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Obras de Misericórdia. Apontamentos Catequéticos #5
Consolar os tristes. Perdoar as injúrias.
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Consolar os tristes e perdoar as injúrias. Mais duas obras de misericórdia, no seu alcance espiritual que nós não devemos esquecer, antes pelo contrário, devemos praticar e muito. Consolar os tristes, perdoar as injúrias são dois verbos que se aplicam, antes de mais, a nós – e devemos estar agradecidos por isso –, porque, como dizia São Paulo, nós consolamos como fomos consolados. Exatamente com aquela consolação que Deus nos dá em Jesus Cristo, na sua proximidade ressuscitada e agora nos alenta quando estamos sós, quando estamos isso mesmo, tristes, quando estamos, enfim, com tantas dificuldades que não conseguimos ultrapassar pelo menos de uma maneira imediata – esta presença de Jesus Cristo dá-nos consolo, dá-nos esperança, e é exatamente com essa presença também que passa por nós para os outros que os devemos consolar. Porque a tristeza vem muito, e muitíssimo, deste isolamento, deste descaso, deste descarte em que muitas vezes os outros estão. Por isso, sozinhos não conseguem levar por diante nem a vida, nem o sentimento que os assalta. Daí que esta consolação que Jesus Cristo nos presta – e é por isso exatamente que somos cristãos e todos nós sabemos que com Jesus, com a sua Mãe, estamos acompanhados – a devemos proporcionar aos outros, consolando a sua tristeza com a nossa companhia. A tristeza é sempre a outra face do isolamento. Do isolamento que nos é infligido ou do isolamento que às vezes nós próprios mantemos. Então, consolemos a tristeza com companhia, com presença, com apoio, com estímulo. Estejamos aí, porque esta consolação dos tristes é uma obra de misericórdia que hoje tem imensa aplicação.

E também o perdão das injúrias, porque nós perdoamos com o perdão que recebemos. Todo o ensinamento evangélico vai nesse sentido de nos fazer compreender e aceitar como somos perdoados por Deus, que de uma maneira ativa ou passiva, por atos ou omissões, nós também injuriamos, por vezes. Porque não Lhe damos a honra que Lhe devemos dar, a glória que Lhe é devida, a Deus, como nosso Pai constante, como vida constantemente possibilitada, e sempre, sempre disponível para continuar em frente. Assim é Deus para nós, e é esse o sentido do perdão. No fundo, quando nós perdoamos estamos, de algum modo, a deixar passar por nós aquilo que recebemos de Deus, com capacitação permanente para andarmos em frente, para retomarmos caminho, para não ficarmos presos no próprio mal que às vezes praticamos. Então, também este perdão das injúrias é dar aos outros aquilo que nós próprios recebemos de Deus. É tão claro o Evangelho a esse respeito: quem não se lembra daquela parábola em que Jesus diz que um homem perdoou imenso a um outro, um outro que depois não foi capaz de perdoar nada àquele que lhe devia alguma coisa. Nós não devemos ser assim; exatamente ao contrário, porque a Quaresma, toda a caminhada penitencial e de conversão é à misericórdia de Deus, este amor imenso que nós próprios sentimos que nos reabilita constantemente da parte de Deus para prosseguirmos a vida. De um Deus que não desiste de nós, então não desistamos dos outros e perdoemos como somos perdoados.

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