Na Tua Palavra |
D. Nuno Brás
Herói?
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Compreendo que, neste tempo de heróis e vilões, de personagens que ou são sempre boas ou caem na desgraça (e são totalmente ruins), se queira apresentar Jesus Cristo com a figura do herói, daquele que queremos seguir, daquele que representar o nosso ideal de vida.

Mas este modo simplista de falar de Jesus não deixa de ter os seus perigos.

Em primeiro lugar, coloca-O ao mesmo nível do Super-Homem, do Homem Aranha (figuras inexistentes, ao contrário de Jesus), ou de um jogador de futebol ou de um qualquer cantor que leva atrás de si multidões, mais ou menos hipnotizadas (creio que, infelizmente, já não existe nenhum político que se possa candidatar à comparação), “endeusados” pelos seus fãs. Jesus seria melhor que todos eles. Mas, mesmo assim, comparável. E nós, cristãos, sabemos que não existe comparação possível.

Depois, estes heróis são sempre os que vencem na vida à custa dos demais. Ultrapassaram os outros; derrotaram-nos e adquiriram um estatuto de “imortais” (até que dure a memória dos homens, que é fraca e passageira) porque os outros foram menos.

Jesus é bem diferente. Não adquiriu a sua glória à custa de ninguém. Não precisou de ser mais que todos os outros. Bastou-Lhe ser ele próprio. E, sobretudo, elevou todo o género humano à Sua dignidade (muito mais que alguém pudesse, alguma vez, pensar). E àqueles que aceitam viver com Ele (e todos são convidados a fazê-lo) propõe-lhes uma vida no serviço de Deus e do próximo.

Mas, sobretudo, porque em Jesus tudo começou e tudo está centrado na cruz. Longe de ter terminado na morte, foi para aí que toda a Sua vida caminhou, livre mas irresistivelmente. E, longe de ser destino fatal, a cruz foi antes momento em que se manifestou o amor divino por cada ser humano, de tal forma que daí tudo começou numa “explosão” de vida divina que no Pentecostes envolve os discípulos e abraça toda a história humana. Jesus não é alguém a ser simplesmente imitado; Jesus quer ser “vivido”, hoje, presente em cada cristão.

E não tenhamos dúvidas: hoje como há 2 mil anos, tudo vai ter à cruz, para daí tudo poder receber a vida que só Deus pode dar.

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