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Roma
“Nunca mais a guerra!”
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O Papa pediu a paz. Na semana em que alargou a absolvição do aborto a todos os padres, Francisco celebrou o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, que instituiu recentemente. Em agosto o Santo Padre encontrou-se com os acólitos e foi também divulgado o tema da mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz.

 

1. O Papa Francisco lançou um apelo à paz, por ocasião da celebração do final da Segunda Guerra Mundial no Extremo Oriente: “Nestes dias também no Extremo Oriente recorda-se a conclusão da Segunda Guerra Mundial. Renovo a minha férvida oração ao Senhor de todos, de forma que, por intercessão da Virgem Maria, o mundo de hoje não volte a experimentar os horrores e assustadores sofrimentos de similares tragédias. Isto é também a permanente ânsia dos povos, em particular, daqueles que são vítimas dos vários sanguinosos conflitos em curso”, lembrou o Papa, durante a audiência-geral de quarta-feira, dia 2 de setembro. “As minorias perseguidas, os cristãos perseguidos, a loucura da destruição e depois aqueles que fabricam e traficam as armas, armas sanguinosas, armas banhadas no sangue dos inocentes. Nunca mais a guerra! É o grito forte que dos nossos corações e dos corações de todos os homens e mulheres de boa vontade se dirige ao Príncipe da Paz”, apelou. Já no Angelus do passado Domingo, 30 de agosto, o Papa recordou todos os que, “nos últimos dias, perderam a vida nas suas terríveis viagens”. “Rezo e convido a rezar por estes irmãos e irmãs”, assinalou, antes de pedir um momento de oração em silêncio, por “todos os migrantes que sofrem e pelos que perderam a vida”.

Na quarta-feira, na Praça de São Pedro, na catequese sobre família e evangelização, o Santo Padre considerou que a família possui um papel fundamental na comunicação da fé, transformando a Igreja e o mundo num lugar familiar para o encontro com Deus. “A sabedoria dos afetos que não se compram e não se vendem é o dote melhor do génio familiar. A sua ‘gramática’ aprende-se ali, senão, é bem difícil aprende-la. E é precisamente esta a linguagem através da qual Deus se faz compreender por todos”, salientou.

 

2. O Papa decidiu alargar a faculdade de absolvição do pecado do aborto a todos os sacerdotes durante o Ano Jubilar da Misericórdia, que se inicia em dezembro próximo e dura até novembro de 2016. Apelando a uma maior consciência do "drama do aborto", Francisco inclui entre as indicações para o Jubileu Extraordinário da Misericórdia uma disposição particular para "as mulheres que recorreram ao aborto", recordando que o perdão de Deus "não pode ser negado a quem quer que esteja arrependido". "Também por este motivo, não obstante qualquer disposição em contrário, decidi conceder a todos os sacerdotes para o Ano Jubilar a faculdade de absolver do pecado de aborto quantos o cometeram e, arrependidos de coração, pedirem que lhes seja perdoado", determina. Segundo o Direito Canónico, a prática do aborto implica a excomunhão 'latae sententiae' (automática), exigindo a confissão ao bispo do lugar (ou os padres a quem o bispo der essa faculdade) para a remissão da pena.

“Uma mentalidade muito difundida já fez perder a necessária sensibilidade pessoal e social pelo acolhimento de uma nova vida. O drama do aborto é vivido por alguns com uma consciência superficial, quase sem se dar conta do gravíssimo mal que um gesto semelhante comporta”, escreveu o Papa, numa carta endereçada ao presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, D. Rino Fisichella. O Papa pede a todos os sacerdotes que vão poder confessar quem abortou que se "preparem para esta grande tarefa sabendo conjugar palavras de acolhimento genuíno com uma reflexão que ajude a compreender o pecado cometido". Além disso, devem "indicar um percurso de conversão autêntica para conseguir entender o verdadeiro e generoso perdão do Pai, que tudo renova com a sua presença". O Papa recorda que, no seu serviço como padre e bispo, encontrou "muitas mulheres que traziam no seu coração a cicatriz causada por esta escolha sofrida e dolorosa". "Conheço bem os condicionamentos que as levaram a tomar esta decisão. Sei que é um drama existencial e moral", observou. Segundo Francisco, o que aconteceu é "profundamente injusto", mas "só a sua verdadeira compreensão pode impedir que se perca a esperança".

 

3. O Papa Francisco instituiu o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, que foi assinalado no passado dia 1 de setembro. Na Basílica de São Pedro, o Papa presidiu a uma Celebração da Palavra que, segundo a Rádio Vaticano, “foi vivida em comunhão com os irmãos ortodoxos”. Os ortodoxos sugeriram e o Papa aceitou. A ideia surgiu no dia do lançamento da encíclica Laudato si’, quando o representante do Patriarca Bartolomeu de Constantinopla desafiou a Igreja Católica a juntar-se aos ortodoxos, que, há anos, a 1 de setembro, rezam pelo futuro da criação.

 

4. “Quanto mais próximos estiverdes do altar, tanto mais vos lembrareis de conversar com Jesus”. Foi esta a mensagem principal que o Papa quis deixar aos nove mil acólitos de todo o mundo (entre os quais 230 portugueses, incluindo da Diocese de Lisboa) que participaram na Peregrinação Internacional de Acólitos, no início de agosto. “É fonte de verdadeira alegria reconhecer-se pequeno e fraco, mas sabendo que, com a ajuda de Jesus, podemos ser revestidos de força e realizar uma grande viagem na vida com Ele”, começou por salientar o Papa, dirigindo-se de forma especial aos ministrantes do altar: “Queridos acólitos, quanto mais estiverdes próximos do altar, tanto mais vos lembrareis de conversar com Jesus na oração diária, vos alimentareis da Palavra e do Corpo do Senhor, e sereis muito mais capazes de ir até ao próximo, levando como dom aquilo que recebestes, dando com entusiasmo a alegria que vos foi dada”.

 

5. ‘Vence a indiferença e conquista a paz’ é tema do 49.º Dia Mundial da Paz, que se comemora no dia 1 de janeiro de 2016, informou o Vaticano. Numa nota, a Santa Sé refere que "hoje, a indiferença está frequentemente ligada a várias formas de individualismo que causam isolamento, ignorância, egoísmo e, por isso, falta de interesse ou de compromisso". A família é uma das instituições que pode ajudar a combater esta realidade, mas não só. O contributo de "educadores, professores, pessoas da cultura, dos média, intelectuais e artistas" é essencial. "A indiferença só pode ser vencida com uma resposta conjunta a este desafio”, garante a informação.

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