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Como viver com vocações diferentes...
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O concretizar um sonho é sempre o pensamento de um rapaz ou de uma rapariga. Foi o que se passou connosco, pais de dois meninos, Rui e Bruno. Casámos há trinta e três anos e graças a Deus que temos estes dois filhos maravilhosos (de 2010 para cá passou a ser “três”).

 

Foi em Agosto de 1981 que realizámos o nosso matrimónio. Mãe, Maria Judite e Pai, José Manuel. Vamos tentar, resumindo um pouco, como foi até agora o nosso viver, dia após dia com os nossos miúdos.

O Rui nasceu em Setembro de 1982, à meia-noite e quinze minutos do dia trinta. O Bruno nasceu em Junho de 1987. Eram dezoito horas e dez minutos do dia 17. O que podemos dizer dos nossos filhos, são iguais a tantos outros, os melhores do mundo para os pais.

Foram crescendo sempre na nossa companhia e protecção. Foi a mãe quem mais os acompanhou no percurso escolar e na caminhada da catequese. O pai, por motivos profissionais, estava mais horas fora de casa no seu dia-a-dia. Procurámos sempre estar o mais perto dos nossos filhos.

Chegou a idade do Rui entrar para a escola, tal qual o Bruno, que entrou quando o irmão já estava a sair da escola primária. Cada um fez o seu percurso escolar normal, desde que entraram no 1ºano até terminarem o 12ºano, nunca nos deram desilusões. Falando da escolha que cada um optou, foram eles que tomaram decisões. Nunca lhes dissemos, se escolherem este ou aquele curso vai ser melhor.

Falando do Rui, no ano que terminou o 12º ano, num determinado dia de Junho, falou com a mãe e disse-lhe que tinha uma coisa para lhe dizer e disse-lhe que gostaria de ir para o Seminário. Eu mãe, fiquei bastante surpreendida no momento, mas respondi-lhe: “Tens que falar com o pai”. Falou com o pai, dizendo a mesma coisa que à mãe. O pai não ficou indiferente à notícia, e disse-lhe: “Já pensaste bem se é essa a escolha que queres fazer?” O Rui respondeu: “Sim, é pai”. “Se é assim que tu queres, está bem.”

Começou aí o princípio da caminhada do nosso filho mais velho. Começou por ir para pequenos retiros e foi em Agosto de 2000, que nos tirou todas as dúvidas: “Em Setembro vou entrar no Seminário.” Foi em 17 de Setembro, pelas 17 horas que o levámos ao Seminário de S.José de Caparide. Chorámos muito na despedida. Fez tudo para deixar os pais e o irmão feliz. Feito todo percurso de Seminário, em 2007 foi ordenado sacerdote, graças a Deus.

Viver uma vocação, é um dom muito grande que vem de Deus, quanto mais viver duas. 

Outra vocação, mas matrimonial. Felizmente e graças a Deus que temos vivido e saboreado as alegrias dos nossos filhos. Tal qual o Rui, o Bruno também escolheu o seu curso e foi estudar gestão. Terminou após três anos. Como ambos frequentaram a catequese, andaram nos vários grupos da paróquia, o Rui decidiu pela vocação religiosa, o irmão decidiu por uma vocação matrimonial.

O Bruno fez o seu percurso, que é mais comum nos jovens e que nós pais, optámos por realizar. Decidiu pelo sacramento do matrimónio, que já festejou o seu 5º aniversário unido à sua esposa e aos seus dois filhos. Para nós pais, o casal Bruno e Sofia, têm sido uma grande surpresa pela positiva, como casal jovem, pelos exemplos que têm colocado à prova nestes poucos anos de união matrimonial e como organizam o seu dia-a-dia. Somos uns avós babados por dois netos, que o nosso filho e nora já nos deram, a Maria e o Francisco. Como a vocação matrimonial é mais vivida também por nós pais, descrevemos menos do memorial do Bruno.

Somos um casal feliz, temos dois filhos amorosos que se gostam muito, duas vocações, dois netos, uma nora e ajuda muito grande de Deus. Continuamos a dar, o nosso carinho e amor, também o nosso esforço, tanto para um como para o outro filho. Sejam felizes para sempre e iluminados pela luz Divina.

 

testemunho de Maria e José

 

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Festa da Família

Celebrar as bodas matrimoniais

 

Na Festa da Família recebemos o testemunho de 103 casais que celebravam as suas bodas matrimoniais de 10, 25, 50 ou mais anos de casamento. Deixamo-vos a partilha de dois casais, sinal da beleza da vocação ao amor que é o matrimónio.

 

Celebrar 63 anos de matrimónio

O meu nome é Adosinda, tenho 82 anos e estou casada com o Joaquim de 87 anos, há 63 anos. Somos naturais da paróquia de Lameiras conselho de Pinhel, onde nos casámos no dia 25 de outubro de 1952.

Tudo começou com uma troca de olhares num baile da aldeia, numa conversa junto à fonte onde o Joaquim me pediu em namoro. Um namoro cordial, sempre com o consentimento e na presença dos nossos pais. Em junho de 1951 decidimos casar e que este apenas faria sentido na presença de Deus.

No decorrer deste nosso percurso existiram muitas alegrias, muitas bênçãos, mas também muitos momentos de grande angústia, tristeza, e sacrifício. Mas com a graça e presença de Deus na nossa vida conseguimos ultrapassar todos eles com muita força e paz.

Somos abençoados por ter um filho lindo, o José de 55 anos que contraiu matrimónio há 33 anos com a Teresa de 56, do qual nasceram as nossas duas netas: Mariana de 29 anos e Sofia de 26 anos.

