Missão |
Alda Lucas
“Apenas uma resposta a dar: dizer sim e partir!”
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Alda Lucas nasceu em Sintra, no seio de uma família cristã, no dia 18 de junho de 1975. Filha única, mas inserida numa família grande, com muitos primos, desde cedo aprendeu o valor da partilha e a necessidade de estar atenta ao outro, ajudando sem esperar nada em troca. Marca presença habitual na sua paróquia S. José de Algueirão Mem Martins, completa o ciclo de catequese, integra o grupo de jovens, recebe o sacramento do Crisma e é convidada a ser catequista, desafio que aceita com alegria!

 

O apelo à missão nasce na sua paróquia

No ano de 2003 nasce na sua paróquia um grupo missionário, a que dão o nome de “Bébáchina” e, em 2004, este mesmo grupo parte para S. Tomé para trabalhar com as Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.

Ainda assim, Alda não sentiu logo o apelo para a partida: “Na altura passou-me um pouco ao lado este grupo, pois nunca me passou pela cabeça fazer uma experiência missionária”. Quis Deus que esse apelo se fosse concretizando e em 2006 o seu pároco faz-lhe o convite para ir até S. Tomé, aproveitando a sua experiência com crianças que adquirira no seu trabalho no ATL do Centro Comunitário da paróquia. Continuou apreensiva, estar longe da família e dos amigos nas suas férias não era algo que a fascinasse, mas ainda assim “só havia uma resposta a dar, se era isso que Deus queria para mim eu só tinha que dizer sim e partir.”

 

O trabalho em S. Tomé

A sua chegada a S. Tomé “foi um choque, pois tudo era diferente de Portugal, o calor imenso, a falta de água”, mas logo se deixou contagiar pela alegria das crianças que esperavam sempre novas brincadeiras e a sua presença junto da comunidade ajudou também a apagar os medos e choques iniciais.

O seu trabalho centrou-se na escola primária numa “escola de férias”. Partilhava e dividia o seu trabalho com outra pessoa, trabalhando o português e a matemática. “Foi interessante ver a evolução das crianças, em tão pouco tempo, o interesse delas em querer saber mais.”

Regressa a Portugal e em 2008 é novamente enviada a S. Tomé, mas desta vez com um trabalho diferente. Não trabalhou diretamente com as crianças e esteve mais centrada no apoio direto às Irmãs, trabalhando na costura e ajudando na confeção das mochilas para os presentes solidários da FEC, permitindo assim que se terminasse a tempo a encomenda. Trabalhou ainda “nas visitas às famílias apoiadas”, local onde pôde conhecer “melhor a pobreza, no apoio escolar, na organização da catequese, nos preparativos das festas de Natal do Lar e da Creche.” Alda descreve esta experiência como “emocionalmente mais forte, mas mais gratificante pois fiquei a conhecer melhor a realidade de um país com tanta riqueza natural e com tanto potencial, mas ao mesmo tempo tão pobre”.

 

Novo renascer e novo campo de missão

Em 2009 o pároco muda e o grupo “adormece um pouco”. Felizmente, no ano passado, voltou a acordar e começou a “dinamizar um bairro social da freguesia onde há uma grande comunidade de Cabo Verde” e onde fazem alfabetização de adultos, eucaristia e oração do terço, tendo sempre em mente novos projetos para o bairro.

No decorrer deste ano, Alda partiu com mais dois voluntários, para Cabo Verde onde trabalharam com as Irmãs do Espírito Santo. Tinham como missão conhecer a realidade do país para que este possa vir a ser, no futuro, campo de missão.

“Em Cabo Verde trabalhámos com a comunidade, pois como fomos na Páscoa, havia muito trabalho a fazer. Estive também no Jardim Infantil com os meninos de 4 e 5 anos, crianças muito brincalhonas mas com uma autoestima muito baixa e foi aí centrei o meu trabalho, mostrar-lhes que eram capazes e que podiam ser os melhores.”

Apesar de todo o empenho e dedicação, Alda afirma ter vindo “com o sentimento de nada ter feito, mas também sei que o mais importante é estar na comunidade como se sempre tivesse feito parte dela”.

texto por Catarina António, FEC - Fundação Fé e Cooperação
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