Missão |
Elisabete Ferreira
Se todos fizermos um pouco, muito será realizado
<<
1/
>>
Imagem

Fortemente empenhada na Paróquia do Monte Abraão, Beta, como todos lhe chamam, procura ser espelho de Deus e encara a vida como uma missão que, por Ele, lhe foi confiada. Na sua profissão de contabilista ou no seu papel de mãe, Beta busca, em cada dia, ser testemunha de Cristo.

 

Descobrir Cristo através dos JSF

O seu percurso cristão teve um começo irregular, apesar de ter sido batizada apenas com dois meses de idade. Aos seis começou a frequentar a catequese na Paróquia da Amadora, onde os seus avós maternos viviam. No entanto, a distância de casa e o facto de a catequese não ser acompanhada de uma prática cristã, fizeram Elisabete desistir. Apenas no verão tinha contacto com a Igreja, quando, de férias com os seus avós maternos, estes a levavam à missa, juntamente com a sua irmã. Já tinha 15 anos quando, influenciada por amigos, decide inscrever-se na catequese. Dois anos mais tarde, entra nos Jovens Sem Fronteiras (JSF). “E este momento marcou para sempre a minha vida. O trabalho em função do outro sem querer nada em troca, recebendo no entanto muito mais do que se dá... Aqui conheci realmente Cristo!” A forte identificação com o carisma missionário do movimento fazem-na permanecer no grupo durante 15 anos. Nunca quis ter um papel de destaque. Sempre optou por, na discrição do seu trabalho, ser um membro ativo e de magas arregaçadas. Desde essa altura que é também catequista e membro do Cor’Jovem da Paróquia.

 

O compromisso com a Família Espiritana

Em 2010, Beta é convidada a integrar a LIAM, a obra missionária de inserção paroquial da Congregação do Espírito Santo. A vontade de continuar a sua caminhada missionária e de rejuvenescer o grupo, até então fortemente envelhecido, fazem-na aceitar prontamente o desafio. A frase de S. Paulo “Se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta. Ai de mim, se eu não evangelizar!” (1Cor9,16) é para si fonte de grande inspiração e de orientação de vida e ecoou na hora de responder ao convite que lhe era feito. Com a LIAM, Beta promove na paróquia a Missão Ad Gentes e organiza eventos, de modo a angariar fundos que são depois enviados para as missões Espiritanas. “Parece sempre tão pouco o nosso trabalho, perante a enormidade de solicitações e necessidades, mas se todos fizermos um pouco muito será realizado”, afirma. Assumindo a sua pertença à Família Espiritana, Beta procura sempre dar apoio e ser resposta. Assim, desde há um ano que é contabilista voluntária no CEPAC, IPSS fundada pela Congregação para dar resposta social a imigrantes, especialmente aos ilegais, onde assume também funções na direção.

 

A missão de educar

Uma das maiores missões de Beta é educar a sua filha Sara. As duas vivem sozinhas, desde que o seu casamento chegou ao fim, no ano em que a Sara nasceu. “Ser mãe é sem dúvida uma grande missão, cheia de responsabilidade e medos. Mas também a que dá mais prazer. É uma batalha diária que me realiza há 11 anos e me faz imensamente feliz.” É nesta missão diária que Beta também reconhece a graça de Deus na sua vida. “Sou muito abençoada como mãe. Sou muito apoiada pela avó Fátima. Tenho sempre imensa gente à minha volta, em todos os momentos. Uma paróquia que sempre me acolheu e que me ajudou a “levantar” após o divórcio. Tudo isto devido ao amor que o Pai tem por mim… e que tantas vezes não fui nada merecedora.” Em 2012, com a filha, Sara, e com o grupo de catequese que acompanha, teve oportunidade de viver a semana da Páscoa em Taizé. Foi uma semana intensa para o grupo e, especialmente, para mãe e filha. “Todos viemos preenchidos de Deus”.

A vida de Beta tem sido preenchida com a presença de Deus e é desta presença incondicional que fala com quer que esteja. Em casa, com a sua filha. No gabinete de contabilidade onde trabalha e onde é a única católica. “Para mim é uma grande missão dar testemunho às minhas colegas”, afirma. Nas sessões de catequese, com os adolescentes que acompanha na preparação para o Crisma. Nas suas diferentes missões dentro da Família Espiritana e, mais recentemente, na direção da Academia de Música do Monte Abraão, sediada na Paróquia. “Sou uma pessoa muito ocupada, mas imensamente feliz. Tento todos os dias ser um pouco melhor e dar um pouco mais de mim…” É nesta entrega diária que Beta se faz rocha e constrói a sua vida, “agradecendo sempre o dom da vida, que coloco todos os dias ao serviço do Senhor.”

texto por Ana Patrícia Fonseca, FEC – Fundação Fé e Cooperação
A OPINIÃO DE
Guilherme d'Oliveira Martins
Quando Jean Lacroix fala da força e das fraquezas da família alerta-nos para a necessidade de não considerar...
ver [+]

Tony Neves
É um título para encher os olhos e provocar apetite de leitura! Mas é verdade. Depois de ver do ar parte do Congo verde, aterrei em Brazzaville.
ver [+]

Tony Neves
O Gabão acolheu-me de braços e coração abertos, numa visita que foi estreia absoluta neste país da África central.
ver [+]

Pedro Vaz Patto
Impressiona como foi festejada a aprovação, por larga e transversal maioria de deputados e senadores,...
ver [+]

Visite a página online
do Patriarcado de Lisboa
EDIÇÕES ANTERIORES