Lisboa |
Obras de Misericórdia. Apontamentos Catequéticos #4
Dar bom conselho. Ensinar os ignorantes. Corrigir os que erram.
<<
1/
>>
Imagem
Video

Dar bom conselho, ensinar os ignorantes e corrigir os que erram são as três primeiras obras de misericórdia espirituais que nós também não vamos esquecer nesta caminhada quaresmal de 2016, seguindo a indicação e a insistência do Papa Francisco, para termos muito a peito estas obras de misericórdia, como todas as outras.

E são tão importantes! Dar bom conselho, isto é, não desistir de partilhar com os outros aquilo que nós sabemos que é bom, porque nos faz bem, certamente fará bem a todos, para que as pessoas devidamente aconselhadas não corram demasiados riscos e, pelo contrário, acertem no caminho da sua vida. Nós estamos todos num caminho comum, como sociedade, como humanidade, como Igreja – para os que somos cristãos, e por isso devemos este aconselhamento uns aos outros. O que é que também seria de nós se não tivesse havido, na nossa vida, tanta gente a dar-nos conselhos que são bons, são comprovadamente bons porque os foram para essas pessoas e porque nós também verificamos que são bons para a nossa vida. Dar bom conselho é, efetivamente, uma obra de misericórdia – não nos desinteressarmos dos outros.

Como também corrigindo os que erram, porque o Evangelho é muito claro a este ponto, quando Jesus nos fala na correção fraterna. Se o teu irmão estiver mal, proceder mal, vai ter com ele a sós, não murmures, não fales com terceiros, vai ter com ele a sós e chama-lhe a atenção para que ele, enfim, ultrapasse isso mesmo que fez mal, esse passo que deu mal. Dar bom conselho, corrigir os que erram – isto sim é uma aplicação concreta da caridade cristã.

E depois, continua o Senhor nessa passagem evangélica sobre a correção fraterna, se mesmo assim ele não se corrigir, então vai lá com outro irmão e esforça-te para que ele melhore. E se mesmo assim não for, então que seja a Igreja, seja a comunidade cristã a corrigi-lo, para bem dele. Nós não nos podemos dispensar disto, porque se nós não temos esta atitude em relação aos outros, tudo fica muito informe e desconforme e não é aquilo que devia ser.

Dar bom conselho, corrigir os que erram e ensinar os ignorantes, porque muitas pessoas não fazem melhor porque nunca ninguém as ensinou. Por vezes temos na nossa sociedade, e na nossa cultura, um descaso muito grande em relação a estes pontos. Isto é, cada um aprenda por si, cada um faça como entender, cada um siga ou não siga a sua vida conforme lhe calhar… não pode ser assim. Nós temos que ser uns para os outros, numa pedagogia completa como os outros também são para nós. Temos que encarar a sociedade, a começar pelas nossas comunidades cristãs, como uma ocasião de crescermos em conjunto, com o melhor que a humanidade conseguiu para si. Para nós, cristãos, com o melhor que a revelação divina não deixa de nos oferecer na vida e nos ensinamentos de Jesus, corrigindo, ensinando, apoiando, estimulando. E só assim iremos em frente, numa sociedade e numa cultura que sejam realmente solidárias.

Não deixemos de pensar nestas obras de misericórdia espiritual e depois, consequentemente, de nos oferecermos aos nossos irmãos.

A OPINIÃO DE
Guilherme d'Oliveira Martins
Quando Jean Lacroix fala da força e das fraquezas da família alerta-nos para a necessidade de não considerar...
ver [+]

Tony Neves
É um título para encher os olhos e provocar apetite de leitura! Mas é verdade. Depois de ver do ar parte do Congo verde, aterrei em Brazzaville.
ver [+]

Tony Neves
O Gabão acolheu-me de braços e coração abertos, numa visita que foi estreia absoluta neste país da África central.
ver [+]

Pedro Vaz Patto
Impressiona como foi festejada a aprovação, por larga e transversal maioria de deputados e senadores,...
ver [+]

Visite a página online
do Patriarcado de Lisboa
EDIÇÕES ANTERIORES