Lisboa |
Encerramento da Visita Pastoral à Vigararia Lisboa III
“Conhecer melhor a Cristo, para ser mais Cristo”
<<
1/
>>
Imagem

O Cardeal-Patriarca de Lisboa considera que “o primeiro fruto de uma Visita Pastoral”, como a que aconteceu à Vigararia Lisboa III, de 9 de janeiro a 13 de março, é os cristãos conhecerem “melhor a Cristo”, para serem “mais Cristo”. Nos Jerónimos, D. Manuel Clemente pediu ainda às comunidades cristãs para serem “oásis de misericórdia, como tantas vezes diz e escreve o Papa Francisco”.

 

A Visita Pastoral à Vigararia Lisboa III terminou nos Jerónimos como tinha iniciado no Restelo: com o desafio às paróquias para crescerem como Igreja. “Quem esteve no início da Visita Pastoral à Vigararia Lisboa III, na igreja de São Francisco Xavier, certamente se lembrará das minhas palavras: ‘a finalidade da Visita Pastoral é que todos cresçamos como Igreja e tenhamos maior conhecimento do que somos como Igreja’”, memorou o Cardeal-Patriarca, na homilia da Missa de encerramento da Visita Pastoral a esta vigararia da cidade, que teve lugar na tarde do passado Domingo, 13 de março. “Naturalmente, cada um vive a vida do seu dia-a-dia, na sua família, nas suas várias atribuições, na sua paróquia, nos seus grupos, mas a Visita Pastoral, com o contacto mais frequente dos senhores Bispos e com os encontros dos diversos sectores da pastoral, faz, certamente, compreender, agora melhor do que quando começámos a visita, o que é ser Igreja, o que é ser Igreja de Cristo, não apenas na família, na paróquia, mas em nós todos, como Igreja de Lisboa, que é também uma particularidade da Igreja universal em torno do sucessor de Pedro, o nosso querido Papa Francisco”, destacou.

 

Uma história de agora

Nesta celebração, concelebrada pelos Bispos Auxiliares de Lisboa D. Joaquim Mendes e D. José Traquina – D. Nuno Brás, como anunciou o Cardeal-Patriarca, estava presente na celebração da Missão Vicarial da Vigararia de Loures - Odivelas, em Famões – e pela maioria dos sacerdotes presentes nesta vigararia, D. Manuel Clemente referiu que “a Visita Pastoral serviu para conhecermos melhor a Igreja, para sermos mais Igreja. E também, e sobretudo, para conhecermos melhor a Cristo, para sermos mais Cristo”. “A Igreja significa o conjunto dos que nos reunimos em torno de Jesus Cristo, escutamos a sua Palavra, celebramos os seus sacramentos – que são os sinais da sua presença nas nossas vidas e, por nós, na vida do mundo – e depois, crescendo em Cristo, para louvor de Deus, estamos com Cristo para o serviço do mundo”, frisou.

O Cardeal-Patriarca explicou, depois, o sentido de que “uma Visita Pastoral também serve para conhecermos melhor a Cristo, para sermos mais Cristo”. “Nós temos o seu nome, somos cristãos. Significa que o Espírito que o ungiu a Ele, nos unge n’Ele a nós. Creio que uma Visita Pastoral serve sobretudo para nós O percebermos: Cristo é uma história lembrada, de há dois mil anos – que, já muito perto, nós celebraremos naquilo que ela tem de essencial e liturgicamente expresso na Semana Santa e no Tríduo Pascal –, mas é uma história de agora, porque tudo passa da Palavra e da liturgia para a vida, para a vida de cada um de nós e sobretudo das comunidades cristãs. Porque Cristo nos transmite Deus, Deus é comunhão, e por isso na comunidade se apreende e na comunidade se oferece”, apontou.

Para D. Manuel Clemente, “ser mais Cristo significa, neste preciso momento, estar diante de todos como Jesus Cristo esteve diante daquela pobre mulher que eles queriam apedrejar, como expressão da misericórdia de Deus”, referiu, tornando presente o Evangelho daquele Domingo. Na sua homilia, pediu ainda às comunidades cristãs para serem “oásis de misericórdia, como tantas vezes diz e escreve o Papa Francisco”. “O mundo, muitas vezes, é um deserto e queira Deus que não aconteça nas nossas próprias comunidades: um sítio onde se está só, um sítio onde se desfalece, um sítio onde se tem fome e se tem sede. Pois que nós sejamos, nas nossas comunidades, oásis de misericórdia”, convidou o Cardeal-Patriarca.

