Lisboa |
Sínodo dos Bispos sobre a família
“Mais atenção e acompanhamento das famílias”
<<
1/
>>
Imagem

O Cardeal-Patriarca de Lisboa considera que “há um chamamento divino às famílias” e que o Sínodo dos Bispos realizado em outubro, em Roma, exige da Igreja “mais atenção e acompanhamento das famílias”.

 

D. Manuel Clemente falou aos jornalistas, no passado dia 29 de outubro, sobre os trabalhos do Sínodo dos Bispos sobre a família, esclarecendo, desde logo, que “o sujeito desta reflexão é a Igreja Católica”, que “não está arredada do mundo”. O Cardeal-Patriarca de Lisboa revelou que o Papa Francisco “introduziu um ritmo novo” nos trabalhos sinodais, esperando agora que o Sucessor de Pedro escreva uma Exortação Apostólica pós-sinodal. Das conclusões apresentadas, D. Manuel Clemente referiu que “o que vai trazer à Igreja é uma atenção muito maior à preparação, à celebração e ao acompanhamento constante das famílias, que se querem manter no projeto católico”.

Referindo-se à questão dos divorciados, afirmou que o cerne da questão é “a validade do vínculo”. “‘Não separe o homem o que Deus uniu’, mas, nestes casos concretos, e noutros, realmente uniu? Podemos dizer que aquele vínculo realmente aconteceu?”, questionou. “Os divorciados católicos que voltaram a casar civilmente devem ser acolhidos como cristãos batizados de parte inteira”, defendeu reafirmando que o documento, tal como foi aprovado, não permite o acesso à Eucaristia se o vínculo do primeiro casamento for válido, mas, de resto, podem “participar ativamente na vida da Igreja”, inclusive em “muitos aspetos de que estão afastadas”, com exclusão da “comunhão sacramental”.

  

________________


Presidente decidiu “em consciência”

O Cardeal-Patriarca foi questionado sobre a atual situação política e defendeu que o Presidente da República fez a “leitura” que achou que devia fazer. Para D. Manuel Clemente, o convite de Cavaco Silva a Pedro Passos Coelho, para formar Governo, foi uma decisão “em consciência”, e acrescentou que todos os responsáveis políticos devem ter em mente o “bem comum”. “Se há, neste momento e na sociedade portuguesa, em todas as forças políticas pessoas que se dizem admiradoras do Papa Francisco e até católicas, levem isso à consequência, na perspetiva partidária de cada um, que é legítima. Tomem mesmo em conta, em devida conta e aplicação concreta, o que o Papa Francisco tem dito”, exortou.

texto e fotos por Diogo Paiva Brandão
A OPINIÃO DE
Guilherme d'Oliveira Martins
Quando Jean Lacroix fala da força e das fraquezas da família alerta-nos para a necessidade de não considerar...
ver [+]

Tony Neves
É um título para encher os olhos e provocar apetite de leitura! Mas é verdade. Depois de ver do ar parte do Congo verde, aterrei em Brazzaville.
ver [+]

Tony Neves
O Gabão acolheu-me de braços e coração abertos, numa visita que foi estreia absoluta neste país da África central.
ver [+]

Pedro Vaz Patto
Impressiona como foi festejada a aprovação, por larga e transversal maioria de deputados e senadores,...
ver [+]

Visite a página online
do Patriarcado de Lisboa
EDIÇÕES ANTERIORES