Lisboa |
Cardeal-Patriarca em entrevista à revista Fátima XXI
“Toda a fortíssima mensagem de Fátima é Evangelho”
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O Cardeal-Patriarca de Lisboa considera que a mensagem de Fátima “é fortíssima” e que “tudo aquilo ali é Evangelho”. Em entrevista à revista Fátima XXI, D. Manuel Clemente apela à “conversão” e sublinha que as pessoas vão à Cova da Iria “à procura do mesmo que levava as pessoas a irem ao encontro de Jesus”.

 

Numa longa entrevista, publicada neste mês de maio na revista cultural do Santuário de Fátima, o Cardeal-Patriarca assume que cresceu “com Fátima lá em casa” e revela que visitou a Cova da Iria, “pela primeira vez, já adolescente, com o Colégio Manuel Bernardes”, onde estudava. Para D. Manuel Clemente, “a mensagem [de Fátima] é fortíssima!” e lança um repto: “Um repto de uma atualidade flagrante e que está no Evangelho. Quando nós lemos o Evangelho, concretamente o de Marcos, o texto começa logo com o convite à conversão. Jesus aparece e diz: «Convertei-vos, acreditai no Evangelho». Isso é o fundamental. E por isso é também para nós, cristãos e católicos, o grande sinal da autenticidade dos acontecimentos de Fátima. Tudo aquilo ali é Evangelho”.

O cardeal português abordou ainda a forma como cada pastorinho captou a mensagem de Fátima. “Talvez mais terra a terra da parte da Lúcia, mais contemplativa da parte do Francisco, que depois gostava de passar as manhãs inteiras junto de Jesus, escondido lá na sua igreja paroquial, e com uma sensibilidade muitíssimo bonita da parte da Jacinta, sobretudo em tudo o que se referia ao Santo Padre e à Igreja. E, portanto, a mensagem essencial é esta: se as pessoas se converterem, virá a Paz. Mas se elas não se converterem, mesmo que viesse a paz naquela altura, o problema não ficaria resolvido para depois, no futuro. Sem conversão…”, sublinha.

Àqueles que pedem novas aparições em Fátima, D. Manuel Clemente destaca a “perenidade do Evangelho”. “No século XX, ou agora no século XXI, ou no século de Cristo, as coisas acontecem de certa maneira e em relação aos mesmos problemas. Isto é, a humanidade convive com os mesmos problemas essenciais e a resposta de Deus é esta: a conversão. Como aconteceu na simplicidade da vida de Jesus, e como acontece na simplicidade convertida da vida dos cristãos”, refere. Neste sentido, entende, tantas pessoas vão a Fátima “à procura do mesmo que levava as pessoas a irem ao encontro de Jesus, como lemos nas páginas do Evangelho”.

Questionado sobre a “espécie de divórcio que há entre muitos dos nossos intelectuais, entre parte do mundo da arte, do pensamento, da cultura e Fátima”, o Cardeal-Patriarca lembra que “há dois mil anos os intelectuais da época não se interessaram muito por Jesus”. “Aliás, a maior parte deles nem deu por isso. A memória da vida de Jesus ficou no pequeno grupo dos seus seguidores, e depois Ele convenceu pela sua verdade intrínseca e não pelo seu palco, ou pela sua cenografia. Portanto, esse aparente desinteresse que considera que ocorre com Fátima, também não é novo. Porventura é até um sinal da autenticidade evangélica do acontecimento”, aponta D. Manuel Clemente, em entrevista à revista Fátima XXI.

foto por Santuário de Fátima
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