 

Proximidade

No início desta celebração nos Jerónimos, que reuniu os cristãos das 21 paróquias (Ajuda, Alcântara, Bairro da Boavista, Bairro do Padre Cruz, Belém, Benfica, Calhariz de Benfica, Campolide, Carnide, Lapa, Luz Sul, Pontinha, Prazeres, Santa Isabel, Santo Condestável, Santos-o-Velho, São Domingos de Benfica, São Francisco Xavier, São Francisco de Paula, São Mamede e São Vicente de Paulo) desta vigararia da cidade, o vigário da Vigararia Lisboa III agradeceu aos Bispos a Visita Pastoral, que segundo este sacerdote ficou marcada pela proximidade. “Em nome da nossa vigararia, a palavra é de agradecimento. Foi um tempo de graça, um tempo de encontro, um tempo de proximidade. Penso que a palavra que podemos apresentar neste dia, e nesta hora, é proximidade. A proximidade dos senhores Bispos que se fizeram próximos e vieram ao nosso encontro, ao encontro das realidades concretas de cada paróquia. E as pessoas sentiram isso, sentiram essa proximidade”, referiu, no início da celebração, o padre Valter Malaquias, que além de vigário é também pároco de Santos-o-Velho e de São Francisco de Paula e, mais recentemente, administrador paroquial de São Francisco Xavier.

Vigário desde há dois anos e meio, o padre Valter, de 40 anos, assegurou ainda que a Vigararia Lisboa III tem ‘o sonho missionário de chegar a todos’, como refere o lema do Sínodo Diocesano 2016. “Nós sentimos mais a diocese próxima de nós. São 300 anos de Patriarcado, estamos a viver o Sínodo Diocesano e obviamente que queremos chegar a todos. Esse é também um desafio, chegar a todas as periferias, chegar a todos aqueles que estão mais perto ou mais longe, mas que querem conhecer mais a Igreja, esta Igreja que somos e que tem coisas tão belas e tão bonitas para mostrar”, garantiu.

Esta celebração de encerramento da Visita Pastoral à Vigararia Lisboa III decorreu no dia 13 de março, data da eleição do Papa Francisco, com o padre Valter Malaquias a não esquecer essa efeméride. “Nós hoje, graças a Deus, neste terceiro ano de aniversário da eleição do Papa Francisco, podemos também agradecer os exemplos de proximidade que o Santo Padre nos dá e que, nós todos, admiramos e também tentamos imitar, nas nossas limitações, na vida concreta que temos todos os dias”, assegurou o sacerdote.

 

_______________


Paróquia de Carnide recebeu Visita Pastoral

O Bispo Auxiliar de Lisboa D. Nuno Brás visitou, de 8 a 13 de março, a paróquia de São Lourenço de Carnide, confiada à Ordem dos Frades Menores, Franciscanos. No primeiro dia, o prelado visitou as crianças do Colégio do Menino Jesus - ASA (Associação Socorro e Amparo) e no último presidiu, na igreja da Luz, à celebração de encerramento da Visita Pastoral a esta paróquia da cidade, que tem como pároco, desde 2010, frei José António Castro Lopes, de 63 anos.

 

_______________


Paróquia de São Mamede convidada à misericórdia e à comunhão

“Todos nós temos necessidade do perdão e da misericórdia de Deus, a receber e a dar misericórdia; a ser misericordiosos, como Deus nosso Pai é misericordioso, a não julgar, a não condenar, a amar e a perdoar sem medida”, desafiou D. Joaquim Mendes, Bispo Auxiliar de Lisboa, na celebração de encerramento da Visita Pastoral à paróquia de São Mamede.

A esta paróquia da cidade de Lisboa, que tem no padre Reis, de 83 anos, o seu pároco desde 2009, o prelado lembrou ainda que “paróquia é uma comunidade de comunidades, chamada a viver e a testemunhar a unidade e a comunhão”. “Na área geográfica da paróquia há quatro comunidades religiosas: as Irmãs Adoradoras e Escravas da Santíssima Eucaristia e da Caridade, que têm um Lar para mulheres em dificuldade; os Missionários Combonianos e as Escravas do Sagrado Coração de Jesus, com a sede provincial, e as Servas de Nossa Senhora de Fátima, que tem a sede da Casa Geral, aqui ao lado da igreja. Queria agradecer não só a presença, mas a colaboração que dão ao pároco e à paróquia. São um verdadeiro dom, testemunham o absoluto de Deus e dão um contributo importante para a missão da Igreja”, salientou D. Joaquim Mendes.

texto por Diogo Paiva Brandão; fotos por Luís Moreira
A OPINIÃO DE
Guilherme d'Oliveira Martins
Quando Jean Lacroix fala da força e das fraquezas da família alerta-nos para a necessidade de não considerar...
ver [+]

Tony Neves
É um título para encher os olhos e provocar apetite de leitura! Mas é verdade. Depois de ver do ar parte do Congo verde, aterrei em Brazzaville.
ver [+]

Tony Neves
O Gabão acolheu-me de braços e coração abertos, numa visita que foi estreia absoluta neste país da África central.
ver [+]

Pedro Vaz Patto
Impressiona como foi festejada a aprovação, por larga e transversal maioria de deputados e senadores,...
ver [+]

Visite a página online
do Patriarcado de Lisboa
EDIÇÕES ANTERIORES