Missão |
Marta Líbano Monteiro, do Movimento Apostólico de Schoenstatt e da Missão País
“Cada universitário tem as suas razões para ir missionar, mas todos temos a mesma razão para voltar!”
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Marta Líbano Monteiro tem 22 anos e nasceu em Lisboa, no dia 19 de novembro de 1993, numa família numerosa. Tem três irmãs e um irmão. Com 2 meses foi batizada e alguns anos mais tarde fez a primeira comunhão, a 13 de Maio. Sente que Nossa Senhora tem sido uma presença constante e muito importante no seu crescimento. Licenciou-se em Reabilitação Psicomotora na Faculdade de Motricidade Humana (FMH) e frequenta o mestrado pós laboral na mesma área. Entrou no Movimento Apostólico de Schoenstatt aos 8 anos e é membro da Missão País.

 

“Ser a pessoa que ajudava a melhorar as limitações…”

Estudou no Colégio do Bom Sucesso até ao 8º ano e depois mudou para a Secundária do Restelo, escola escolhida por ter referências dos seus irmãos mais velhos e por estar bem classificada nos rankings. “No 10º ano escolhi a área de Ciências por saber desde sempre que queria algo ligado com a Saúde mas também relacionado com as pessoas, razão pela qual no 12º, após muito procurar, decidi candidatar-me ao curso de Reabilitação Psicomotora na Faculdade de Motricidade Humana. É um curso muito pouco conhecido, mas que dava para unir o desenvolvimento e crescimento da pessoa como indivíduo e o contexto em que se insere. Nunca tive a certeza se era o meu caminho, por ser um curso que nem eu sabia explicar bem, mas rapidamente percebi que me ajudava a olhar para cada pessoa de uma maneira muito individual, com as suas qualidades e limitações. Eu queria ser a pessoa que ajudava a melhorar as limitações. Completei o curso de três anos e segui diretamente para mestrado pós-laboral na mesma área. Durante o ano passado (1º ano de mestrado) comecei a trabalhar durante o dia no Hospital da Luz, como técnica de Educação Especial e Reabilitação, onde ainda estou”, partilha.

 

Experiências que ajudam a formar a nossa personalidade

Nasceu numa família “muito católica” e sempre foi habituada a ir à Missa. Aos 8 anos entrou no Movimento Apostólico de Schoenstatt onde ainda permanece e conta-nos: “Em Schoenstatt e com o meu grupo de vida cresci e superei-me a mim mesma. Desde sempre que Schoenstatt é algo essencial no meu crescimento porque me dá bases e suporte nos desafios na minha vida. Permite-me conhecer e amar mais a Igreja e ouvir o que Nossa Senhora me pede. Schoenstatt dá-me a conhecer a minha missão no mundo!”. Durante os anos que tem estado no Movimento fez vários campos de férias católicos e considera que esses foram momentos muito importantes na sua vida e onde fez “amizades que vão durar para a vida”. “Amizades em Cristo são amizades bonitas e cheias de alegria, tal como os campos! Não é possível ir para um campo de férias e não sair cheio d’Ele. São experiências que fazemos quando ainda não nos conhecemos e que ajudam a formar a nossa personalidade”. No mês de fevereiro do 1º ano de faculdade fez as suas primeiras missões da Missão País com a Universidade Católica (a sua faculdade ainda não tinha missões) e diz que foi “impressionante a capacidade que este projeto tem de aproximar desconhecidos: de aproximar universitários, idosos, crianças, jovens, adultos, padres, pessoas mais afastadas de Deus, pessoas muito devotas, … aproxima TODOS!”. Ao regressar das missões foi convidada para ajudar num musical de um campo de férias, PEGADAS (campo destinado a crianças de bairros sociais). “Pensei logo que as missões estavam a dar frutos e disse que sim, sem pensar em mais nada (o fogo missionário também nos torna impulsivos!). Desde logo me apaixonei pelo projeto, assim como pelo serviço aos outros que já vinha das missões. Depois do musical convidaram-me para animar este campo e foi uma grande alegria! Não conseguia ver melhor maneira de pôr mãos à obra. Logo a seguir fui convidada para animar SAIREF. E nesse verão comecei a animar dois campos de férias que até agora me acompanharam. O Pegadas tornou-se um desafio espetacular que atualmente ainda continua, através de noites de oração mensais no bairro, catequese com as crianças mais velhas e através dos campos no verão. São crianças que parece que têm pouco, mas que nos mostram um mundo diferente e cheio de novidades e desafios”, partilha.

 

A importância de sair de nós mesmos e de levar Deus aos outros

No 2º ano da faculdade fez missões com o Instituto Superior Técnico (IST), em Campo Maior. Ao regressar sentia que lhe faltava alguma coisa, “sentia falta do pós-missão”. Para colmatar essa falta, em maio desse ano, decidiu juntamente com uma amiga criar as missões na FMH e, após todas as diligências necessárias, em fevereiro de 2014 abriram as primeiras missões da FMH na Merceana. “Fui chefe geral da missão e tinha mais uma equipa espetacular a trabalhar comigo para o sucesso da missão. Foi um sucesso! No ano a seguir fui convidada para ser chefe regional da Missão País, cargo que aceitei com muito gosto e dedicação. Este projeto passou a ser um projeto ainda mais querido. Tenho a certeza que é um projeto muito querido por Deus e Nossa Senhora e que tudo o que fomos construindo tem o dedo/braço lá de cima! Neste ano, fui também convidada para ser chefe de oração das missões da FMH, a que também não consegui dizer que não por ser algo que é Nossa Senhora que me pede. Este ano fiz o último ano das missões da FMH, como missionária ‘normal’ sem cargos e foi possível ver o caminho que a equipa de chefes no primeiro ano iniciou. É com grande alegria que vejo a Missão País a evoluir para um projeto muito importante a nível nacional”, conta-nos.

A terminar, partilha que “cada missão teve um objetivo especial, desde revelar a importância de sair de nós mesmos e de levar Deus aos outros, a perceber que somos pequeninos e sozinhos não conseguimos. Cada universitário tem as suas razões para ir missionar, mas todos temos a mesma razão para voltar: levar Deus para o Mundo através do exemplo e serviço aos outros”.

texto por Catarina António, FEC – Fundação Fé e Cooperação
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