguma oferta, pode encaminhar para Seminário Maior de Cristo Rei (Olivais), NIB 0033.0000.00027491256.05 (por favor indique que é ajuda para carrinha).

 

Pe. José M. Pereira, reitor do Seminário dos Olivais

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