Na Tua Palavra |
D. Nuno Brás
Filho de Deus
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Um das verdades da fé que está a ser mais colocada em causa ao nível de uma auto-intitulada “teologia” mas, sobretudo (e de uma forma preocupante), ao nível da vida quotidiana dos cristãos é a condição divina de Jesus.

Jesus é apresentado, por vezes mesmo nas nossas catequeses paroquiais, como “o filho de Maria e de José” e, assim, reduzido à condição de um homem bom, de um profeta, de um pregador inspirado. É claro que isso não é explicitamente afirmado nos manuais. Nem sequer a divindade de Jesus é claramente negada. Mas, convenhamos que, entre muitos jovens e crianças que frequentam com toda a boa vontade as nossas paróquias e movimentos, pouco resta do Filho de Deus. Nem sequer colocam essa possibilidade. E, por isso, também não são capazes de professar a fé no Deus feito Homem.

Em consequência, pouco resta também do Salvador. A salvação é, aliás, reduzida ao “bom comportamento” que cada um é (ou não) capaz de assumir no dia a dia. Como é óbvio, o cristianismo fica, deste modo, reduzido a uma ideologia ou a uma norma moral. O mesmo é dizer: a uma realidade mais ou menos inspiradora da vida de cada um e da própria sociedade, e que pode ser vivida consoante justifique ou não os comportamentos individuais.

Prova de tudo isto é o modo como se vive o Natal. Reduzido, quando muito, ao dia aniversário de Jesus (e, assim, reenviado para muitos séculos atrás), facilmente as luzes, as festas, os presentes e as músicas tomam o primeiro lugar nas celebrações. Todas as manifestações exteriores (em si boas) assumem o primeiro lugar. Mas a realidade que lhes deu origem fica esquecida.

E, no entanto, não é essa a Boa Nova do Natal que os anjos anunciaram aos pastores. Quando o mundo se alegrou pelo nascimento do Salvador não foi porque então tenha nascido um homem mais inteligente ou um profeta maior que todos os outros, mas porque Deus se fez homem e, desse modo, introduziu no seio da história o princípio perene da novidade: Deus que se quer fazer encontrado de cada ser humano, de todos os tempos e lugares, para lhe dar a participar da Sua vida divina. Jesus é Filho de Deus. Deus fez-Se homem. E, por isso, o Natal não é um acontecimento longínquo no tempo mas uma realidade do hoje da nossa vida.

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