Missão |
Bárbara Ferreira, do Grupo de Voluntariado Passionista
“A vida trouxe-me muito mais do que aquilo que estava à espera!”
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Bárbara Ferreira nasceu a 28 de abril de 1997, em São João da Madeira. É estudante de Ciências Biomédicas, no Instituto Universitário de Ciências da Saúde, em Gandra, no Porto, e tem como objetivo licenciar-se em Medicina. Faz parte do Grupo de Voluntariado Passionista, ligado à Associação Rosto Solidário, e no verão de 2015 esteve em missão durante um mês em Angola.

 

Considera que teve uma infância feliz e “acriançada” e que viveu “uma adolescência bem vivida, cheia de amizades e de atividades para fazer”. A sua escolha de área de estudos não foi difícil como nos diz: “Escolhi o curso de Ciências e Tecnologias, pois era o curso que me abria caminho para as duas áreas de que gostava, medicina e arquitetura. No fim desse meu percurso escolhi a área da saúde mas claro que espero que um dia mais tarde ainda possa também ter no meu currículo arquitetura. Neste momento estudo Ciências Biomédicas no Instituto Universitário de Ciências da Saúde e tenho como objetivo, se tudo correr como esperado, licenciar-me em Medicina.” Considera que o seu caminho tem sido sempre acompanhado por outros e que por isso sente que cada pessoa a marca de uma forma ou de outra e diz-nos que todas as oportunidades que teve e que tem “são fruto da interação e do esforço de muitas pessoas à minha volta porque sem elas jamais estaria onde estou hoje e jamais teria conseguido realizar tantos objetivos e sonhos.” Diz ainda que “é difícil descrever ou determinar uma pessoa que me tenha marcado porque acho que todas as pessoas com quem convivo mais e que fazem parte do meu dia-a-dia marcam-me, fazem-me crescer e desenvolver a minha personalidade. Certamente umas mais do que outras menos, cada uma com a sua importância. Assim como situações que decorrem ao longo da minha vida, todas elas contribuem para a minha formação enquanto cidadã, pelo menos é isso que tento fazer, aproveito tudo aquilo que me é fornecido para que me possa tornar em algo melhor, porque cada momento que vivo, aprendo cada vez mais tanto a errar como a acertar nas minhas escolhas.”

 

Voluntariado Passionista: um guia no seu caminho!

Sempre passou a sua vida a sonhar, como partilha: “Desde sempre tive uma capacidade enorme de sonhar e de procurar sempre mais e mais objetivos, podendo muitas vezes chegar a viver mais vezes no sonho que na minha vida real, o que me tornava numa pessoa que vivia no seu próprio mundo e não em sociedade, muito no egoísmo e por muito poucas ou insignificantes vezes no altruísmo... Tendo sempre em mente o voluntariado e a procura de paz e igualdade mundial, e tendo como sonho/objetivo estudar medicina (tropical) para poder pertencer e ser voluntária em associações e fundações que visam por uma melhor saúde em termos mundiais, ou seja associações que lutam para que todos tenham o direito à saúde e a uma vida melhor, para que todos tenham o direito a ter direitos! O que era contraditório com aquilo que fazia, e isso fez com que tivesse que procurar meios que me pudessem ajudar a equilibrar e a “acordar para a vida”. “Inicialmente sente que não era uma adolescente muito crente e que “tinha imensas questões que me fizeram criar pensamentos errados acerca da crença”. Por isso, decidiu procurar respostas e meios para “fazer florescer a crença que existia” em si. Foi nessa altura que conheceu o Grupo de Voluntariado Passionista que diz que a “guiou por caminhos que me responderam e que me ajudaram a concretizar um dos meus sonhos pois sem esse percurso, sem as formações seria uma pessoa com uma visão completamente errada do mundo… e nunca teria conseguido realizar o sonho corretamente”.

 

A missão em Angola e o aprender a ver o amor nas pessoas

O seu sonho era poder ser voluntária num país africano. No dia 1 de agosto de 2015 partiu para Angola com mais duas voluntárias (Ana e Verónica) e o seu trabalho lá consistiu principalmente em ministrar formação, mais especificamente formação de Inglês e Educação para a Saúde. Sobre a sua experiência em Angola conta-nos na primeira pessoa: “Em Angola tive o meu momento mais alto de aprendizagem, acho que nunca aprendi tanto como aprendi naquele mês, lá é que percebi que o que aprendi nas formações era totalmente verdade, nós não vamos lá para mudar a cultura deles mas sim procurar que todos tenham a possibilidade de ter a ‘cana do peixe para pescar’ e vamos lá para lhes ensinar a usar essa ‘cana positivamente para que consigam pescar bom peixe’. Foi algo que me fez mudar completamente a minha visão perante tudo aquilo que se passa, foi como uma lufada de ar fresco na minha vida! Fiz amizades, que nunca pensaria que ia fazer tantas, estas que ainda continuam de pé e que me fazem sorrir a cada momento que as vivo, porque eles conseguiram marcar bastante a minha vida! Fizeram com que eu soubesse apreciar e agradecer tudo aquilo que tenho, porque só o facto de ter o poder de viver já é bastante para que seja feliz, fizeram com que eu conseguisse achar a felicidade nas pessoas e na simplicidade e não no material… fizeram com que a minha crença em Deus florescesse, porque a aprendi a ver o amor nas pessoas, aprendi a ver Deus nas pessoas. Aprendi a dar o devido valor à crença! Aprendi que devemos viver o momento e não o futuro, e que devemos viver em paz procurando sempre viver com o ‘nós’ e não com o ‘eu’. Sem dúvida uma experiência cheia de surpresas e de felicidade, uma experiência magnificamente maravilhosa... definitivamente a repetir!” Considera-se uma felizarda e diz-nos que a vida lhe “trouxe muito mais do que aquilo que estava à espera!”

texto por Catarina António, FEC – Fundação Fé e Cooperação
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