Na Tua Palavra |
D. Nuno Brás
Misericordiosos como o Pai
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No passado dia 5 de Maio foram apresentadas as linhas gerais das celebrações romanas do próximo Ano Santo da Misericórdia, bem como o seu logotipo, da autoria do conhecido sacerdote e artista Marko Rupnik.

O logotipo inspira-se numa passagem do evangelho de S. Lucas (6,37-38): “Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada convosco”.

Mas o logotipo inspira-se, também, em várias passagens dos Padres da Igreja, concretamente na parábola do Bom Samaritano: Cristo, o Bom Pastor, carrega aos ombros o homem pecador, identificando-se com ele, de tal forma que o olhar do homem salvo coincide com o olhar de Cristo, e o olhar do Salvador coincide com o olhar daquele que Jesus carrega aos ombros.

É esta identificação que nos é possibilitada pela misericórdia de Deus que veio concretamente até nós em Jesus de Nazaré: “o Bom Pastor toca profundamente a carne do homem”, e esta identificação permite ao ser humano mudar de vida. “Cada homem descobre em Cristo a própria humanidade e o futuro que o espera”.

A misericórdia, o acolhimento que Deus reserva a cada ser humano muda o nosso olhar, o nosso modo de ser: deixam de ser nossos para ser os de Deus. Aceitar ser perdoado por Deus e receber a vida nova que Ele – e apenas Ele – nos oferece; aceitar ser transportado aos ombros do Bom Pastor, em vez de procurarmos a todo o custo dar alguns passos coxos e feridos pelo pecado: eis a misericórdia que Cristo nos oferece, mas que nos é difícil de aceitar.

Longe de se tratar de uma justificação daquilo que somos e fazemos, da condição de pecadores que escolhemos com a nossa vontade, e de nos deixar abandonados, a misericórdia de Deus faz-nos olhar mais longe e ser mais porque nos faz viver com Ele e como Ele.

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