Lisboa |
40º aniversário da presença da Ordem de Santo Agostinho em Portugal
“Em boa hora os Agostinhos regressaram!”
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O Patriarca de Lisboa espera que uma paróquia agostiniana como São Domingos de Rana cuide da ligação entre a espiritualidade, a cultura e a pastoral. Num encontro, no dia 16 de maio, por ocasião do 40º aniversário da presença da Ordem de Santo Agostinho (OSA) em Portugal, D. Manuel Clemente destacou o regresso desta Ordem ao nosso país.

 

Numa noite em que percorreu o percurso da OSA, desde o nascimento de Agostinho de Hipona, em 13 de novembro de 354, em Tagaste, Argélia, até à sua morte, em 28 de agosto de 430, em Hipona, Argélia, o historiador D. Manuel Clemente revisitou todos os séculos de expansão missionária e ultramarina da Ordem, em meados do século XVI e até ao século XVIII. “Chegamos a 1834, que é uma data terrível para a vida religiosa em Portugal. Os eremitas Agostinhos, que tinham 18 conventos masculinos e mais alguns femininos no nosso país, são expulsos. Em 28 de maio de 1834, o governo de D. Pedro IV e o seu ministro Joaquim António de Aguiar extinguiram e confiscaram todos os conventos e mosteiros de religiosos em Portugal”, recordou. O regresso ao nosso país da OSA acontece em 1974. “Os Agostinhos nunca mais voltaram a Portugal no século XIX e tivemos que esperar por 1974 até estes amigos, em boa hora, regressarem! E regressaram porque para as províncias irmãs de Espanha era uma dor de alma que não existisse a província portuguesa, que tinha sido muito importante na história agostiniana, desde as origens”, explicou o Patriarca, lembrando “a chegada à Guarda, e depois ao Patriarcado, à zona de Vila Franca e do Sobral, depois mais perto, na Azóia e, mais recentemente, a São Domingos de Rana”, as duas paróquias onde hoje estes religiosos estão presentes. “Eles trazem consigo todo este ‘capital’ espiritual de tradição que, à luz da regra de Santo Agostinho e da sua própria espiritualidade, une muito bem os vários aspetos da vida religiosa, no sentido mais íntimo do termo, até contemplativo, à maneira de frei Tomé de Jesus e de outros autores da Ordem Agostiniana, e também muito ligado ao estudo da Sagrada Escritura, da pregação e a preparação. Isto é o que se chama a vida pastoral, porque Santo Agostinho foi o que foi: o grande pároco de Hipona durante 40 anos. Esta interligação de aspetos faz da Ordem dos Agostinhos uma expressão muito bonita daquilo que a Igreja deve ser e a evangelização tem que continuar a ser também. Por isso, estamos muito gratos pela sua presença”, sublinhou.

 

Missão e visita

Questionado por uma jovem sobre o que espera de uma paróquia agostiniana, D. Manuel Clemente formulou um desejo: “Que os Agostinhos tragam à vossa paróquia aquele espírito agostiniano, que está bem representado pelo seu inspirador, Santo Agostinho, nesta ligação entre a espiritualidade, a cultura e a pastoral. Uma paróquia confiada a Padres Agostinhos tem que tratar muito bem desta ligação”, apontou.

O Patriarca de Lisboa convidou ainda esta paróquia a “visitar devagarinho e com cuidado, para ver bem o que é isto da tradição agostinha, a igreja e o convento da Graça, em Torres Vedras”, onde “a configuração da igreja, a disposição dos altares, as evocações dos santos de cada altar, mas sobretudo os painéis de azulejo são uma autêntica história aos quadradinhos da Ordem Agostiniana”. “No final, parem um pouco junto do túmulo de São Gonçalo de Lagos, o único beato português da Ordem, e peçam-lhe por São Domingos de Rana”, aconselhou D. Manuel Clemente.

texto e fotos por Diogo Paiva Brandão
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