Lisboa |
Novo Bispo Auxiliar de Lisboa
Brasão de armas de D. José Traquina
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O Jornal VOZ DA VERDADE revela o brasão de armas de D. José Traquina, novo Bispo Auxiliar de Lisboa, da autoria do cónego João Marcos.

 

Descrição heráldica:

Escudo azul dividido em três campos pela confluência de dois rios em verde sobre prata, com uma flor-de-lis de ouro no campo superior, uma estrela de sete pontas no campo direito e uma vieira no campo esquerdo, ambas de prata.

O escudo assenta sobre cruz pastoral de ouro, encimada por chapéu eclesiástico de cordão de 6 + 6 borlas, tudo de verde.

Na base do escudo, listel de ouro com a legenda em maiúsculas “ALEGRAI-VOS SEMPRE NO SENHOR”.

 

Leitura:

A confluência dos rios que estrutura o escudo é uma citação do escudo da freguesia de Alcobaça onde, como se sabe, confluem os rios Alcoa e Baça. A flor-de-lis (lírio heráldico) alude à Ordem de Cister e ao mosteiro cujo abade era senhor de Alcobaça e dos seus coutos. Neles se situa a freguesia de Évora de Alcobaça de onde é natural D. José Traquina. A vieira é uma referência habitual ao apóstolo S. Tiago Maior, padroeiro dessa paróquia.

Confluência, rios, lírio, estrela e vieira são elementos carregados de simbolismo.

Confluência sugere unidade, síntese. Os rios que, segundo os salmos 45 e 92, “alegram a cidade de Deus” e “levantam a sua voz” significam, no dizer de Santo Agostinho, a pregação apostólica (cf. Enarrationes in Psalmos 45, 8 e 92, 7). O lírio, sinal de eleição amorosa, simboliza também o abandono à vontade de Deus e a confiança na Providência Divina, segundo as palavras de Jesus: “Olhai os lírios do campo! […] Não trabalham nem fiam, e nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles” (cf. Mt 6, 28ss). Segundo uma interpretação de Orígenes na segunda homilia sobre o Cântico dos Cânticos, Cristo, Verbo Incarnado, é o “lírio dos vales” plantado no meio do mundo para restituir aos homens a pureza do coração que lhes possibilitará a visão de Deus. A estrela aparece aqui referida à Virgem Maria, Estrela da Manhã que anuncia o dia, Estrela da Nova Evangelização. Finalmente a vieira, símbolo da fecundidade e do Batismo.

Pregação, unidade, eleição, confiança, pureza, orientação, Batismo, fecundidade espiritual, dizem bastante acerca da missão de um bispo da Igreja Católica.

As palavras “ALEGRAI-VOS SEMPRE NO SENHOR” escolhidas para lema episcopal e tomadas da Carta aos Filipenses (4, 4), são eco da recente Exortação Apostólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco que o novo bispo toma como diretório para a sua ação pastoral.

 

D. José Augusto Traquina Maria

Nascido a 21 de janeiro de 1954, na freguesia de Évora de Alcobaça, no concelho de Alcobaça, D. José Augusto Traquina Maria, Bispo eleito Auxiliar de Lisboa que vai ser sagrado bispo este Domingo, 1 de junho, foi ordenado sacerdote em 30 de junho de 1985, por D. António Ribeiro, no Mosteiro dos Jerónimos, aos 31 anos de idade.

Ainda antes de iniciar a formação sacerdotal foi empregado de comércio, dos 11 aos 18 anos. Em 1975 ingressou na Escola Prática de Cavalaria em Santarém, onde foi furriel miliciano até 1976. Nesse mesmo ano, entrou no Seminário de Almada e depois Olivais (1980) onde concluiu a formação académica, com Licenciatura em Teologia e frequência completa do Mestrado em Teologia Pastoral.

Em 1984, quando é ordenado diácono, recebe a primeira nomeação como membro da equipa formadora do Seminário de Almada, onde se mantém até julho de 1992, data em que foi nomeado pároco de Bombarral e Vale Covo. Entre os 1995 e 1997 acumulou, ainda, a responsabilidade da paróquia de Roliça. De 1985 a 1997 integrou a equipa do Pré-Seminário de Lisboa e durante os 15 anos que se manteve naquelas paróquias do Oeste (1992-2007), o então padre Traquina foi vigário da Vigararia Cadaval-Bombarral, por vários mandatos, e assistente coordenador do Núcleo do Oeste do Corpo Nacional de Escutas. Em outubro de 2002 foi nomeado membro do Secretariado de Ação Pastoral do Patriarcado de Lisboa e, em 8 de dezembro de 2003, Cónego da Sé Patriarcal de Lisboa. Em julho de 2007 assume a paróquia de Nossa Senhora do Amparo de Benfica, em Lisboa, onde esteve até ao passado dia 25 de maio, e em acumulação é nomeado vigário da Vigararia Lisboa III (2011) e diretor espiritual do Seminário Maior de Cristo Rei dos Olivais. (2012). Em dezembro de 2012 foi nomeado para o Conselho Presbiteral, onde foi também eleito coordenador.

Em Quinta-Feira Santa, dia 17 de abril, o Papa Francisco nomeou D. José Traquina como novo Bispo Auxiliar de Lisboa, atribuindo ao mais recente membro do episcopado português o título de Bispo de Lugura, uma antiga diocese do Norte de África.

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