Ainda nos recordamos da iniciativa “Um de nós”.
Tratou-se de uma iniciativa de cidadãos europeus, com o objectivo de levar as instituições da União, dentro das suas possibilidades e competências, a proteger a vida desde a sua concepção, e a não favorecer políticas e investigações contrárias à vida humana e aos embriões, particularmente no campo da saúde pública, em concreto não usando o orçamento comunitário para fins contrários à vida.
Depois de analisadas as cerca de 2 milhões de assinaturas apresentadas pelo grupo organizador, e vindas de todos os países da União, as instâncias europeias aceitaram 1,7 milhões delas como válidas. Tratou-se, deste modo, não apenas de uma das primeiras como da maior de todas as iniciativas dos cidadãos europeus – um processo previsto e encorajado no “Tratado de Lisboa”.
No último dia do seu mandato, a 28 de Maio passado, a Comissão Europeia vetou esta iniciativa, impedindo-a de subir ao Parlamento. É certo que ainda existe a possibilidade de recurso da decisão, mas esta atitude da Comissão Europeia mostra bem o que tem sido a sua política nos últimos anos, não só no que diz respeito à defesa da vida como no que concerne ao respeito que nutre pelas iniciativas democráticas, vindas dos cidadãos.
Bem podem mostrar-se muito preocupados, depois das eleições, pelo elevado número de cidadãos que se abstiveram. Queixam-se que os europeus andam longe da participação política na vida da União…
Mas não será que, com atitudes como esta, tomada à pressa, precisamente quando expira o seu mandato, os dirigentes de Bruxelas acreditam que pelo nosso espírito – embora estejamos certamente errados! – não surja aquela hipótese de que, apesar de todas as reafirmações que fazem de quererem a democracia e a participação dos cidadãos, aquilo que verdadeiramente desejam é mesmo que os europeus estejam distraídos, e deixem “quem sabe” a decidir e formatar a existência de cada um?
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