No ano de 2013 a nossa família foi abençoada com o nascimento do nosso primeiro bisneto, o Vicente, que hoje tem dois anos. Em Novembro do presente ano seremos bisavós, pela segunda vez, do Henrique. 

Alegramo-nos por ser uma família feliz e unida e partilhar toda esta nossa aventura com Deus.

 

testemunho de Joaquim e Adosinda Delgado

 

Celebrar 25 anos de matrimónio

Olá amigos,

Hoje vamos contar-vos um pouco da nossa história de amor, que começou muito cedo.

Tínhamos apenas 14 e 17 anos quando nos conhecemos na escola. Descobrimos desde logo que gostávamos um do outro, embora tivéssemos sempre a ideia de que apenas conseguimos construir o verdadeiro Amor com entrega e à medida que nos vamos conhecendo melhor. Filhos de famílias católicas, mas de pais não praticantes, sempre mexeu connosco aquilo que Deus nos tinha para oferecer e nunca deixámos de fazer uma caminhada com ele. Namorámos durante algum tempo e a ideia de casar nunca surgiu sem a necessidade de o fazer em Igreja, porque só assim nos fazia sentido. Casámos e tivemos o primeiro filho, três anos depois, o segundo e aí sim percebemos que queríamos um verdadeiro caminho com Deus, queríamos criar os nossos filhos em Igreja. Ao longo desta caminhada, com muita ajuda do Pe. Luís Alberto que nos lançou alguns desafios, crescemos como casal e como família na Fé daquele que mais nos ama. Hoje Deus faz parte da nossa vida, da nossa semana, da nossa família. Temos consciência de que sem Ele tudo seria muito mais difícil de ultrapassar. Mas com ele, tudo se revolve e supera.

Dia 9 de junho fazemos 25 anos de casados, parece que foi ontem. Hoje podemos confirmar que não faria sentido trocarmos as alianças sem a bênção de Deus. Por isso, nesse dia decidimos receber a Sua bênção para mais 25 anos de verdadeiro Amor, na presença de todos os nossos amigos.

Obrigado meu Deus, porque nunca nos deixaste.

 

testemunho de Célia e Luís Ferreira

 

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Criança hoje, homem amanhã

No passado dia 1 celebrámos o Dia Mundial da Criança, data em que as crianças são o centro das atenções. Organizam-se habitualmente diversos eventos e atividades para as crianças, de forma a celebrar o Dia Mundial da Criança, embora a data de comemoração seja diferente de país para país.

Em Portugal, o Dia Mundial da Criança normalmente impulsiona atividades como visitas escolares, leitura de textos, declamação de poemas, desporto, desenho, etc. Há frequentemente novos programas televisivos e as livrarias oferecem descontos em livros infantis, os parques de diversões e locais de festas para crianças enchem.

Tudo parece ser festa e a criança é o centro de todas as iniciativas.

Será bom, porém, que os adultos se empenhem em oferecer às crianças de hoje – homens e mulheres de amanhã – uma perspetiva social, de forma a evitar egoísmos e a incentivar a partilha.

Um bom exemplo que pode envolver as crianças foi o que registámos muito pontualmente neste ou naquele local de recolha de alimentos para o Banco Alimentar: a presença de algumas crianças no passado fim-de-semana contribuiu para que aumentassem quase 4% os donativos ao Banco Alimentar. Foram recolhidas mais de duas mil toneladas de alimentos – número que supera a campanha de Maio do ano passado. Afinal há também muitas crianças que são destinatárias dos alimentos aqui recolhidos.

Será importante acreditar que o compromisso dos adultos de hoje – família, padrinhos e educadores em geral – se tem de revelar como promotores de justiça, na defesa de crianças e adolescentes, de pessoas com necessidades especiais, de pobres e de idosos e do meio ambiente.

Ao inverso do que aqui testemunhamos, ficamos preocupados com o facto de muitos quererem percorrer um caminho fácil para encontrar a felicidade e a New Age (Nova Era) é perigosamente uma nova maneira de estar no mundo. Porque, em nome de um profundo conhecimento de Deus, acaba por distorcer a Sua Palavra, substituindo-a por palavras que são apenas humanas.

Alerta então aos adultos de hoje sobre esta onda de um orgulhoso individualismo, centrado num endeusamento imanente do próprio ego, que significa a adoração de si mesmo.

É este pois o perigo de se celebrar o Dia Mundial da Criança de uma forma absolutamente material, sem se apontar os valores humanistas e em especial numa atenção e dedicação em partilha com os mais desfavorecidos.

Formar crianças para a vida é, afinal, um desafio que se torna absolutamente empolgante quando constatamos o desabrochar da semente que cada um foi regando, numa formação educativa empenhada e socialmente responsável.

 

texto escrito por diác. JPauloRomero

 

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Aconteceu

Formação para agentes de Pastoral Familiar

Concluímos no passado dia 6 de Junho o primeiro curso formativo para agentes da Pastoral Familiar. Foram três módulos, realizados em Novembro (A família no plano de Deus), Março (O magistério sobre a família) e Junho (Teologia Prática sobre a Pastoral Familiar) que agora foram concluídos pelo grupo presente nesta fotografia. Em 2015-2016 teremos uma nova edição do curso, no qual se podem já inscrever no nosso site.

 

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Vai Acontecer

Retiro para famílias

Porque por vezes precisamos de parar, abraçar, valorizar e recomeçar. Ou simplesmente porque todos precisamos de espaço de oração e de diversão em família.

Quando e onde: 27 e 28 de Junho no centro diocesano de espiritualidade do Turcifal.

Tema: Ser uma melhor família: transformar crises em oportunidades

Inscrições: http://família.patriarcado-lisboa.pt/Retiro

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