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Papa recorda devoção de João Paulo II a Fátima
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O Papa Francisco lembrou a devoção de João Paulo II por Nossa Senhora de Fátima. Na semana em que enviou uma mensagem para a Caminhada pela Vida em Lisboa, Francisco pediu que a comunicação “una a verdade e a misericórdia”, recebeu o Prémio Carlos Magno e falou de lágrimas.


1. O Papa Francisco associou-se à celebração do 13 de maio, na Cova da Iria, e recordou a devoção de João Paulo II por Nossa Senhora de Fátima. “Esta sexta-feira celebra-se a memória litúrgica da Bem-aventurada Maria Virgem de Fátima. Nesta aparição, Maria convida-nos mais uma vez à oração, à penitência e à conversão”, referiu o Papa, ao dirigir-se aos fiéis de língua polaca, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a audiência-geral de quarta-feira, 11 de maio.

Francisco evocou alguns dos conteúdos centrais das aparições aos três pastorinhos, os beatos Francisco e Jacinta, e a Irmã Lúcia, que tiveram lugar na Cova da Iria entre maio e outubro de 1917. “[A Virgem Maria] pede-nos para não ofendermos mais a Deus; adverte toda a humanidade sobre a necessidade de abandonar-se a Deus, fonte de amor e de misericórdia”, assinalou.

Na saudação aos peregrinos polacos presentes no Vaticano, o Papa lembrou a figura de São João Paulo II, “grande devoto de Nossa Senhora de Fátima”. “Coloquemo-nos em atenta escuta da Mãe de Deus e supliquemos a paz para o mundo”, apelou Francisco.

 

2. O Papa enviou uma mensagem a todos os participantes da Caminhada pela Vida, que decorre este sábado, dia 14 de maio, a partir das 15h00, no Largo de Camões, em Lisboa. Numa nota escrita, entregue pela Nunciatura aos organizadores da iniciativa, Francisco desafia todos os participantes a “um renovado empenho na promoção dos verdadeiros valores humanos, morais e espirituais que inspirem os indivíduos, as famílias e a sociedade portuguesa na busca do bem comum enraizado na concórdia, na justiça e no respeito pelos direitos da pessoa humana desde a conceção até à sua morte natural”.

Na missiva, o Papa argentino cita ainda a sua recente exortação apostólica sobre a família, no número 183: “Um olhar atento à vida quotidiana dos homens e das mulheres de hoje demonstra imediatamente a necessidade que há, em toda a parte, de uma vigorosa injeção de espírito familiar. Não só a organização da vida comum encalha cada vez mais numa burocracia totalmente alheia aos vínculos humanos fundamentais, mas até o costume social e político mostra frequentemente sinais de degradação”.

 

3. O Papa lembrou, no passado Domingo, 8 de maio, que a Igreja deve comunicar segundo um claro estilo evangélico, numa mensagem enquadrada no 50º Dia Mundial das Comunicações Sociais, assinalado naquele dia. "Dirijo uma cordial saudação a todos os agentes da comunicação e espero que o nosso modo de comunicar na Igreja tenha sempre um claro estilo evangélico, um estilo que una a verdade e a misericórdia", declarou Francisco, no Vaticano, após a oração Regina Coeli. “Os pais do Concílio, ao refletirem sobre a Igreja do mundo contemporâneo, compreenderam a importância crucial das comunicações que podem construir pontes entre as pessoas, as famílias, os grupos sociais e os povos. E isto quer no domínio físico quer no digital”, assinalou ainda o Papa.

Neste Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Papa Francisco colocou na rede Instagram (www.instagram.com/franciscus), pela primeira vez, uma imagem de uma mensagem sua escrita à mão, onde assegura aos seguidores desta rede social que os tem nas suas orações e pediu, ainda, como sempre faz, para que rezem por ele. A fotografia mostra estas palavras escritas em italiano, com caneta preta sobre uma folha branca e com o escudo papal em azul. Sob a imagem, a mensagem foi traduzida para os 2,3 milhões de seguidores da conta do Papa em inglês, português, espanhol, francês e alemão.

 

4. “A Europa está cansada, mas pode voltar a ganhar vida e transformar-se”, considerou o Papa Francisco ao receber o Prémio Carlos Magno, no dia 6 de maio. Apesar das dificuldades que afligem o “velho continente”, Francisco mantém um olhar positivo sobre ele e não desiste de sonhar a Europa como uma mãe que cuida e protege os seus filhos e os seus irmãos. “Sonho uma Europa jovem, capaz de ainda ser mãe: uma mãe que tenha vida, porque respeita a vida e dá esperanças de vida. Sonho uma Europa que cuida da criança, que socorre como um irmão o pobre e quem chega à procura de acolhimento porque já não tem nada e pede abrigo. Sonho uma Europa que escuta e valoriza as pessoas doentes e idosas, para que não sejam reduzidas a objetos de descarte porque improdutivas. Sonho uma Europa, onde ser migrante não seja delito, mas apelo a um maior compromisso com a dignidade de todos os seres humanos”, referiu, considerando atual o projeto dos fundadores da Europa, cuja identidade é e sempre foi dinâmica e intercultural e que aposta na construção de pontes e não de muros. Neste contexto, o Papa defende um novo humanismo assente em três capacidades: integrar, dialogar e gerir urgências que começam desde cedo, nas escolas. “Esta cultura do diálogo, que deveria constar em todos os currículos escolares como eixo transversal das disciplinas, ajudará a incutir nas gerações jovens uma forma de resolver os conflitos diferente daquela a que os temos habituado”.

O Prémio Carlos Magno foi estabelecido em 1949, após a II Guerra Mundial. A distinção, considerada como uma das mais importantes na Europa, tinha sido outorgada ao Papa João Paulo II, em 2004. A Santa Sé explica que o Papa aceitou a distinção a título “totalmente excecional”, como gesto simbólico para que “a Europa trabalhe pela paz”.

 

5. Francisco presidiu a uma vigília de oração dedicada a todos os que sofrem, física ou espiritualmente, como parte do Jubileu da Misericórdia. O Papa recordou que até Jesus chorou quando soube da morte do seu amigo Lázaro, e que isso pode servir de consolação para todos. “Se Deus chorou, também eu posso chorar, ciente de que sou compreendido. O pranto de Jesus é o antídoto contra a indiferença face ao sofrimento dos meus irmãos”, afirmou o Papa, a uma multidão de pessoas que participaram na vigília de oração ‘Para enxugar as lágrimas’, que teve lugar em Roma.

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