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Obras de Misericórdia. Apontamentos Catequéticos #1
Dar de comer a quem tem fome. Dar de beber a quem tem sede.
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Nesta Quaresma vamos meditar, nalguns apontamentos catequéticos, nas obras de misericórdia, quer corporais quer espirituais. E fazemo-lo também seguindo a indicação do Papa Francisco, na sua Mensagem para esta Quaresma, e várias vezes o tem repetido, centrando-nos em cada uma dessas obras que a tradição cristã ‘arrumou’ desta maneira: sete corporais e sete espirituais.

Hoje começamos pelas primeiras, que não o são por acaso mas porque necessariamente é assim: dar de comer a quem tem fome e dar de beber a quem tem sede. Estas necessidades primárias e absolutas para qualquer ser humano não podem ser, de modo nenhum, obviadas nem postergadas por qualquer espiritualismo que não as considerasse. E nós olhamos para os Evangelhos e reparamos que o Senhor Jesus, quando se abeira das pessoas, ou as pessoas se aproximam d’Ele, responde, tantas vezes e imediatamente, a esta necessidade. Quem não lembra, por exemplo, o capítulo sexto do Evangelho de São João, da multiplicação dos pães – e necessariamente assim, porque as pessoas tinham fome –, vai passando então à apresentação d’Ele mesmo, Jesus, como o pão da vida e o alimento completo para as nossas existências, o que Deus nos quer dar. Mas não vai para esta alimentação, digamos, espiritual, sem passar pela primeira, correspondendo às necessidades concretas das pessoas.

É por isso também que nas nossas comunidades cristãs – além da Palavra de Deus, que sempre se anuncia, e da celebração dos sacramentos e da vida litúrgica que tem de acontecer, necessariamente –, há a expressão sociocaritativa, desta ou daquela maneira, quer na vida de cada pessoa, quer nas suas famílias, quer na atenção às necessidades mais concretas dos outros. Aliás, também, como recordamos no capítulo 25 de São Mateus, quando Jesus nos fala desse juízo final em que a nossa vida se vai avaliar diante de Deus, Ele nos diz ‘porque tive fome e destes-me de comer’, ‘porque tive sede e destes-me de beber’. E nesse enunciado que Ele próprio faz das obras de misericórdia a cumprir, Ele dá-nos um programa que nós não podemos, de maneira nenhuma, esquecer. Por isso, dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, corresponder às necessidades básicas dos nossos semelhantes, é algo de fundamental por uma vida que se queira na esteira de Jesus Cristo, e por isso uma vida propriamente cristã.

Com certeza que nesta Quaresma nós vamos estar particularmente atentos às necessidades imediatas, materiais, dos nossos irmãos, porque esta é a primeira maneira de correspondermos a cada um deles, e correspondendo a cada um deles correspondendo ao próprio Cristo como Ele se apresenta.

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