03.07.2016
Lisboa |
Conferência na paróquia da Póvoa de Santo Adrião
Crescer em misericórdia para ser testemunho à sociedade
“Cresçamos no sentimento de misericórdia e ofereçamo-la ao mundo”. Foi com este objetivo que o Papa Francisco convocou o Ano da Misericórdia, referiu o Cardeal-Patriarca, numa conferência na paróquia da Póvoa de Santo Adrião.
Na igreja paroquial, na noite do passado dia 21 de junho, D. Manuel Clemente refletiu sobre ‘A misericórdia, alma da missão’, para lembrar que “o Papa Francisco convocou o Ano da Misericórdia porque entende que é muito necessário que nós, os cristãos, e através de nós a sociedade em geral se reencontre à volta deste tema da misericórdia. O Papa sente que nós, como sociedade, somos muito pouco misericordiosos”.
Misericórdia é uma palavra latina que, segundo o Cardeal-Patriarca, significa “mísero, ou seja, pequeno, frágil, e córdia, quer dizer coração – ter o coração voltado para o que é pequeno, no sentido de compaixão, ajuda”. “Na Bíblia vêm outras palavras que dão à misericórdia o sentido de um amor de dentro, como as mães têm aos seus filhos que têm no ventre, de um amor das entranhas, de um amor entranhado, um amor que sente aquilo que se faz ao outro como se fosse feito a si próprio. O sentido bíblico que depois se traduz pela palavra misericórdia é este: o amor entranhado. O Papa entende que sendo este o amor que Deus nos tem, deve ser este o amor que os crentes devem ter em relação aos outros”, apontou o Cardeal-Patriarca, sublinhando que “os cristãos olham a Deus com os olhos de Jesus”. “Vemos a Deus na atuação de Jesus. Não há nenhuma página dos Evangelhos que conte o que Jesus disse e fez que não revelem esse sentido de misericórdia. Jesus abeira-se das pessoas, não é insensível aos problemas das pessoas e aproxima-se ”, acrescentou.
Nesta conferência de âmbito vicarial, D. Manuel Clemente convidou “à prática da misericórdia, através das famosas obras de misericórdia, espirituais e corporais”. “Que as obras de misericórdia sejam, cada vez mais, a nossa atitude e a nossa prática concreta. Como cristãos, é um grande contributo que podemos dar à sociedade em que estamos inseridos: crescermos em misericórdia, em testemunho de misericórdia”, desejou.
texto por Diogo Paiva Brandão; fotos por Filipe Teixeira
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