O Departamento da Pastoral Social da Diocese de Lisboa considera necessário repensar a forma como a ação caritativa funciona a nível paroquial, bem como o modo de organização dos centros sociais paroquiais.
Estes são dois dos desafios apresentados no encontro que reuniu, na passada sexta-feira, 28 de fevereiro, em Torres Vedras, mais de 400 agentes pastorais sociocaritativos do Patriarcado de Lisboa. Neste encontro foi, ainda, manifestado o desafio de “aproveitar o potencial que são os centros sociais paroquiais, que são tutela das paróquias e não do Estado”, de modo a “transformar estes centros em estruturas de evangelização, indo ao encontro da sua missão inicial que é organizar a caridade numa comunidade cristã”, salientaram os responsáveis do Departamento da Pastoral Social do Patriarcado de Lisboa.
A promoção de “um serviço paroquial de ação social” que proceda à “animação e coordenação das diversas iniciativas individuais ou ao incentivo de grupos que compõem os trabalhos das paróquias”, é outros dos objectivos a realizar apresentados aos agentes pastorais sociocaritativos diocesanos. Este serviço significa que “o que existe dentro das comunidades deve ser animado” de modo a “congregar e tornar a caridade eficaz como testemunho da paróquia”, frisam os responsáveis nas conclusões apresentadas neste encontro diocesano.
Com o objectivo de criar uma diferenciação entre o que é o trabalho sociocaritativo dos centros sociais paroquiais e o trabalho realizado por outras instituições, a Pastoral Social da Diocese de Lisboa pretende criar “um ideário comum que dê às instituições uma expressão da Igreja comunhão e evangelização”. “Sem ideário comum corremos o risco de ser iguais aos outros”, destacam os responsáveis, frisando: “Não podemos ter medo de ser cristãos. Temos o dever de ser diferentes dos outros”.
Envolver a comunidade
Dirigindo-se aos agentes pastorais, o Patriarca de Lisboa, que presidiu a este encontro, lembrou que “a prática de caridade é um ato da Igreja enquanto tal e faz parte da essência da sua missão originária”. Nesse sentido, frisou que é uma missão que deve “envolver toda a comunidade”, e por isso mesmo, deve ser “uma atividade constante”. “A comunidade não pode ficar fora disto”, reforçou.
Recordando que a prática da caridade pelas instituições da Igreja não se trata de “fazer coisas mas levar uma pessoa, Cristo”, às pessoas, D. Manuel Clemente apelou: “Temos a pessoa de Cristo para transmitir”.
Para o Patriarca, a primeira encíclica de Bento XVI ‘Deus é Amor’, é “uma carta magna da pastoral social da Igreja”. Recorrendo a esse texto, apontou a necessidade de estabelecer “sinergias com outras instituições” que praticam a caridade, e o “conhecimento mútuo”, ou seja, “conhecer o que os outros fazem” para uma dinâmica de colaboração. “A Igreja também pode animar as estruturas civis e os católicos têm este papel de fermentação, para dar ânimo” relevou.
Considerando, ainda, que “a catequese e a pastoral juvenil têm um papel importante na iniciação sociocaritativa”, D. Manuel Clemente alertou para o facto de que “há muita catequese que não resulta porque não introduz suficientemente” esta dimensão, e caracterizou o “ser imediata, independente e gratuita, como três características desta ação da Igreja. “O amor é gratuito e não deve realizado para alcançar outros fins”, sublinhou.
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