Na Tua Palavra |
D. Nuno Brás
O Espírito da liberdade
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“O Senhor é Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade”. Assim se exprime S. Paulo numa das suas Cartas (2Cor 3,17).

Deste modo, podemos afirmar que a liberdade faz parte do ser de Deus, e que é vivida na sua expressão maior por aquele que vive com Deus. Por isso, é uma característica irrenunciável do ser cristão. Os santos são as pessoas mais livres que podemos encontrar.

Tal mostra que a liberdade não consiste na ausência de vínculos ou de compromissos, mas no novo horizonte que nos é oferecido por Deus. Não somos livres por nada sabermos ou por nada querermos construir; ou porque somos indecisos, ou porque estamos sempre prontos a não respeitar a palavra dada, ou porque nos deixamos subjugar pela moda, pelas ideologias ou pela maneira de todos pensarem ou viverem.

Pelo contrário: a vida construída; as obrigações assumidas; o caminho percorrido constituem a condição para que a liberdade seja efectiva. Como poderia cada um de nós ser livre se em cada instante colocasse tudo em causa?

O cristão é livre, profundamente livre, porque se entende e vive no horizonte de Deus: porque olha para o mundo, para os outros e para si mesmo com o olhar e, sobretudo, com o coração de Deus. E, desse modo, os limites que o prendem enquanto ser limitado deixam de existir: são ultrapassados. A conversão faz com que o cristão deixe em cada momento, cada vez mais, de ser o homem limitado (S. Paulo dirá: o homem velho) para se ir aproximando do homem novo que é Cristo ressuscitado.

E porque é o Espírito do Senhor que nos torna livres de verdade, ninguém pode ser livre de um modo egoísta. Somos livres apenas com os outros e na medida em que os demais são igualmente capazes de viver a liberdade.

Tinha razão Cervantes quando colocou na boca de D. Quixote as célebres afirmações sobre a liberdade: “A liberdade é um dos dons mais preciosos que o céu deu aos homens. Nada a iguala, nem os tesouros que a terra encerra no seu seio, nem os que o mar guarda nos seus abismos. Pela liberdade, tanto quanto pela honra, pode e deve aventurar-se a nossa vida”.

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