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A uma janela de Roma
Papa envia mensagem de paz à Bósnia
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O Papa Francisco visita este sábado, dia 6 de junho, a Bósnia-Herzegovina. Na semana em que falou da pobreza, o Papa apelou à união dos cristãos, encontrou-se com os membros da Associação Ciência e Vida e pediu às crianças para não deixarem de sonhar.

 

1. O Papa Francisco faz uma visita relâmpago à Bósnia-Herzegovina neste sábado, dia 6. É uma deslocação de um só dia, mas intensa, cheia de celebrações e encontros com setores representativos deste país de maioria muçulmana e onde o número dos cristãos ortodoxos ultrapassa o dos católicos. Antes de chegar à Bósnia, o Papa enviou uma mensagem em vídeo a toda a população, onde explica que a sua mensagem de paz é para todos, sem exceção. “Venho entre vós, com a ajuda de Deus, para confirmar na fé os fiéis católicos, para apoiar o diálogo ecuménico e inter-religioso e, sobretudo, para encorajar a convivência pacífica no vosso país. Convido-vos a unirem-se às minhas orações, para que esta viagem apostólica possa produzir os frutos esperados pela comunidade cristã e pela sociedade inteira”, afirmou o Papa.

A visita de Francisco será a segunda de um Sucessor de Pedro à Bósnia, depois de o Papa João Paulo II ter estado no país em 1997.

 

2. A miséria social é um drama que atinge as famílias seja nas grandes cidades, como no campo: desemprego, condições precárias de trabalho, bairros sem infraestruturas, serviços sociais e sanitários ineficazes, escolas sem qualidade, sem contar com o dano causado pelo consumismo e o narcisismo, tão difundidos pela cultura mediática, lembrou o Papa, na audiência-geral de quarta-feira, dia 3 de junho. Em alguns lugares, a situação fica agravada pela “mãe de todas as pobrezas”, a guerra. “Apesar de tantos obstáculos, existem muitas famílias pobres que procuram, heroicamente, conduzir a sua vida quotidiana de modo digno e honesto, tendo a Deus como o seu único suporte. Estas famílias salvam a humanidade da barbárie e perante elas deveríamo-nos ajoelhar!”, sublinhou o Papa, pedindo uma Igreja pobre para tornar-se fecunda e dar uma resposta a tanta miséria, através da oração e da ação: “Uma Igreja pobre é uma Igreja que pratica uma voluntária simplicidade na própria vida – nas suas próprias instituições, no estilo de vida dos seus membros – para abater cada muro de separação, sobretudo dos pobres”.

 

3. No Dia da Solenidade da Santíssima Trindade, o Papa Francisco apelou à união de todos os cristãos. “Somos chamados a viver, não uns sem os outros, sobre ou contra os outros, mas uns com os outros, para os outros e nos outros”, afirmou, durante a oração do Angelus, no passado Domingo, 31 de maio.

Perante milhares de peregrinos na Praça de São Pedro, Francisco sublinhou a importância de vivermos para os outros. “Isto significa acolher e testemunhar juntos a beleza do Evangelho, viver o amor recíproco para com todos, partilhando alegrias e sofrimentos, aprendendo a pedir e a conceder o perdão”, detalhou.

 

4. No sábado, o Papa recebeu, na Sala Clementina, no Vaticano, os participantes do encontro promovido pela Associação Ciência e Vida, lembrando que “a tutela e a promoção da vida representam uma tarefa fundamental sobretudo no seio de uma sociedade dominada pela lógica negativa do descarte”. “Vejo a vossa associação como uma mão erguida em direção às outras mãos na promoção da vida. Trata-se de um desafio que exige muito empenho e que necessita sobretudo de ser enfrentado mediante uma atitude de abertura, da atenção, e da proximidade ao homem na sua situação concreta. Isto é muito bom. As mãos que se apertam não garantem só solidez e equilíbrio, mas transmitem também calor humano”, observou Francisco. “É o amor a Cristo que nos obriga a ser servidores dos mais pequenos, dos idosos, de cada homem e de cada mulher lutando para que a todos seja reconhecido e tutelado o direito fundamental à vida”, terminou.

 

5. O Papa encontrou-se, dia 30 de maio, com 200 crianças provenientes de Bari e Trani, filhas de detidos, que chegaram de comboio à estação ferroviária da Cidade do Vaticano. “Não deixem nunca de sonhar”, disse Francisco aos pequenos. À pergunta do Papa ‘quando é que um coração é de gelo ou de pedra?’, alguns dos pequenos responderam: “Quando se fica desiludido”, enquanto outros disseram “quando não sonhamos ou não rezamos”. Uma criança respondeu: “Quando não escutamos a Palavra de Deus e de Jesus”. O Papa chamou essa criança e disse-lhe: “Tu disseste uma coisa bonita, repitamos juntos: nunca deixeis de sonhar e de escutar a Palavra de Jesus, porque Jesus alarga o coração e ama a todos”.

O Papa Francisco quis saudar as crianças uma a uma, com os seus acompanhantes e familiares e recebeu o abraço de muitos, assim como muitos foram os pedidos para fazer fotografias com o Papa. As crianças doaram ao Papa algumas braceletes feitas pelas suas mães na prisão, assim como desenhos.

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