A solenidade do Corpo de Deus e, em particular, a Procissão que lhe está associada, para além de uma afirmação da presença real de Cristo nas espécies eucarísticas e, portanto, da Sua presença no meio da cidade, convida igualmente cada cristão a reafirmar a fé na Eucaristia.
E, como sublinha por várias vezes o Papa Francisco na sua primeira encíclica, a fé é sempre uma realidade viva, dinâmica, em caminho. O mesmo é dizer: não basta uma primeira afirmação de fé na Presença de Jesus ressuscitado na Eucaristia, como aquela que realiza uma criança preparada para a Primeira Comunhão. Esse é apenas um momento primeiro, o ponto de partida de uma vida.
Ser cristão não significa simplesmente adquirir um conjunto de conhecimentos e acreditar que são verdadeiros. Trata-se antes de uma peregrinação (que a Procissão do Corpo de Deus bem ilustra em cada ano) que ocupa toda a nossa existência.
Caminhar com Cristo eucarístico, como o fazemos em cada solenidade do Corpo de Deus, traz igualmente consigo o compromisso de cada um conhecer melhor o Senhor que, de várias formas caminha connosco ao longo da nossa vida.
Dito de outra forma, reafirmar a fé na Presença eucarística de Jesus significa deixar-se encontrar pelo Senhor e deixar que Ele nos ensine também a nós, em cada dia que passa, Quem Ele é, aquilo a que nos chama e como Ele estará sempre connosco, dando-nos a força, constituindo a nossa alegria e dando um sentido cada vez maior à nossa vida. E, ao mesmo tempo, de nos interpelar acerca da nossa vida de cristãos – de nos mostrar as nossas debilidades e os nossos pecados.
Ter a graça de comungar o Senhor em cada dia ou mesmo em cada Domingo, no fim de contas, vai-nos tornando mais próximos d'Ele, das suas atitudes para com o próximo e para com o Pai. A proximidade com Jesus eucarístico torna-nos mais d'Ele, e mais como Ele.
É uma graça que nunca seremos capazes de merecer e também de agradecer: apenas podemos pedir ao Senhor que o faça por nós. E que, ao mesmo tempo, abençoe o mundo e todos aqueles que ainda não O encontraram.
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