08.03.2015
Lisboa |
Entrevista de D. Manuel Clemente ao L'Osservatore Romano
“Lisboa foi porta de entrada para muitos”
Antes de receber o anel e o barrete cardinalício, D. Manuel Clemente concedeu uma entrevista ao jornal oficial do Vaticano, L'Osservatore Romano (OR), destacando a especificidade da diocese.
De entre os 20 novos cardeais da Igreja, grande parte lidera igrejas “periféricas” em países pobres. Questionado pelo OR se também se pode considerar periférico o Patriarcado de Lisboa, D. Manuel Clemente lembrou que a diocese da capital portuguesa “fica na periferia ocidental do continente europeu”. “Por isso, foi uma porta de saída para o mundo e também porta de entrada para muitos. À volta de Lisboa existem amplos espaços suburbanos, onde a pouco e pouco as pessoas se vão integrando na cidade, provenientes de várias partes do mundo. Por outro lado, existem no centro histórico e noutros lugares da cidade novas "periferias" de isolamento e abandono, especialmente para os idosos e sós. Juntam-se as periferias culturais pouco integradas”, respondeu.
Acerca da situação de crise em Portugal, o Patriarca de Lisboa, que é também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, enalteceu o trabalho da Igreja. “Se a situação não é pior, isso deve-se em boa parte às instituições de solidariedade social, ligadas em grande número à Igreja Católica, ou integradas por católicos, com outras pessoas de boa vontade. O trabalho episcopal passa também pelo estímulo e apoio a essas instituições e à respetiva atividade. Este é certamente um dos aspetos peculiares do caso português, na presente crise económica e social europeia”.
Sobre a sua nomeação para Cardeal, D. Manuel Clemente voltou a repetir que acolheu a notícia “com simplicidade e alguma surpresa”. “É um motivo para estar ainda mais próximo do Papa Francisco e do seu providencial ministério”, observou.
Entrevista na íntegra: http://goo.gl/LLa1i2
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